Faz 15 dias que artistas de Maceió buscam saber onde foram parar os R$ 8 milhões destinados pelo governo federal para os editais da Lei Paulo Gustavo na capital alagoana. Sem respostas da Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa (Semce), os pagamentos seguem atrasados, expondo a gestão cultural municipal de uma verba que era emergencial para esses trabalhadores.
“Estamos a poucos dias de começar o São João milionário do prefeito. Aí é que não temos esperança mesmo de receber. Porque se sem a festa midiática, eles já não trabalharam para cumprir os prazos, imagine agora”, aponta um dos artistas do Comitê Paulo Gustavo, grupo de artistas que se uniram para tentar viabilizar a aplicação da Lei em Alagoas.
Após sofrer para conseguir informações da secretaria que é gerida pelo filho do vereador Cleber Costa, e realizar protesto em que simularam o enterro da cultura de Maceió, artistas planejam atos em todos os pontos do São João Massayó.
“Entendemos que o prefeito só conversa por meio da mídia, então vamos começar a conversar. Estaremos em cada entrevista que ele der, vamos levar o caixão da cultura de Maceió para o meio do São João, para os turistas e os maceioenses saberem como a cultura é tratada por João Henrique Caldas Filho”, complementa o Comitê Paulo Gustavo Alagoas.
Os pagamentos da Lei Paulo Gustavo, conforme editais publicados pela própria prefeitura de Maceió, deveria ter sido realizado, em prazo máximo, até o dia 31 de maio. Para se ter uma ideia, Maceió é a única capital brasileira que não executou a lei emergencial, ainda relativa à pandemia.