“Se está com desejo sexual, estupra, mas não mata. Rouba, mas faz”

Foto: Marcos Santos / USP Imagens

Acima vimos célebres, mas triste expressão arrotadas pelo deputado paulista Paulo Maluf (PP), acusado entre tantas maldades contra a humanidade, de desviar recursos públicos no período em que foi prefeito da capital paulista, de 1993 a 1996.

Por esse processo, Maluf teve seus direitos políticos suspensos por cinco anos, além de ter que devolver ao município mais de R$ 42 milhões, ele e outros comparsas; importância poderá sofrer atualização monetária.

No entanto, para quem pensa que amanhã Maluf estará devolvendo o dinheiro comprovadamente extirpado dos cofres públicos, o qual já faz 17 anos, se engana, pois os seus advogados terão, ainda, o direito a recorrer da decisão em duas instâncias: no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Supremo Tribunal Federal (STF), vamos ter que aguardar mais alguns dias para ver se o pobre e sorridente velhinho irá devolver o dinheiro que tomou como “empréstimo”.

Os advogados de Maluf divulgaram nota na qual afirmam que ele não será punido pela Lei da Ficha Limpa, isso, talvez baseado em mais de suas famosas frase: “A minha ficha é a mais limpa do Brasil”.

Entre tantas figuras que se meteram em processos de corrupção por esse Brasil afora, Paulo Maluf pode ser considerado o protótipo, o símbolo maior do bom exemplo dos devassos.

Maluf é exemplo de corrupto tanto na prática, com tantas comprovações de desvios de recursos públicos, como na teoria, com suas descaradas frases de efeito, para deleite de seus fiéis seguidores.

Suas citações ajudaram muitos depravados enrustidos a saírem do armário e divulgar sorridentes, por todos os cantos o “rouba, mas faz”.

Então para entender a extensão do termo corrupção, que muitas vezes pesamos apenas em desvio de recursos públicos, acabamos esquecendo da sutileza por muitos empregada, usando para isso a mídia. Nisso Paulo Maluf foi professor.

Em 1989, por exemplo, ele citou: “Se está com desejo sexual, estupra, mas não mata”. Membros dos direitos humanos e principalmente as feministas bradaram o quanto puderam em protesto a aberração de Maluf, mas a frase foi espalhada e divulgada por seus seguidores, que já corrompidos não se fizeram de rogados e “simplesmente” aumentaram as estatísticas de estupro no Brasil.

23 anos após este sinistro pronunciamento, a 7ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, registrados, em 2012, 50.617 casos de estupro no país, número superior ao de homicídios dolosos (47.136). Isso significa que, a cada dia, 138 vítimas vão à polícia relatar um estupro. Por hora, seis pessoas buscam o Estado para procurar justiça.

O Anuário traz apenas dados registrados, de gente que falou a respeito do crime. Há incontáveis casos que ficarão para sempre escondidos, por medo, vergonha, culpa, e pela certeza de que o poder público, por meio de suas instituições, ainda não está preparado para lidar multidisciplinarmente com as vítimas de violência sexual. Uma prova disso? Depois de mais de 150 veículos de informação terem repercutido os dados do Anuário, nem a Secretaria de Direitos Humanos, nem a Secretaria de Políticas para as Mulheres, ambas da Presidência da República, se posicionaram a respeito das descobertas da nova pesquisa.

A quantidade assombrosa de estupros não surpreende feministas. Quem lida com isso no dia a dia sabe perfeitamente acerca da subnotificação dos crimes de caráter sexual. Muitas vítimas se culpam pelo que lhes aconteceu, enquanto outras muitas sequer sabem que o crime ocorreu; é o caso do estupro marital, quando a esposa transa com o parceiro, mesmo sem vontade, por acreditar que …

Leia o textto completo no Blog do Sérgio Campos

Colunista Capíá se indigna com obras paradas em Santana, mas ‘esquece’ de citar responsáveis

Licitação prevê construção de quadras poliesportivas (Foto: Ilustração / Divulgação)

Em matéria veiculada no site Santana Oxente, o colunista Luiz Antônio de Farias, Capiá, demonstrou toda sua indignação em relação a algumas obras que estão paradas no município de Santana do Ipanema.

Acho até louvável a reivindicação, afinal se trata de um cidadão santanense, que se sente prejudicado pelos recursos mau empregados, além de estar no seu pleno direito. “Todo este descaso é fruto da irresponsabilidade, desonestidade e canalhice dos responsáveis pela condução da aplicação dos recursos em investimentos destinados a fomentar o progresso de cada comunidade”, escreveu Capiá,

O que não dá para entender é a falta de nomes responsabilizando tais descasos; afinal, da forma em que ele escreve generaliza os gestores: quem saiu e quem está gerindo o Município, deixando assim o leitor sem saber a quem responsabilizar.

Pois bem, para avivar a mente do Capíá, as obras a que ele se refere começaram e pararam na administração da ex-prefeita Renilde Bulhões, que deixou o Executivo santanense em dezembro do ano passado.

As quadras mencionadas no artigo do Capiá, com a ajuda de um amigo, são as quadras das escolas do município: Senhora Santana, Santana Sofia e São Cristóvão.

Segundo o prefeito Mário Silva essas três quadras estão paradas por problemas documentais.

Conforme informações por mim levantadas através do ex-vice-prefeito de Santana do Ipanema Edson Magalhães, a denúncia, que deveria ser investigado pelo Ministério Público, é de que a construtora que deixou as “obras”, na verdadeira acepção da palavra, inacabadas, teria sido tomada de “empréstimo” pelo irmão da ex-prefeita, o senhor Ronaldo Silva.

Ronaldo possui uma construtora, a Control, no entanto, na ocasião do início do processo licitatório esta estaria com documentação irregular. Então, ele solicitou de um amigo o empréstimo do nome da sua empresa, a SEURB (Serviços Urbanos), afim de que esta pudesse participar da licitação, tendo êxito na concorrência. No entanto todos os equipamentos pertenciam a Control. A questão, ainda conforme as denúncias, é que Ronaldo teria recebido recursos e deixado de pagar alguns fornecedores e prestadores de serviços, prejudicando não só a comunidade santanense, mas o seu “amigo” que emprestou sua empresa.

Conforme o prefeito Mario Silva, já aconteceram diversas conversas com representantes da empresa responsável [SEURB], tendo sido marcado por várias oportunidades o reinício das obras, no entanto até o momento não houve cumprimento dos acordos. “Já os intimamos através de AR, e a empresa tem três úteis, a contar do recebimento da correspondência, para reiniciar as obras. Eles têm um prazo a cumprir, caso isso não ocorra o nosso setor jurídico estará pedindo o cancelamento do contrato e imediatamente a abertura de um novo processo licitatório, onde, caso não cumpra o seu compromisso, passará dois anos sem poder participar de licitação”, informou o prefeito.

Outras obras

O problema ainda é bem maior do que relata Capiá, pois dois postos de saúde teriam sido deixados em situação semelhante; o PSF São José (Cohab Velha) e o PSF do Lajedo Grande. De acordo com informações do atual gestor, o problema se deu devido a inconsistências nos projetos.

Confira artigo completo no  Blog do Sérgio Campos

JN não divulga Ibope e imprensa santanense segue o mesmo conveniente

Sem título

Montagem Blog do Sérgio Campos (Fotos: divulgação)

Os principais sites de esquerda do Brasil criticaram a ação, digo, a falta dela, em relação ao telejornal mais famoso do País, o Jornal Nacional, em relação a não divulgação da pesquisa Ibope, divulgada nesta quinta-feira (24) em que mostra a vitória da presidenta Dilma Rosseff em todos os cenários para corrida presidencial do ano que vem.

De acordo com o Pragmatismo Político e o portal Brasil247, a direção de jornalismo da Globo teria chegado a conclusão de que essa notícia não merecia nem 30 segundos no JN.

No entanto os analistas políticos da toda poderosa Organizações Globo, acharam por bem colocar em pauta o assunto no Globonwes, onde o público é bem mais restrito.

A pergunta que ficou no ar, e os petistas jamais vão querer saber na prática, á: teria sido assim se, em vez de vencer em primeiro turno, Dilma caísse na pesquisa?

Cá entre nós

Em nossa pequena, porém não mais pacata cidade do sertão de Alagoas, Santana do Ipanema, esse tipo de atitude por parte de alguns órgãos da imprensa não é nada novo.

Os noticiários por aqui são veiculados muitas vezes de acordo com as conveniências dos “donos” das emissoras  de rádios (lembrando que rádio e televisão, comunitárias ou comerciais, são concessões públicas).

Se tal notícia interessa ao patrão o destaque merece horas de enchimento de saco, mas do contrário o silêncio é a regra. Os casos não são poucos.

Abaixo, a notícia divulgada nesta quinta-feira em Pragmatismo Político:

Novo Ibope – Dilma vence em todos os cenários

A presidente Dilma Rousseff ganharia as eleições do dia 5 de outubro de 2014 com folga no primeiro turno contra qualquer rival em caso de aspirar a sua reeleição, segundo pesquisa de intenções de voto realizada pelo Ibope e divulgada nesta quinta-feira. Dilma receberia entre 39% e 41% dos votos, mais do que a soma das preferências pelos adversários.

Esta é a primeira pesquisa realizada pelo Ibope desde que a ex-senadora e ex-ministra Marina Silva anunciou sua filiação ao PSB. A legenda ainda não decidiu se lançará Marina ou seu presidente, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos.

Segundo a pesquisa, Campos receberia 10% dos votos, enquanto Marina Silva, terceira candidata mais votada nas eleições presidenciais de 2010, ficaria 21% dos votos.

O senador Aécio Neves, candidato quase certo do PSDB, a maior força da oposição, receberia entre 13% e 14% dos votos.

Em qualquer caso, Dilma derrotaria qualquer adversário em um hipotético segundo turno. A atual presidente seria reeleita com margens de entre 42% e 47% dos votos, e a rival melhor posicionada seria Marina Silva, que seria a favorita de 29% dos eleitores em um hipotético segundo turno.

A pesquisa tem uma margem de erro de dois pontos percentuais e foi feita entre os dias 17 e 21 de outubro, com perguntas a 2.002 eleitores em 143 municípios de todo o País.

Cenário A:

Dilma Rousseff 41%

Aécio Neves 14%

Eduardo Campos 10%

Dilma 41% – Adversários 24%

Cenário B

Dilma Rousseff 39%

Marina Silva 21%

Aécio Neves 13%

Dilma 39% – Adversários 34%

Cenário C

Dilma Rousseff 40%

José Serra 18%

Eduardo Campos 10%

Dilma 40% – Adversários 28%

Cenário D

Dilma Rousseff 39%

Marina Silva 21%

José Serra 16%

Dilma 39% – Adversários 37%

 Blog do Sérgio Campos

Santana quer paz, mas o que estamos fazendo para merecê-la?

Durante a festa em homenagem aos professores, promovida pela Prefeitura Municipal de Santana do Ipanema na noite da última segunda-feira (16), tive uma breve conversa com o prefeito Mário Silva relacionada a violência em nosso município.

Concordamos de que a situação tinha chegado a um patamar insuportável para nossa comunidade.

Foi quando ele me falou que tinha um grupo de pessoas propondo um reunião para debater esta questão.

Hoje, vejo a notícia de que aconteceu a dita reunião, promovida pela Associação Comercial de Santana do Ipanema, na noite desta terça-feira (15), na Câmara de Vereadores.

A nota diz que o objetivo foi debater com autoridades e sociedade civil os altos índeces de violência na cidade.

Confesso que não estive presente, como já estive em outras, por não ter tido conhecimento da mesma, até porque já escrevi alguns artigos que tratam deste tema em nossa cidade, e como colaborador da imprensa digital acredito que posso ajudar, tanto na divulgação quanto na discussão.

No entanto, a reunião aconteceu e ficamos na torcida que algo de concreto venha ocorrer. Como por exemplo, um planejamento.

Na pouca conversa que tive com o prefeito Mário Silva, ele falava da reclamação da Polícia Militar em relação ao pouco efetivo no 7º Batalhão de Polícia Militar, que dá segurança a Santana do Ipanema e outros municípios do Sertão.

Por ser o chefe do Executivo Municipal, eleito democraticamente pela maioria dos eleitores desta cidade, acho que ele tem por obrigação de tomar a frente deste debate. Que está longe de passar apenas por número de policiais.

Essa não é a primeira, e com certeza não será a última reunião em que se debaterá questões relacionadas à violência.

O que esperamos é que o filme não se repita: que venha o secretário de Segurança Pública do Estado e faça um monte promessa que não possa cumprir, e no final, como num faz de conta, ele faz de contas que vai resolver o problema e nós fazemos de conta que acreditamos.

Seria interessante que tivéssemos consciência de que um problema que vem se agravando a anos não se resolve da noite para o dia, como num passe de mágica.

Temos problemas gravíssimos em nossa cidade, onde entra governo e sai governo e apenas observamos a realização de pequenos curativos.

É preciso que o prefeito, se quiser começar a resolver um dos mais graves problemas de nossa cidade [a violência], tome atitudes drásticas, e até impopulares. Isso imediatamente.

Câmara de monitoramento, Guarda Municipal e outros recursos de repressão podem dar aquele “cala boca” imediatista que muitos cobram. Mas, e as soluções a longo prazo?

Algum de nós conseguirá calcular quantos jovens já foram mortos na repressão ao tráfico e a roubos e assaltos somente em nossa cidade?

Os presídios de nosso Estado estão superlotados, bem como a delegacia de nossa cidade.

Somente estes pequenos dados provam que apenas a repressão não surte efeito.

Nesse caso precisamos mudar a estratégia. E, diga-se de passagem, até o momento nenhuma outra foi realizada; se pelo menos foi proposta oficialmente eu desconheço.

Comparada aos grandes centros, Santana do Ipanema pode ser chamada de pequena cidade. Aqui conhecemos quase todos os habitantes, sabemos aonde moram, onde trabalham, ou se estão desempregados e assim por diante.

Existem duas palavras que, juntas, podem fazer a diferença, não apenas relacionado a este problema, mas a tantos outros, BOA VONTADE.

Quem de nós não sabe os locais mais críticos de nossa cidade, relacionados à violência?

Será necessário que os lideres, se não de todos, mas de vários segmentos de nossa sociedade, se junte e busque dialogar com líderes comunitários, jovens e adolescentes, onde possa ser proposto um grande pacto de paz.

Depois da boa vontade, outra palavra-chave é o diálogo. É preciso ouvir esses moradores. Ninguém mais do que eles saberá identificar a verdadeira causa de tanta violência.

A imposição jamais será um instrumento de evolução de qualquer comunidade.

Se o comércio quer paz, tenho certeza que as mães do Lajedo Grande, Pedrinhas, Bebedouro, Lagoa do Junco, Cohabs a Areias buscam o mesmo objetivo.

 Blog do Sergio Campos

Impostos, políticas públicas e corrupção: entre chagas e benesses a população vive num fogo cruzado

Todos somos contribuintes, recolhemos impostos, taxas e outros tributos aos governos federais, estaduais e municipais; entre os principais estão: IPI, ICMS, IPTU, ISS, ITR e IR; mas, para vão todos esses recursos?

Na hora em que compramos uma agulha, estamos recolhendo de imposto 33,78%, quando compramos um automóvel de luxo recolhemos 40,74% de imposto; tudo o que consumimos contribuímos para que o País arrecade mais tributos e com isso possa investir em benefícios à população.

Segundo o site Impostômetro, que registra a quantidade de impostos pagos pelos contribuintes brasileiros nas esferas federal, estadual e municipal, esta marca já ultrapassa R$ 1 trilhão de tributos pagos este ano.

Em 2012, somente de ICMS, Alagoas arrecadou, segundo a Secretaria de Estado da Fazenda, R$ 2.454 bilhões.

Em Santana do Ipanema, município fincado no sertão alagoano, onde boa parte do ano os seus quase 45 mil moradores estão preocupados em solucionar a falta de água, a Câmara de Vereadores aprovou no final do ano passado um orçamento de cerca de R$ 90 milhões. A previsão é que este recurso chegue aos cofres públicos municipais através, principalmente, do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que na verdade está voltando ao município pelo fato de o consumidor comprar diariamente alimentos, eletrodomésticos, bebidas entre outros bens de consumo. De uma forma direta ao município, nós santanenses recolhemos ainda ISS, IPTU e ITBI, que ajuda nesse orçamento.

Mas, a pergunta que deixa muito contribuinte confuso é: “para onde está indo todo esse dinheiro recolhido através do nosso consumo diário; que ocorre desde o nascimento até a hora da morte?

As muitas propagandas divulgadas pelos governos sugerem que o imposto que pagamos está sendo investido, entre outros, em educação, saúde e segurança, o que não podemos discordar, pois temos realmente esses benefícios.

No entanto a demanda da sociedade vai muito além do que as necessidades citadas acima.

Quem há de discordar que precisamos de educação, saúde, segurança e estradas de qualidade, por exemplo?

Em l982, durante a conferência internacional Eco-92, realizada na cidade do Rio de Janeiro, foi discutido a Agenda 21.

Organizada pela ONU, a Eco-92 contou com a participação de 179 países, onde foram discutidas medidas para conciliar o crescimento econômico e social com a preservação do meio ambiente.

Muitos temas relevantes foram debatidos nesta conferência. Podemos citar, por exemplo, o combate à pobreza; planejamento e ordenação no uso dos recursos da terra; combate à desertificação e seca; desenvolvimento rural com sustentabilidade, além de outros tópicos não menos relevantes.

Cada comunidade tem suas peculiaridades, por isso é importante que a cada ano os municípios discutam a Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO), onde a população, e não apenas a Câmara de Vereadores, possa elaborar seus orçamentos fiscais, da seguridade social e do Poder Público.

A partir dai poderemos ter ideia para onde vai e como serão gasto os recursos arrecadados pelo nosso município.

Portanto, se arrecadamos impostos é mais do que óbvio que queremos, e temos direito de receber benefícios de qualidade – as chamadas políticas públicas.

Hospitais, estradas, segurança, creches, escolas, quadras poliesportivas, habitação, sementes, transporte, são alguns dos benefícios mais urgentes que necessitamos.

Mas ai entra um grande entrave, a chaga incrustada na sociedade brasileira, a corrupção. No momento de criticar somente os outros é que são corruptos, principalmente os políticos. Como se esses políticos não fossem pessoas comuns de convivência diária com a sociedade.

O tema corrupção precisa ser debatido nas escolas, nas igrejas, nas associações de bairros, e tantos outros locais, afim de que possamos ‘acordar’ para o mal que estamos fazendo a nós mesmos. Precisamos acabar com a ideia de que somos os mais ‘espertos’ e que devemos levar vantagem em tudo.

Em artigo intitulado “Corrupção: crime contra a sociedade”, escrito em abril de 2012, o Frei Leonardo Boff afirma, baseado na Transparência Internacional, que “o Brasil é um dos países mais corruptos do mundo”.

O teólogo brasileiro, defensor das causas sociais pelo mundo, chama a atenção para a seriedade do problema, “aqui ela [a corrupção] é histórica, foi naturalizada, vale dizer, considerada com um dado natural, é atacada só posteriormente quando já ocorreu e tiver atingido muitos milhões de reais e goza de ampla impunidade”.

Dois pontos me chamaram a atenção nesse trecho do artigo de um dos expoentes da Teologia da Libertação: a corrupção ser considerada natural e a impunidade de corruptos e corruptores.

No momento em que achamos que desviar recursos públicos, por mínimo que seja, é normal, passamos a ser responsáveis pela impunidade em que ocorre em todos os âmbitos, públicos ou privados, há anos em nosso país.

Conclusão: se contribuímos para termos escolas, hospitais, estradas, segurança, cultura e tantos outros bens públicos, e queremos o melhor, por outro lado a corrupção tem sido a grande contribuinte para que isso chegue até nós de má qualidade. E no final a nossa naturalidade leva os corruptos à impunidade.

 Blog do Sérgio Campos

11 out

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Saquear caminhão de água… o que mais falta pra chamar sua atenção doutor?

Rapaz, o negócio tá feio pra bandas do sertão alagoano; se é que pode ficar pior. A longa estiagem, associada às constantes danificações das bombas que abastecem as cidades sertanejas, pela Companhia de Abastecimento e Saneamento de Água de Alagoas (Casal), durantes alguns dias levaram moradores de uma comunidade de Santana do Ipanema a uma atitude de extremo desespero.

Munidos de baldes e bacias, homens e mulheres, adultos e adolescentes cercaram um caminhão pipa, que levava água para uma escola da comunidade, que já sofria a falta de água a cerca de três dias, e exigiram que o motorista parasse o veículo e liberasse o “precioso líquido”

Sem outra alternativa, o condutor do caminhão foi obrigado a liberar a água, que em questão se minutos já não tinha um pingo sequer no tanque do veículo.

O chefe da Defesa Civil de Santana do Ipanema, Edmilson Idelbrando “Tuca Maia”, chegou a ir ao local, a fim de acalmar a população, mas quando chegou o veículo já estava vazio.

“Nunca tinha visto tanta gente junta, com baldes e panelas; parecia um formigueiro; de longe quase não se via o carro”, disse Tuca Maia, que ainda afirmou que não tem sido fácil lidar com o problema da falta de água no município; tanto na zona urbana quanto rural.

A estória se transforma em verdade

Esse fato me fez recordar um causo em que os antepassado contam em forma de piada. A realidade é que foi bem parecido com esse episódio ocorrido esta semana.

Conforme a estória (agora tenho minhas dúvidas se realmente não aconteceu) quando começou a chegar os primeiros carros pras bandas da caatinga, uns até corriam com medo sem saber que tipo de “bicho” era aquele. Com o costume perdeu-se o medo e se ficou sabendo como funcionava a tal engrenagem.

Certa feita, um fazendeiro se deslocava da cidade para sua fazenda, em seu Jippe, quando foi surpreendido por alguns sertanejos municiados e foices e facões, que o ordenavam que descesse daquela “coisa”.

Assustado, o proprietário disse que não fizessem nada com ele; que poderiam levar o carro, mas que o deixassem vivo.

– Doutor – disse o líder dos esqueléticos sertanejos – não queremos fazer mal ao senhor, é que soubemos que isso ai carrega algo que estamos a necessitando urgentemente”.

– Pois fiquem à vontade, afirmou o fazendeiro.

Conforme conta a história, os sertanejos abriram o caput o carro e foram direto no radiador, de onde retiram toda a água e saíram em disparada.

Pelo sim pelo não, o sertanejo há anos sobre com a promessa de acabarem com a seca; quando sabemos que os governantes já poderiam, sem muitas delongas, ser verdadeiros e trabalhar na intenção de conviver com ela.

Cisternas, poços artesianos, irrigação e preservação da caatinga já para o sertanejo.

Blog do Sérgio Campos

Combater a violência: qual a solução?

Guerras

1ª imagem – Guerra entre gregos e persas – 2ª imagem – Mortes por luta no campo – 3ª imagem – Protesto por assassinatos em Alagoas (Foto montagem Blog do Sérgio Campos)

Desde os primórdios da humanidade que se tem notícia de que há uma incessante tentativa de domínio de uma classe sobre a outra.

No Brasil, por exemplo, os primeiros colonizadores já chegaram impondo a mais antiga forma de violência: a escravidão. Primeiro com os índios e em seguida com os negros, dessa forma se constitui a sociedade brasileira.

A soma do trabalho escavo e a colonização mercantilista resultou no surgimento do coronelismo e das oligarquias, com seus grandes latifúndios e concentrações de renda.

Em relação ao Nordeste, a violência esteve marcada com maior evidência no campo, onde famílias tradicionais disputavam uma hegemonia territorial e política. Com isso criavam suas milícias, os conhecidos capangas; e o pequeno produtor, no fogo cruzado, não tinha muita escolha na disputa; ou se aliava a uma das oligarquias, ou fugia ou entrava na espingarda.

Os tempos mudaram; se modernizaram; a população anteriormente forte migrou para a zona urbana de forma rápida, onde ocorreu o chamado êxodo rural. Quem veio em busca de soluções só encontrou mais problemas, entre eles as mais diversas formas de violência.

Ao invés de crescerem; desenvolverem, as cidades incharam e as favelas são uma realidade em todo o Brasil, onde o que não falta são problemas.

Ao longo dos mais de quinhentos anos de existência, os governos oligárquicos brasileiros, com o aval das grandes potências internacionais, foram incapazes de mudar o quadro de miséria -por maldade ou incompetência – que por si só já é uma forma brutal de violência.

Diante deste quadro caótico em que nos meteram, resta-nos perguntar: “decidiremos nos unir em busca de soluções, das quais já tivemos promessas de reis, marechais e salvadores da pátria, ou vamos continuar numa acomodada inércia e achando que um dia, como num passe de mágica, vamos dormir e acordar no paraíso?”

Por fim, a pergunta principal do momento: “combater a violência, qual a solução?”

Para alguns a resposta está na ponta da língua: “mata esse infeliz, porque bandido bom é bandido morto”.

Como costumo dizer por aqui: “desde que me entendo de gente que se mata “bandido” e a cada dia só tenho visto aumentar o número de pessoas que são assassinadas em decorrência da violência. Isso se referindo apenas a violência relacionada ao banditismo, onde a droga está cada vez mais presente”.

Mas, se formos relacionar esses crimes as violências domésticas, sexuais, de fome, de desemprego, de alcoolismo, preconceito ou de corrupção, com certeza entraremos num labirinto onde acabaremos nos enrolando cada vez mais.

Nesta cidade em que nasci e vivo: Santana do Ipanema, no Sertão alagoano, onde convivemos pouco mais de 45 mil habitantes, há alguns anos atrás não se imaginava que se matasse tanto por aqui, e que o crime se tornasse tão banal.

Não é necessário ter números exatos para saber que o índice de violência em nosso município é altíssimo.

Em contrapartida os índices sociais são baixíssimos. Temos um déficit habitacional muito alto; muitas pessoas vivem na linha da miséria; temos pouquíssimas creches; nenhuma escola de tempo integral; zero de políticas públicas para esportes e cultura, além do alto índice de desemprego.

Vemos entrar e sair governante e nenhuma atitude ser tomada de forma impactante, a fim de que a violência diminua no município como um todo.

Já passou da hora de se unir, sociedade civil organizada, associações comunitárias, religiões, clubes de serviços, estudantes e poderes constituídos: Executivo, Legislativo e Judiciário, num pacto de combate à violência, a curto e longo prazo.

Todos somos responsáveis. Resta saber se teremos coragem de assumir a responsabilidade sobre o problema, onde cada um renuncie a algo ou se doe, em prol de nós mesmos; ou estaremos fadados a se perpetuar em constantes reclamações, onde será sempre mais simples apontar o dedo para o outro.

 Blog do Sérgio Campos

Em Alagoas, ratos causam devastação e grilos pagam a conta

Foto: Divulgação

Vários meios de comunicação de Alagoas destacaram durante esta semana a enorme infestação de grilos que vem acontecendo em algumas cidades do interior do Estado, especialmente no sertão.

 

Escolher os grilos ou os ratos?

Apesar do incômodo, os grilos são inofensivos aos seres humanos, diferente dos ratos. Além do mais, os insetos em questão, relacionados aos gafanhotos, passam pouco tempo do ano criando algum tipo de indisposição a população, além do mais se resume a uma determinada região.

Enquanto que os ratos se proliferam por todas as partes e regiões e passam o ano inteiro causando enormes prejuízos a todos, principalmente aos mais pobres.

Em Alagoas, por exemplo, os ratos são vistos a qualquer hora e lugar. Apesar de os grilos, também, serem vistos pelo dia, a sua maior incidência acontece durante o período noturno.

Semelhança

Talvez a única semelhança entre o grilo e rato seja um tipo de alimento. Isso mesmo, os dois se alimentam de folhas.

Mas aí você poderá estranhar essa minha afirmação, de que ratos comem folhas.

Pelo menos os de Alagoas são especialistas em folha, assim como alguns pelo Brasil. Não as que alimentam algumas espécies de grilos, mas as folhas de pagamento; nesse quesito eles são imbatíveis e insaciáveis.

O último caso de consumo insaciável de folha, por parte dos roedores famintos da terra dos marechais, se deu na Assembleia Legislativa. A Casa Tavares Bastos, localizada no Centro de Maceió tem se tornado ponto de consumo dessa espécie de mamífero.

No entanto, o que não falta em Alagoas são “fast-food” para ratos catitas e cabirus. Além da capital, que oferece um sem número de locais, as cidades, grandes e pequenas do interior também têm locais convidativos onde oferecem o mais diversificado cardápio aos ratinhos e ratões; enquanto os ratos engordam sem serem perturbados, os grilinhos comem pouco e ainda têm que ficar em seus buraquinhos apenas fazendo cricri e tentando se livrar de uma sapatada.

Blog do Sérgio Campos

Momento de prosa de um sertanejo com Deus

MISSA

(Foto: divulgação)

Meu Deus, lá se foi o mês de Santana, passou-se agosto e setembro, tamos em outubro. Mais um ano de seca e agonia pra nós aqui no sertão. Num chove já faz é tempo! E o verão tá só mostrando a cara.

Olho pro céu e tento tirar um dedinho de prosa com Vossa Divina Justiça. Mas tenho cá minhas dúvida se, em suas ocupação, Vosmecê vai encontrar um tempinho pra um simples lavrador que o mundo nem sabe se existe. Mesmo assim teimo e Lhe dirijo essas palavra. Dessa vez num é rogatório, não. Também num é lamentação à toa. É só pra tirar uma dúvida, e bem sei que o Senhor não é desses que se ofende até com pergunta.

Apois me responda: que mal tão feroz eu cometi, meu Senhor, pra merecer tanto castigo? Até quando vamos ter que aguentar tanta provação?

No ano passado, eu, minha mulher e meus filho roçamo o pedaço de terra que ainda nos resta e plantamos um pouco de feijão e milho. Isso porque recebemos um pouco de semente que o governo distribuiu lá na cidade. Ficamos sabendo, pela rádio, que ia ser feita a tal distribuição, e os que não têm apareio de rádio suberam nas conversa de pé de uvido.

Tivemos que ir inté lá, pois, cuma num era época de eleição, eles não andam por essas capoeira. Chegamos cedo, pois o Senhor sabe que o matuto madruga, pra dar conta da labuta, e, nesse caso, pra garantir uma vaga na festa do benefício.

Lá na praça da cidade, onde estava as arrumação para a entrega das doação, vi muita gente bem vestida, vi tudo muito bem arrumado. Logo começou os falatório, cada um mais bonito que a outro; palavras que eu não entendia, mas imaginava que era coisa séria; pois esse povo que fala bonito é tudo gente séria, né? Promessa pro home do campo num fartaro. Teve inté um que chorou que nem minino! O Senhor sabe, o povo da cidade derrama lágrima só de pensar no mal que alguém tá fazendo com o povo…

Eu confesso, meu Deus, que num gostei de uma coisa, no meio de outras que também num me agradaram. Foi quando terminaram a cerimônia, na hora da saída, ouvi quando um daqueles home bem trajado, usando paletó e gravata, falou baixinho pro seu colega do lado: “Não sei o que é que essa gente aí quer mais, pois recebe bolsa família, salário maternidade, máquina forrageira, sementes de graça… O governo dá de tudo, mas nunca estão satisfeitos, a vida é reclamar”.

Já humilhado pela esmola que tinha acabado de receber, escondi ainda mais a cara, aproveitando o pequeno saco de sementes que tinha acabado de receber.

Agora meu Deus, o que mais me doeu, foi ouvir a resposta do outro cidadão, justamente o que tinha chorado na hora da fala. Ele disse: “Pois é, por isso que não encontramos mais quem queria trabalhar na roça. Ganham na moleza, e aí acabam viciados, esse povo não tem jeito”.

E o outro, pra confundir ainda mais a minha cabeça, emendou com essa: “E você tá reclamando de quê? Bom mesmo é ver que essas mixarias que o governo tá dando ainda é pouco, e a gente pode continuar viciando esses infelizes, esses vagabundos, em esmolas que dão votos. Pior será se os filhos e netos deles se formarem nas escolas técnicas, nas faculdades…”. Aí o outro botou as mãos na cabeça e saiu quase gritando: “Nem me fale! Nem me fale! Educação, não! Educação, não!”

Saí dali ainda mais humilhado do que quando cheguei. Ser chamado de vagabundo foi demais, meu Deus. Mas as lágrimas não escorreram pelo meu rosto, não, meu Senhor. E não foi por orgulho. Foi porque o sertanejo adulto, aqui das brenhas da caatinga, não tem mais lágrima. Tudo que a gente tinha de chorar já chorou, derna a infância, quando a fome, a sede e o abandono bateram na nossa porta e entraram sem pedir licença.

Mas eu estou aqui, meu Senhor, conformado, junto com a minha família, me preparando para enfrentar mais uma estiagem.

Esse ano, meu Deus, eu já decidi que vou deixar minha mulher cuidando dos nossos filho e vou arribar pro sul, cortar cana. Lá, pelo menos, se eu sair vivo, garanto o alimento e umas roupinhas pra eles. Além disso, trabalhando, eu tou me distraindo e não tenho tempo pra pensar besteira; pois, se não fosse a fé que tenho no Senhor, não sei se eu ainda tava vivo pra contar um pouco do meu sofrimento.

Na semana que vem, o ônibus da usina passa aqui em frente ao meu rancho, e, durante uma boa temporada, eu vou tá trabalhando e rezando pra que um dia eu possa voltar pro aconchego dos meus.

Mas pode crer, meu Senhor, jamais quero perder a esperança de um dia ver o meu sertão produzir alimentos em abundância e os meus filhos estudando em escolas decentes.

Ouvi dizer que tem um povo estrangeiro que costuma falar o seguinte: “Deus abençoe azamérica”. Num sei bem o que isso quer dizer, mas eu vou tomar a liberdade de pedir que o Senhor abençoe toda a humanidade.

Educação e Segurança unidos podem vencer a violência

Charge

Nesta terça-feira (1º) o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB/AL), deverá instalar duas comissões especiais para analisar soluções para o financiamento de medidas de estímulo à Educação e à Segurança.

Apesar de pastas distintas, educação, quando unida à segurança dá um resultado positivo surpreendente. Pena que poucos gestores e gestoras não enxerguem essa positiva parceria.

De acordo com Calheiros, o estudo é importante diante da perspectiva de mais recursos para o setor, graças à decisão do Senado em relação aos royalties do Petróleo, os quais, de acordo com o texto aprovado, 75% que cabe ao governo federal, serão destinados à educação.

Estudos preliminares mostram que o valor pode chegar a R$ 112 bilhões a mais para financiar os setores de educação e saúde, nos próximos dez anos.

Na teoria, isso quer dizer que teremos mais creches, mais escolas de tempo integral, mais escolas de música e dança, maior incentivo ao esporte nas suas várias modalidades, melhores salários e qualificações para os educadores e profissionais em educação, transporte escolar gratuito, mais faculdades, laboratórios equipados e tantos outros benefícios que a educação pode proporcionar as crianças e jovens das periferias abandonadas nas milhares cidades brasileiras.

Em relação à violência, o tráfico de drogas, que leva ao uso indiscriminado de usuários cada vez mais sedento, tem sido uma das maiores causas de mortes prematuras de jovens e crianças; algo comparando a uma hecatombe no planeta.

Em Santana do Ipanema, uma pequena cidade do Sertão nordestino, as mortes causadas por grupos que disputam os pontos pela venda das drogas, tem levado gangues rivais a se digladiarem, com resultados fatais onde parece que nunca acaba de morrer adolescentes, tornando-se assim algo banal para a sociedade, que já nem sabe a quem recorrer.

E pouco, pra não dizer nada, tem sido feito para mudar esse quadro caótico. Onde famílias são destruídas; sejam de usuários, traficantes e até de com pessoas que não estão envolvidas.

Como as soluções por parte dos governos têm sido ineficazes, as soluções, por parte da sociedade, vem em forma de desespero.

Há quem defenda o fim da violência usando a mesma tática; ou seja, o uso da força. Para esses o extermínio indiscriminado seria a solução imediata. Quem nunca ouviu a frase, “bandido bom é bandido morto”?

A pergunta seria: a quem delegar o poder de exercer a Lei de Talião, “Dente por dente, olho por olho”?

Uma prova cabal de que isso não funciona está em uma ação lançada em 1986, em relação ao combate ao tráfico de drogas, pelo presidente da maior potência bélica do planeta. Ronald Reagan, quando tomou por base a ideia defendida por outro presidente norte-americano, Richard Nixon, há quatro décadas, que lançou a chamada “guerra contra as drogas”, baseada na repressão e na perseguição policial e militar.

De acordo com o escritor uruguaio Eduardo Galeano, em seu livro “Os Filhos dos Dias”, em relação a esta atitude de repressão: “A partir de então, aumentaram seus lucros os narcotraficantes e os grandes bancos que lavam seus dinheiros; as drogas, mais concentradas, matam o dobro de gente que antes matavam; a cada semana se inaugura uma nova prisão nos Estados Unidos, porque os drogados se multiplicam na nação que mais drogados tem.” (p.339).

Por tanto está provado que repressão nunca foi a solução para o combate às drogas; prevenção sim.

“Eduquem as crianças e não será necessário castigar os homens.”, Pitágoras.

 Tem um ditado popular que diz “Mente vazia, oficina do diabo”.

Será tão difícil imaginar que a frase dita por Pitágoras, há quase 500 anos/a.C. tem um sentido lógico e prático?

Tendo a criança, hoje abandonada em bolsões de miséria, a chance de nos seus primeiros anos de vida frequentar uma creche bem equipada; com educadores qualificados, merenda e material didático de qualidade, onde possa ser bem tratada e praticar os seus primeiros exercícios físicos e mentais, não teria enorme chance de, ao invés de ingressar no mundo das drogas, tomar o rumo da educação, da medicina ou do esporte?

Conforme, nota do Senado, a comissão tem até o dia 16 de dezembro para debater e propor soluções que viabilizem a alocação de mais recursos financeiros para o sistema educacional brasileiro. O grupo está formado por dez senadores, incluindo a presidente e o relator; é esperar e torcer que esses recursos cheguem e sejam realmente aplicados em favor de nossos crianças e jovens.