CONSCIÊNCIA NEGRA
20 novembro 2017
Hoje é o Dia da Consciência Negra. Ele foi instituído no dia 9 de janeiro de 2003 pelo projeto Lei n.0 10.639, mas somente em 2011 a lei foi sancionada (Lei 12.519/2011) pela presidente Dilma Rousseff. O dia é comemorado em todo o território nacional e foi escolhido por ter sido o dia da morte do líder negro Zumbi que lutou contra a escravidão no Brasil.
Esta celebração relembra a importância de refletir sobre a posição dos negros na sociedade. Os inúmeros eventos sobre o tema espalhados pelo País, são importantes para a reflexão dos dias atuais nessa marcha inexorável para o porvir. Esse é um período de diversas atividades e projetos realizados nas escolas para comemorar a luta dos afrodescendentes.
Desde 1532 começou a entrar negros escravos no Brasil, até que aconteceu a lei Eusébio de Queiroz, em 1850, que proibia o tráfico negreiro. Mesmo com a abolição formal da escravidão, em 13 de maio de 1888, essa busca pela verdadeira independência e igualdade, jamais cessou.
A Consciência Negra reflete sobre a discriminação e as conquistas na sociedade, no mercado de trabalho. Sendo feriado em alguns estados e ponto facultativo em outros, o que importa é a discussão em diversas entidades, em praça pública, em lugares especiais que levem a humanidade inteira a refletir sobre a igualdade, direito de todos no Planeta.
Em Alagoas a grande concentração dos festejos, acontece no município de União dos Palmares, a 72 km da capital, Maceió. O cimo da serra da Barriga que outrora abrigou o Quilombo dos Palmares e seus combates contra os brancos recebe pessoas do País inteiro e representantes de diversas partes do mundo. Nessa ocasião, muitas escolas levam os seus alunos para passeio e pesquisa sobre os episódios que aconteceram na serra e suas imediações. A data enche de orgulho o peito do alagoano e a vaidade de ter tido um líder no naipe de Zumbi.
Clerisvaldo B. Chagas, 15 de novembro de 2017
Crônica 1.784 – Escritor Símbolo de Sertão Alagoano