COVID-19, Adoecimento Mental e Suicídio
24 Maio 2020
O coronavírus está nos holofotes de todas as páginas jornalísticas, e também nas redes sociais, e naturalmente em todas as conversas anônimas esse assunto também é o mais comentado. Há poucas semanas a contaminação chegou a todas as cidades brasileiras, e o mais se temia aconteceu, os números agora são também nomes. Nossos familiares e pessoas conhecidas.
As consequências são evidentes em vários aspectos sociais, principalmente na organização psicológica das pessoas. O ADOECIMENTO MENTAL cresceu muito, e junto à desordem emocional, veio também ganhando destaque o aumento nos casos de suicídio. Muitas das doenças mentais graves têm como parte dos sintomas os pensamentos suicidas.
As causas do aumento no número de suicídio estão diretamente ligadas a crescente do adoecimento mental. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), 90% dos casos de tentativas e suicídio têm por trás uma pessoa com doença mental grave. Já escrevi um artigo anteriormente falando sobre as estatísticas do suicídio em tempos sem pandemia. RELEMBRE.
O distanciamento social potencializa várias emoções que causam desequilíbrio psicológico: as angústias, as incertezas, os medos, a insegurança, a ansiedade, o medo e etc. Essas sensações emocionais em altas doses e sentidas diariamente causam grande sofrimento no indivíduo.
Todas essas emoções estão evidentes nas pessoas e principalmente nos idosos, que além de serem do grupo de risco, tiveram suas obrigações sociais e atividades de lazer bloqueadas. Geralmente o idoso tem poucas ocupações: ir à igreja, ir à feira, grupo de convivência, caminhar na praça, jogar dominó com os amigos entre outras. Pra quem já tinha poucas atividades, ficou ainda mais difícil viver confortável, já que o modo de funcionamento das famílias na atualidade as pessoas não conversam pessoalmente com tanta frequência como a década passada. Essa pessoa idosa está presa socialmente e sozinha emocionalmente
Diante dessa situação doentia, é comum identificar pessoas com sintomas psicossomáticos, que são a junção dos conteúdos absorvidos no desgaste físico e psicológico. A maioria das pessoas está há muitos dias sem liberdade de ir onde quer, e ainda tem que conviver com risco de morte caso contraia o vírus, mesmo para quem não é dos grupos de risco.
Nas últimas semanas aumentou muito a busca por Serviços de Psicologia. Mesmo durante a pandemia muitas clínicas e profissionais continuam atendendo seus clientes, tanto no modo presencial quanto virtual, cumprindo os requisitos de segurança e atendendo as normas do CFP (Conselho Federal de Psicologia) que regulamenta o atendimento psicológico através de meios de tecnologia em sua resolução de N° 11/2018.