Cia. Maria Carrascosa prepara para outubro versão adaptada do conto holandês, com músicas originais e elenco de 30 pessoas; estreia acontece no Teatro Deodoro.
Quantas emoções despertam de um só espetáculo teatral? Da gargalhada à lágrima, da razão ao sonho, o encanto que apenas um conto-de-fadas tem o poder de ativar toma conta do palco do Teatro Deodoro, em Maceió, com “A Pequena Sereia: O Espetáculo” nos dias 25, 26 e 27 de outubro. Produção inteiramente alagoana sob assinatura da Cia. Maria Carrascosa, a aposta na característica regional é o ponto forte para identificação do público.
Adaptação livre ao conto centenário de Hans Christian Andersen, popularizado pela animação homônima da Disney de 1989, “A Pequena Sereia: O Espetáculo” conta com a ousadia de reunir em cena, entre atores, bailarinos e músicos, 30 pessoas, em equipe de produção que soma 40 profissionais.
Alexandre Lima, presidente da Cia. Maria Carrascosa acredita que isso não é um desafio e sim um atestado. “A história da Pequena Sereia é um clássico, por isso queríamos fazer algo memorável. Para isso se fazia necessário um elenco volumoso, embora incomum à realidade de outras produções alagoanas, e assim pretendemos mostrar que um trabalho pode ser excelente quando a qualidade se antecipa a qualquer outro conceito”, diz.
Deste modo, a produção representa um frescor ao teatro alagoano: sai da comodidade de temas e gêneros, contribuindo com a apresentação de novos artistas ao cenário. “Sabíamos que existiam talentos adormecidos em Alagoas, e recorremos a eles para realizar essa montagem com a grandiosidade que ela pede”, continua. Esses talentos podem ser vistos no figurino e maquiagem, criações de Thiago Melo; na cenografia, que fica a cargo de Alberto do Carmo; e na trilha sonora, completamente original, com letras de João Victor Acioly, Magna Oliver e Bruno Patrício. A produção musical é de Taciano Sanz e a direção musical de Joel Liberato. Para a direção geral do espetáculo, o Igor Vasconcelos foi designado.
“Decidimos trabalhar composições próprias para o espetáculo por dois motivos: o primeiro é imprimir nossa identidade e o segundo diz respeito às intenções que pretendíamos trabalhar em cada uma delas, pois assim temos total liberdade criativa em sua composição visual e sonora”, explica Alexandre, revelando que 12 faixas compõem a trilha sonora. “Cada canção tem uma proposta, e todas são indispensáveis para o resultado”, conclui.
Sonhos que se tornam realidade e o amor verdadeiro são os temas recorrentes do texto, adaptado pelo próprio Alexandre Lima. “Sempre foi um sonho meu, então tomei para mim esta responsabilidade. Fiz questão de trazer a ‘alagoanidade’ para o enredo e de adicionar momentos e brincadeiras referenciadas no melhor da cultura pop, que serão de fácil identificação. O final também será diferente de qualquer outro já visto”, afirma, desvinculando semelhança ao conto, à animação ou ao musical da Broadway.
O texto pretende ainda agitar o imaginário do espectador quando do encontro com a cenografia e trilha sonora. Segundo Alexandre, a produção é democrática. “Seja criança, adolescente, adulto ou idoso, o retorno emotivo existirá. Queremos agradar o público por completo, afinal esta é a premissa do teatro”, comenta o presidente da Cia. Maria Carrascosa.
Para a primeira etapa, quatro sessões estão confirmadas: no último fim de semana de outubro, 25, 26 e 27, no Teatro Deodoro. Na sexta-feira (25), a primeira apresentação será feita com exclusividade a crianças assistidas por instituições sociais, sendo precedida pela estreia aberta ao público. Todas as sessões vão começar pontualmente às 19h30.
Da Assessoria