O jornal Correio Braziliense publicou esta semana uma matéria em que o secretário-adjunto de Esporte de Alagoas, Jorge VI, teria afirmado que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) teria cobrado uma propina de R$ 5 milhões por um projeto para o Estado ser sede da Copa das Confederações em 2013 e Copa do Mundo em 2014.
“Existia o direcionamento de que tudo fosse feito por empresas indicadas. Somos um Estado pobre, não podemos nos dar ao luxo de pagar R$ 5 milhões por um projeto arquitetônio. Recuamos para não jogarmos dinheiro fora”, teria dito o secretário-adjunto ao jornal.
Em 2006, o Governo do Estado chegou a fazer um pré-projeto para sediar a Copa do Mundo. O estádio inclusive, chegou a ser nomeado como “Arena Zagallo” e seria construído em uma região da Via Expressa, próximo ao Conjunto Graciliano Ramos, no Tabuleiro do Martins.
No entanto, o projeto final não foi enviado, ficando o Estado sem chances de sediar jogos da Copa das Confederações e posteriormente da Copa do Mundo. O fato gerou críticas, uma vez que o governo foi atacado por não ter sequer, preparado o projeto arquitetônico, não apenas da praça esportiva, mas também das mudanças que seriam feitas na cidade.
A denúncia chegou ao conhecimento do ex-jogador e deputado federal Romário (PSB-RJ), que tem buscado assinaturas para que seja criada a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da CBF.
Jorge IV nega declaração
O secretário-adjunto do Esporte, Jorge VI, aproveitou a reunião do Comitê Gestor do Projeto Alagoas Centro de Treinamento de Seleções da Copa do Mundo 2014 (Comcopa Alagoas), ontem, para falar sobre as informações veiculadas pelo Correio Braziliense.
Ele afirmou que suas declarações sobre a cobrança de propina pela CBF são inexistentes. Ele disse que, ao participar de uma reunião da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados, foi-lhe perguntado qual a dificuldade de Alagoas em não ter se candidatado a sede do mundial.
Na ocasião, Jorge afirmou que Alagoas é um Estado muito pobre e não teria como custear as obras, mencionando o custo de R$ 5 milhões apenas para o projeto arquitetônico. Segundo o secretário, ele foi indagado se esse custo seria uma propina cobrada pela CBF. O secretário respondeu que este era apenas o custo de projetos e documentos daquela etapa.
Jorge também afirmou que Maceió já estava entre as dezoito cidades selecionadas, só que, a partir daquele momento, o Estado teria que gastar muito dinheiro e sem nenhuma garantia de sucesso. “Passamos a investir para que a nossa cidade fosse contemplada como Centro de Treinamento de Seleções”, concluiu. Jorge afirmou que o deputado Romário é que teria sido bastante contundente ao se referir à CBF.
Por Tribunahoje