Collor chama Veja de “gibi” em nota que rebate reportagem da revista sobre ligação na Lava Lato

15 dez 2014 - 18:30


Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

Após mais uma citação da revista Veja, o senador da república por Alagoas, Fernando Collor (PTB) emitiu uma nota contra o periódico semanal, onde o chama até de “gibi”, e rechaça qualquer ligação com a Operação Lava Jato. Collor diz que o veículo ainda está “inconformado” após a derrota na Justiça, que teria gerado uma indenização de mais de 1 milhão e 400 mil reais, e ainda reclama, que não teria recebido todo o valor.

Em conteúdo da nota, o senador usa como defesa até o pensamento Goebbels, um propagandista nazista, que afirmava que “de tanto repetir uma mentira, ela acaba se transformando em verdade.”

Confira a nota na integra, abaixo:

Collor repudia a Veja e rechaça vínculo com esquema criminoso

A revista Veja persiste na difamação pessoal como único mote de sua linha política. Ainda inconformada com a perda judicial que me tornou credor de uma indenização de mais de 1 milhão e 400 mil reais – dos quais, diga-se, ainda me deve cerca de 300 mil –, a mais recente matéria deste pasquim semanal (edição 2404, nº 51) tenta novamente vincular-me à Operação Lava-Jato da Polícia Federal. Omite, contudo, despacho do próprio juiz Sérgio Moro que há meses fez questão de afirmar, categórica e oficialmente, que meu nome não é objeto daquela investigação.

Desta feita, o gibi menciona suposto recebimento de 50 mil reais em dinheiro das mãos de um tal de Rafael Ângulo Lopez. Como já me referi em relação a Alberto Yousseff e a Paulo Roberto Costa, afirmo que também não conheço esse cidadão e jamais mantive com ele qualquer tipo de contato ou relação.

Trata-se de mais uma vã tentativa da devedora Veja de me juntar ao produto miasmático de sua própria acepção jornalística. Para tanto, insiste em se utilizar do velho ensinamento de Goebbels, o propagandista nazista – e inspirador-mor da revista – que afirmava que “de tanto repetir uma mentira, ela acaba se transformando em verdade.”

Não bastasse a repetição do manjado, dissimulado e impudente modus operandi da matéria, repete-se a denúncia desabonadora. Repete-se o nefando rabiscador travestido de jornalista. Repete-se até mesmo o valor do repasse, o que só vem a reforçar a suspeição já levantada de uma armação maldosamente preconcebida. No intróito, a reportagem insinua Maceió, mas no conteúdo cita São Paulo. Evoca um esquema de propina, mas não interliga os supostos fatos, sequer temporalmente. Assume a superficialidade da estória pela omissão comprobatória, mas adota detalhes com temperos jornalísticos na mera tentativa de passar alguma credibilidade. Tudo perda de tempo.

Repudio a versão da matéria, absolutamente vazia e desprovida de qualquer veracidade de minha ligação com o esquema criminoso que se abateu na Petrobras. De nada adianta à Veja se unir profissionalmente a uns e outros grupelhos do crime. Antes mesmo de quitar suas dívidas pendentes, sua editora terá de engolir, em domicílio, novas tundas de ações judiciais delivery por calúnia e difamação.

Brasília, 14 de dezembro de 2014.

Fernando Collor

Da Redação

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