A denúncia foi feita pelo Sindicato dos Policiais Civis nesta segunda-feira.
Fotos: Divulgação / Sindpol
Uma denúncia foi feita pelo Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) nesta segunda-feira (11), informando que a Central de Flagrantes, localizada na Avenida Fernandes Lima, no bairro do Farol, em Maceió está superlotada. O presidente do sindicato, Josimar Melo, registrou cenas que classifica como “desumanas” aos encarcerados e policiais.
A Central de Flagrantes está com 66 presos. Este local é dividido em dois pequenos espaços, o que tem causado uma série de desentendimentos e até revolta por parte dos acusados e policiais.
Segundo o Sindpol, a Central de Flagrantes tem o intuito de abrigar presos em caráter temporário, durante o período de 24 horas. Mas segundo o presidente do Sindicato, Josemar Melo, o local está sendo usado como uma Casa de Custódia.
“Há presos doentes, menores juntos aos adultos, e até mulheres. Isso é de responsabilidade da Vara de Execuções Penais. Não é um problema nosso. O nosso policial está sendo desviado de sua função, que neste caso é a investigação, para tomar conta de preso”, revela Josemar Melo.
Para complicar ainda mais a situação, problemas como vazamentos e entupimento de fossa são recorrentes por conta da superlotação. Nas fotos divulgadas pelo Sindicato dos Policiais Civis, há registros de acusados deitados com os pés nas grades, além de filas que revelam o amontoado de pessoas nos dois espaços.
De acordo com o presidente, o sindicato tentará agendar uma reunião com o juiz José Braga Neto, da 16ª Vara Criminal da Capital Execuções Penais. “Lugar de preso não é em delegacia, não vamos mais admitir isso. Aqui não pode se transformar em Casa de Custodia. Vamos tentar conversar com o juiz e se não resolver tomaremos outras medidas”, completou o presidente da Sindpol.
Da redação com o Tribuna Hoje