BORA  E O GONGUÊ?

19 junho 2023


Foto: Wikipédia

O nordeste brasileiro se transforma com a chegada dos festejos juninos. Muda o cenário. Tudo fica mais colorido. As lojas se enfeitam, os mercados, as empresas públicas ou privada, os clubes de serviço, os bancos e instituições se enfeitam com as mais ricas características do nordeste brasileiro: o chapéu de palha, o estampado de chita colorida, os objetos de barro, o mandacaru, a corda de caruá, o chocalho, os apetrechos do vaqueiro, o chapéu de couro e claro a sanfona.

O matuto caracterizado pela roupas remendadas, e o dentição falhada aos poucos banida,  substituída pelo vistoso xadrez e quadriculado colorido. Os chapéus ganharam design variado e moderno. As comidas típicas e a rica musicalidade completam a obra. A natureza  por sua vez dá sua parcela de colaboração enchendo de verde os campos.

Não tem como não ter os casos polêmicos a cada ano. Teve um ano que o cantor Jorge de Altinho, inexplicavelmente ficou de fora, dos festejos juninos da capital do forró Caruaru. Esse ano, foi a vez do sanfoneiro Flávio José ser vítima de descriminação, ao ter que ceder meia hora do seu show de autêntico forró  para o cantor Gustavo Lima, que segue uma linha mais sertaneja de cantar. Polêmicas à parte, a festa, nem por isso, perde seu brilho.

Num misto de surpreso e espanto, ouvi o repórter global dizer, essa semana, em rede nacional que Campina Grande, cidade interiorana do agreste paraibano estaria completando este ano, quarenta anos de festejos juninos. Creio que estivesse referindo-se a 40 anos de repercussão nacional. Festejos juninos nas cidades nordestinas são comemorações seculares. As tradições juninas chegaram ao Brasil com os portugueses, no período colonial. Vem do tempo dos jesuítas, com a catequese das tribos indígenas.

A quadrilha junina, remonta os bailes da corte real portuguesa. A dança do Coco de Roda por sua vez, vem dos quilombos e chegaram até nós através dos grupos quilombolas que mantiveram até hoje as tradições do Reisado, do Pastoril, da Congada, da Chegança. As festas de Reis e tantas outras tradições culturais que são nossa maior identidade.

Festas Juninas sem Luiz Gonzaga, não são festas juninas. Ao relembrar o “Rei do Baião” vem-me um misto de alegria e orgulho. Orgulho por ser ele um nordestino que levou mais longe nossas tradições. Inclusive tive o privilégio de vê-lo, no final da década de 70, cantando em cima do lastro de um caminhão, no centro da nossa cidade, Santana do Ipanema. Alegria por sua musicalidade, tanto as melodias das décadas de 40 à 60, quanto as de sua última fase da vida e carreira. Por exemplo, no disco LP (Long Play) de 1984, na terceira faixa do Lado “A” a música que dá nome ao disco: “Danado de Bom”. Uma curiosidade nasceu-me ao relembrar de alguns instrumentos nessa música citados: “Mariano no Gonguê/ …Meu sobrinho na Manóla e Cipriano no Melê…”

Então, que instrumentos seriam estes? “Gonguê Instrumento musical afro-brasileiro. Caracteriza-se por uma espécie de sino, com a boca achatada, em metal, mede de 20 a 30 cm. É percutido com um pedaço de ferro. Semelhante ao agogô. A Mandola é um instrumento musical de corda da família do Alaúde  que por sua vez tem o formato de pêra ou gota.  Melê   espécie de tambor (membranofone) artesanal, rudimentar, feito de diferentes materiais, como couro ou borracha (a depender da época) esticado por aro e cordas ou pregado em uma estrutura circular feita de bambu ou madeira, semelhantes ao Tamboril e a Macaíba. Fonte: Wikipédia.org.br”

De onde vem a expressão BORA?  Muito comum no nordeste brasileiro o termo foi parar num comercial de  loteria esportiva na tevê.  “Originalmente a expressão deveria ser: “Vamos em boa hora!” ou “Vamos embora.” Ocorreu aférese de toda a parte inicial da expressão. Etimologia: forma reduzida de “embora” ou “em boa hora”; substantivo masculino: vento frio e seco que no inverno incide sobre o Mar Negro. Bora-Bora conjunto de ilhas paradisíacas localizadas na Polinésia Francesa no Pacífico Sul. Fonte: Google.com”

UM POUCO DE HUMOR PRA ENCERRAR

EXPRESSÕES NORDESTINA PARA TEMPO ( Parte 1)
TÁ CUM TEMPO! = Faz um bom tempo.
DE HOJE A OITO. = Daqui a oito dias (contando com hoje)
DO TEMPO DO RONCA! = Algo muito antigo.
PARUANO. = Algo que só vai acontecer no ano que vem. (no próximo ano).
DUAS HORA DE RELÓGIO! = Algo que demorou aproximadamente duas horas para acontecer.
 
QUE CARGA O CAMINHONEIRO LEVARIA?
Uma de FERRO até em Tupi? Ou de MADEIRA até em Juá?
 
JOÃOZINHO NA AULA
-Cite 5 animais da África.
-3 Gorilas e 2 Elefantes.

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