Além de notícia-crime, o juiz Galdino Amorim responde a três procedimentos administrativos.
A Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por meio do juiz auxiliar Friedmann Anderson Wendpap, busca informações acerca de procedimentos administrativos instaurados em desfavor do juiz Galdino José Amorim Vasconcelos, tendo como base uma notícia-crime a qual o magistrado responde.
Em uma primeira consulta feita pela Diretoria Adjunta de Assuntos Judiciários (DAAJUC), no Sistema de Automação do Judiciário do Segundo Grau (SAJ/SG5), foi encontrada apenas a tal notícia-crime, porém, em uma segunda análise, foram detecatados uma sindicância e dois procedimentos preliminares os quais tiveram como base a referida notícia-crime.
Um dos procedimentos preliminares, que está sendo analisado administrativamente, diz respeito a supostas irregularidades funcionais praticadas por Galdino Amorim. O juiz auxiliar da Corregedoria Geral de Justiça (CGJ), Antônio Emanuel Dória Ferreira, determinou o envio das informações solicitadas pelo CNJ.Como a decisão do juiz auxiliar do CGJ não traz detalhes sobre os procedimentos instaurados em desfavor de Galdino Amorim, supõem-se que a notícia-crime que baseou os outros três processos administrativos, seja o fato de que o juiz teria, supostamente, recebido proprina em 2012, do então prefeito de Palestina, Júnior Alcântara (PSDB), em troca de favores judiciais.
De acordo com as denúnicas que chegaram ao Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), do Ministério Público Estadual (MP/AL), a então candidata a prefeitura de Palestina, Lane cabudo (PT), a advogada Keyla Machado de Carvalho e Eberval Almeida Brandão de Souza dão conta de que Galdino Amorim teria recebido a importância de R$ 50 mil das mãos de integrantes/apoiadores da Coligação “O Desenvolvimento Continua”, encabeçada por José Alberto Barbosa dos Santos, o Beto (PTdoB), candidato a prefeito de Palestina e aliado político de Alcântara para arbitrar fiança e liberar o veículo apreendido em um flagrante de corrupção eleitoral, ocorrido no pleito de 2012.
O fato levou o Tribunal Regional Eleitoral (TRE/AL) e o Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) a afastá-lo de suas funções, as quais desenvolvia no município de Palestina, hoje ele exerce normalmente seu mister.Recentemente, o magistrado foi punido com uma suspensão e uma advertência, como resultado de duas representações ingressadas contra ele. Uma delas foi de autoria da promotora da cidade, Salete Adorno, que chegou a declarar sua suspeição. A outra representação foi feita por uma mulher que, por determinação do magistrado, foi retirada à força do Fórum da cidade por que estaria proferindo palavrões contra ele e demais servidores da Justiça.
Por Andrezza Tavares / Tribuna Hoje