A dança dos olhos prossegue por toda a viagem. Quem respira a Geo vinte e quatro horas por dia, cola a vista na paisagem voadora. A flora nativa parece com os últimos soldados da batalha machadeira. Os mangues são divididos na área litorânea; canaviais recobrem a ex-mata atlântica; plantas anãs enraízam em terras vermelhas agrestinas; campos artificiais surgem nos lugares das caatingas e os animais silvestres não mais convivem com o homem.
A Geografia corre trechos com o fush-fush continuado dos pneus. Somente as silhuetas dos montes mostram-se eternizadas. Nas costas do asfalto cinza, desenhos amarelos empurram os veículos para à direita. Para-choques carregam nas tintas a filosofia da estrada, os avisos educados, as advertências sutis, desabafos, gritos de guerra… Propagandas. As serras longínquas estão azuladas como indivíduos que nos enganam. A carreta tombada põe marco na curva perigosa, rangem as molas, gritam as borrachas.
Confira a crônica completa no Blog do Clerisvaldo B. Chagas