CBF teria cobrado propina de Alagoas por projeto da Copa

14 dez 2012 - 15:13


Foto: Reprodução

O jornal Correio Bra­ziliense publicou esta semana uma matéria em que o secre­tário-adjunto de Esporte de Alagoas, Jorge VI, teria afirmado que a Confeder­ação Brasileira de Futebol (CBF) teria cobrado uma propina de R$ 5 milhões por um projeto para o Es­tado ser sede da Copa das Confederações em 2013 e Copa do Mundo em 2014.

“Existia o direciona­mento de que tudo fosse feito por empresas indi­cadas. Somos um Estado pobre, não podemos nos dar ao luxo de pagar R$ 5 milhões por um projeto ar­quitetônio. Recuamos para não jogarmos dinheiro fora”, teria dito o secretá­rio-adjunto ao jornal.

Em 2006, o Governo do Estado chegou a fazer um pré-projeto para sediar a Copa do Mundo. O estádio inclusive, chegou a ser nomeado como “Arena Zagallo” e seria construí­do em uma região da Via Expressa, próximo ao Con­junto Graciliano Ramos, no Tabuleiro do Martins.

No entanto, o projeto fi­nal não foi enviado, ficando o Estado sem chances de sediar jogos da Copa das Confederações e posterior­mente da Copa do Mundo. O fato gerou críticas, uma vez que o governo foi ata­cado por não ter sequer, preparado o projeto arqui­tetônico, não apenas da praça esportiva, mas tam­bém das mudanças que se­riam feitas na cidade.

A denúncia chegou ao conhecimento do ex-joga­dor e deputado federal Ro­mário (PSB-RJ), que tem buscado assinaturas para que seja criada a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da CBF.

Jorge IV nega declaração

O secretário-adjunto do Es­porte, Jorge VI, aproveitou a reunião do Comitê Gestor do Projeto Alagoas Centro de Treinamento de Seleções da Copa do Mundo 2014 (Comco­pa Alagoas), ontem, para falar sobre as informações veicula­das pelo Correio Braziliense.

Ele afirmou que suas de­clarações sobre a cobrança de propina pela CBF são ine­xistentes. Ele disse que, ao participar de uma reunião da Comissão de Turismo e Des­porto da Câmara dos Deputa­dos, foi-lhe perguntado qual a dificuldade de Alagoas em não ter se candidatado a sede do mundial.

Na ocasião, Jorge afirmou que Alagoas é um Estado mui­to pobre e não teria como cus­tear as obras, mencionando o custo de R$ 5 milhões apenas para o projeto arquitetônico. Segundo o secretário, ele foi indagado se esse custo seria uma propina cobrada pela CBF. O secretário respondeu que este era apenas o custo de projetos e documentos daque­la etapa.

Jorge também afirmou que Maceió já estava entre as de­zoito cidades selecionadas, só que, a partir daquele momen­to, o Estado teria que gastar muito dinheiro e sem nenhu­ma garantia de sucesso. “Pas­samos a investir para que a nossa cidade fosse contem­plada como Centro de Treina­mento de Seleções”, concluiu. Jorge afirmou que o deputado Romário é que teria sido bas­tante contundente ao se refe­rir à CBF.

Por Tribunahoje

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