Garantir segurança à população alagoana, focando também na zona rural, será uma das grandes ações de Collor (PTB), candidato ao governo de Alagoas. O senador foi entrevistado, nesta terça-feira (13), no programa Antena Manhã, que integra a Rede de Rádio Antena7, e falou ainda sobre mudanças na previdência para militares e a importância dos CACs.
Collor afirma que, apesar das propagandas do governo afirmarem que os índices de criminalidades estão diminuindo, o que se vê nas ruas é o contrário. Os crimes praticados no estado vão desde latrocínio a linchamentos. Até agosto deste ano, por exemplo, foram registrados no estado 40 pessoas vítimas de linchamento, metade delas acabaram vindo à óbito.
“Isso é um reflexo da reação do povo que ao presenciar um crime, toma para si a justiça, o que não é correto. A polícia é que precisa estar nas ruas e agir, ela quem deve garantir a segurança. Mas infelizmente, por carência, a população está sentindo a ausência, a falta de segurança. Precisamos melhorar muito neste aspecto”, argumentou o candidato.
Collor lembrou que há uma falta de investimento do governo em segurança rural, o que será uma prioridade em sua gestão dando apoio aos pequenos e médios fazendeiros que sofrem constantemente com a ação de criminosos. “Vamos dar segurança rural para que o produtor consiga trabalhar em paz, ter seus equipamentos funcionando. Precisamos investir nisso, sem esquecer dos grandes centros como Maceió e Arapiraca”, acrescentou.
Garantir o funcionamento dos Centros Integrados de Segurança Pública (Cisps) também fará parte das ações de Collor como governador. “Não adianta ter a estrutura, deixar abandonada, sem profissionais para trabalhar. Vamos fazer a convocação dos concursados de 2017, da Polícia Militar, que não foram chamados, de acordo com o que diz o concurso, realizado justamente para essa finalidade”, prometeu o candidato.
Um dos pontos abordados na entrevista e muito sensível a classe militar é quanto ao aumento da cobrança da alíquota previdenciária pelo estado, após a reforma promovida pelo governo. Na reformulação da lei, é concedido um desconto de 10,5% na Previdência Social deste segmento; a alíquota é considerada, pelos militares, ilegal.
“Vamos acabar com o pagamento extraordinariamente alto para o fundo de pensão. Hoje os aposentados contribuem ao longo de sua vida para que quando aposentado receber do fundo o seu benefício como aposentado. O governo impôs uma carga muito alta de pagamento para fundo de pensão dos militares e isso será revisto por nossa gestão”, garantiu Collor.
Indagado sobre os registros de CACs (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador), Collor mostrou-se favorável, ressaltando que a liberação das armas no Brasil tem o intuito de defender a vida e a propriedade.
“Sou favorável que a população esteja armada para defender a vida e sua propriedade. Os CAC’s têm servido para evitar que haja mais mortes, mais entreveros, entre quem precisa defender sua propriedade e os criminosos. Hoje os bandidos, sabendo que há pessoa armada, pensam duas vezes antes de iniciar uma tentativa de assalto. A função dos CACs é educativa, com base na disciplina, na hierarquia, no respeito à vida. Um importante instrumento para que nossa sociedade se sinta mais tranquila para defender o momento que esteja colocada em risco a própria vida”, finalizou.