O PINGUIM DE SEU NÔZINHO

Foto: Reprodução / Internet

Contava-me minha mãe que da porta de casa, viu surgir a sorveteria “O Pinguim”. Erguida pelo então intendente Firmino Falcão Filho, lá pelos idos de 1955. Intendentes,assim eram chamados os prefeitos municipais nomeados pelos governadores de estado. Mamãe viu tudo ser feito,desde o começo. Desde a medição, ao alicerce, a concretização e a inauguração. Na parte de baixo funcionava sorveteria e lanchonete, a parte de cima servia de palanque oficial. O largo do Monumento se tornaria assim, palco dos mais importantes eventos da cidade fosse cívicos, religiosos ou populares.

“O Pinguim” mudaria de dono por mais duas vezes, pertenceria a doutor Adelson Isaac de Miranda, odontólogo, e diretor do Ginásio Santana, que o entregaria ao seu sobrinho, apelidado de “Pé de Pato”. Este mudaria o nome do estabelecimento pra outra ave: “Toca do Pato”. Outro proprietário que também foi administrador municipal, o empresário da construção civil, senhor Paulo Ferreira de Andrade.

“A Toca do Pato” mudaria de inquilino, várias vezes. Sendo alugada por dois forasteiros, da vizinha cidade de Jacaré dos Homens, primeiro Seu Arlindo, e depois Seu João da Toca, que tentariam mudar o nome pra “Toca do Jacaré”. Porém os nomes já consolidados: “Toca do Pato” pelos mais jovens, e “O Pinguim” pelos mais antigos persistiria. Depois passaria pelas mãos de “Canário” pai do ex-vice-prefeito e ex-vereador Edson Magalhães, que poderia ter tentado um novo nome de ave: ”Toca do Canário” ao meu ver, seria outra vã tentativa. Ainda com o formato de lanchonete passaria pelas mãos de Olival um ex mascate vindo de Palmeira dos Índios, depois por Cesar Ferreira Barros, filho de dona Zilda, e neto de dona Beatriz, dona do “Hotel Santanense” que ficava ali próximo.

Os últimos inquilinos do “Pinguim”, que ao longo do tempo passou por várias reformas na sua estrutura física, foram Paulinho que o transformou em restaurante. Atualmente está sob o comando de Ricardinho das Verduras que radicalizou transformando o “Pinguim” em uma quitanda! O ponto chique da cidade, que jubilousendo lugar de degustação de uma bebida, um petisco, uma música, lugar de laser e entretenimento, relegadamente virado em mercado de frutas e legumes.

Figuras ilustres tiveram passagem por aquela simplória construção do meio da rua: Governadores como doutor Lamenha, Alysson Paulinelle ministro da agricultura do presidente Ernesto Geisel [1974-1979]; governador Guilherme Gracindo Palmeira; cantores a exemplo de Valdick Soriano, Adelino Nascimento, Odair José, o humorista Pedro de Lara, o mágico LoasterJane e Herondy, Carlos Moura. Alguns se apresentaramartisticamente no velho palanque: Canindé, Zé Castor, Zé de Almeida, Chico Santos, Junior Bahia, Os Naturais, Dênis Marques, Miguel Lopes e Banda MC7.

A turma do Pinguim, assim se autodenominaram os jovens que moravam no bairro do Monumento nas décadas de sessenta e setenta e que freqüentavam “O Pinguim” e suas imediações, a praça da Bandeira. Se ajuntavam nos bancos da praça pra bater papo, namorar, paquerar estudantes do Ginásio Santana. Era tempo do “Brasil: Ame o ou deixe-o!” lema dos governos militares. Tempo a repressão. Tempo os movimentos hippies, que lançavam modas, calça boca de sino, medalhões, cabelo Black Power, tamancos, tatuagens.

Lembrei-me agora de uma figura excêntrica, daquela época, Seu Albertino eletricista, soube tempos depois que era irmão e Seu Leuzinger, dono o hotel Avenida. Seu Albertino freqüentava a mercearia e café do meu pai, João Soares, que ficava por trás do “Pinguim” estava sempre de camisa de mangas compridas, talvez pra esconder a grande quantidade de tatuagens que tinha pelo corpo. Gostava de pronunciar frases em inglês, disse que aprendeu o idioma americano apenas “de ouvir” os gringos no cais do porto de Santos-São Paulo. Gostava de me provocar, eu era apenas um garoto, dizendo “Wanna go to hell boy!”Como um: “Vai se ferrar menino!” Depois de ouvir mil perguntas sobre suas tatuagens. Como se aquilo fosse algo do passado, e lá deveria ficar.

CADÊ?  Fiquei curioso de saber a origem dessa palavra, amplamente usada no nosso idioma pátrio. “É umAdvérbio de modo a indicar uma pergunta, “quede?”; onde está? [gramática]; Forma reduzida de: “que é de?” Etimologia do termo cadê. Fonte: dicionarioonline.com.br

UM POUCO DE HUMOR PRA ENCERRAR:

PERGUNTAS UM TANTO QUANTO IDIOTAS:

POR QUE ZECA PAGODINHO CANTA SAMBA E EXALTASAMBA PAGODE?

SE O VINHO É LÍQUIDO COMO PODE TER VINHO SECO?

SE A LARANJA É DA COR LARANJA, LIMÃO NÃO DEVIA SE CHAMAR DE VERDE?

SE O ORIENTE É MÉDIO O OCIDENTE É ALTO?

SE TODOS OS DIREITOS SÃO RESERVADOS, OS ESQUERDOS SÃO DESINIBIDOS?

UMA PESSOA PELADA PODE LEVAR UM TIRO A QUEIMA-ROUPA?

ADÃO TINHA UMBIGO?

PINGUIM TEM JOELHOS?

 

Fabio Campos,31 de outubro de 2023.

GIRASSÓIS HOLANDESES, LOUCURA E ESCATOLOGIA

Foto: Reprodução / Internet

Na última terça-feira (19/10), no Parque Shopping Maceió, em Cruz das Almas aconteceu o lançamento da “Exposição Imersiva Van Gogh Live 8k”. A mostra contará com mais de 250 obras do pintor holandês Vincent Van Gogh [30/03/1853 – 29/07/1890]. Projetadas em resolução 8K. O evento que deve ir até domingo (22/10) promete ao visitante uma imersão na obra do artista que aguça os sentidos, visão, olfato, tato e audição. Conta a vida, um tanto curta porém intensa, desse artista que vendeu um único quadro e morreria sem jamais imaginar o quão famoso se tornaria.

Com certeza vamos ter, assim como na Bienal do Livro/2023, um fluxo muito grande, principalmente de estudantes e professores indo do interior pra capital nesses dias. Parada obrigatória de quem vai daqui de Santana do Ipanema pra capital é a Churrascaria Brasil, em Marimbondo. Naquela outra oportunidade paramos ali, e o garçon solícito indagava-nos: Também estão vindo da Bienal?

A loucura de Van Gogh. O site “virusdaarte.net” diz “Existem teorias que Van Gogh era vítima de demência sifilítica ou que sofria de esquizofrenia. Ele nunca deu a impressão de que era um demente. Embora quase não comesse, bebia sempre em excesso. Depois de um dia inteiro debaixo de um sol abrasador e calor tórrido, costumava sentar na varanda de um café, já que não tinha um verdadeiro lar. E os Absintos, Brandies (bebidas alcoólicas) se sucediam rapidamente. Amava a vida de forma apaixonada. Era uma pessoa ardente e boa. By Paul Signac “

Tenho comigo um livreto de orações direcionadas a Nossa Senhora da Defesa. Ele contém uma Novena. A cada dia da semana especificamente reza-se por um determinado tema. Uma frase chama-nos a atenção no quarto dia de oração: “nestes dias tão difíceis…” Confabulamos Ora, o livreto nós o possuímos a treze anos. Desde então já se falava em dias difíceis.

Podemos acreditar e pensar que tempos difíceis sempre tivemos e sempre teremos. Haverá sempre alguém achando que estamos caminhando pro fim dos tempos. E que este fim, apocalíptico esteja chegando. Também haverá os que acham que o mundo ainda tem jeito. Proponho uma meditação dessa novena de Nossa Senhora da Defesa. Não sem antes trazermos o significados de palavras que estão tão em voga nos dias atuais.

“ESCATOLOGISMO – [Teologia]; doutrina das coisas que devem acontecer no final do mundo; doutrina que trata do destino final do homem e do mundo, seja em discurso profético ou apocalíptico. Etimologia da Palavra: do grego: “éskhatos” que significa “extremos’ ou “último”, agregado ao sufixo “logia” (estudo). Outros significados: [Psicologia] o termo estaria relacionado pejorativamente a indivíduos que têm gosto por coisas obscenas ou sórdidas; [Medicina] A ideia de que a palavra seria associada a “excrementos”;” fezes” nesse caso vem do termo grego “skátos” que significa justamente “dejetos”. Fonte: Google.com.br;

Meditando sobre a Novena de Nossa Senhora da Defesa contida no livreto. PRIMEIRO DIA: DEFESA CONTRA ASSALTOS E SEQUESTROS. Sempre houve na face da terra estes males a nos causar aflição. Jesus quando andou no mundo falou na parábola do “bom samaritano [S. Lucas 10-25,37]” sobre aquele que cuidou de alguém que sofreu um assalto. Conseguimos visualizar também um outro mal nessa passagem bíblica, o preconceito: se esse era “o bom samaritano” significaria dizer que todos os demais samaritanos eram ruins? A questão era que Jesus pregava para os judeus. E para àqueles realmente não existiria um samaritano bom, pois eram povos que teciam ódio uns contra os outros. Assim como até hoje existe entre israelitas e palestinos na Faixa de Gaza e na Cisjordania. Uma desavença de mais de 5 mil anos!

Outros Males que pedimos a Nossa Senhora que nos defenda: 2° DIA: DEFESA CONTRA A VIOLÊNCIA; 3° DIA: DEFESA CONTRA AS DROGAS; 4° DIA: DEFESA CONTRA O DESEMPREGO, FOME E MISÉRIA; 5° DIA: DEFESA CONTRA A INCREDULIDADE, INDIFERENÇA E INFIDELIDADE; 6° DIA: DEFESA CONTRA AS ENFERMIDADES DA MENTE, DO CORPO E DO ESPÍRITO; 7° DIA: DEFESA CONTRA O TRIO MALÉFICO: INVEJA, VAIDADE E ÓDIO; 8° DIA: DEFESA CONTRAS AS CATÁSTROFES; 9° DIA: DEFESA CONTRA AS GUERRAS. Percebeu que há males de três natureza? Espiritual, físico e Fenômenos climáticos. Mas tudo está na mão do Pai. Ele a quem até o mar revolto obedece.

UM POUCO DE HUMOR PRA ENCERRAR

FRASES MANEIRAS

“TEM COISAS NESSA VIDA QUE APENAS VISUALIZO, E NÃO RESPONDO.”

FOFOQUEIRA? NÃO, HISTORIADORA DA VIDA ALHEIA!”

“FÁCIL É FAZER MIOJO. VIVVER É COMPLICADO…

“NAMORE ALGUÉM QUE ESPERE POR VOCÊ, ASSIM COMO EU ESPERO A SEXTA-FEIRA!

“EX- BOM É STROGONOFF!”

“NO TEATRO DA VIDA ME DERAM O PAPEL DE TROUXA!”

DIGA AÍ EM LÍNGUA ESTÃO ESTAS FRASES:

PERAINDA!

AH MISERÁVI!

DIGUE NADA…

DEUZULIVE!

FARRÉ TEMPO!

ACHÉ PÔCO!

ÉOQUÊ HOMI?

Fabio Campos, 20 de outubro de 2023.

A VIDA É QUE TEM RAZÃO

Foto: Freepik

Pensei que seria mais uma semana sem palavras, literalmente… Mais uma semana sem escrever uma crônica. Veio-me a ideia de pesquisar sobre a vida dos santos. Afinal outubro começa nada mais nada menos, com os Santos Anjos (01/10), São Francisco de Assis (04/10), São Benedito (05/10). Pegaria o gancho do porquê eles possuírem um nome de batismo, e depois de abraçar a ordem mudar, em definitivo, para um nome religioso.

Lá no começo da outra semana, duas palavras navegavam entre os meus desidratados neurônios: Sarcopenia e Paralelepípedo. A composição literária tomou vida e alma lá dentro da massa encefálica. Massa branca, massa cinzenta. Sem plasmar nos bites do microcomputador, vagou sem corpo. “Sarcopenia é uma síndrome caracterizada pela perda progressiva da massa muscular associada a perda de força muscular e redução do desempenho físico. Ela ocorre com mais frequência nos idosos, por isso as recomendações médicas são feitas especialmente para essa faixa etária. Fonte: Google.com.br”

“O paralelepípedo é um sólido geométrico que possui três dimensões: altura, largura e comprimento. Esse prisma possui todas as suas faces no formato de um paralelogramo, sendo formado por seis faces, 8 vértices e 12 arestas. Fonte: Google.com.br”

A composição teria até um título, seria: O Velho e a Pedra”. Achei assim, algo bem poético e convidativo à leitura. Aludindo claro, aos músculos de quem está ficando idoso. E a pedra que deu sustentabilidade aos meus pés na jornada da vida inteira, até agora. E pra arrematar esta consistente retórica, estaria faltando dizer de onde supostamente teriam surgido tais palavras, ao longo do meu cotidiano, para que viessem compor esta despretensiosa dissertação.

A Sarcopenia flácida e sem jovialidade apareceu-nos, brotada dos aplicativos propagandísticos das redes sociais. O paralelepípedo brilhou debaixo do sol, de manhã cedo. Numa reportagem que enaltecia uma cidade antiga. E surpreso descobri que essa forma geométrica que dá nome a pedra, e que caminhou comigo desde os primeiros passos, “sua origem remonta a Antiguidade, tendo sido utilizado pelos romanos na construção de estradas.” Fonte: rabiscodehistoria.com.br”

Faltava musicalidade ao meu escrito semanal. A pedra é dura, assim cantou-nos Edson Gomes: “Sei , eu sei que a água é mole [e a pedra é dura]/ Mas como diz o ditado: “Tanto bate até que fura…By Edson Gomes “Fala Só de Amor [1990] Álbum Reagge Resistência””

“Arrepare não, mas enquanto engomo a calça eu vou lhe contar/ Uma história bem curtinha fácil de cantar/ Porqu cantar parece com não morrer/ é igual a não se esquecer/ Que a vida é que tem razão [repete 2x]/ Esse voar maneiro foi ninguém que me ensinou/ Não foi passarinho/ Foi o olhar do meu amor me arrepiou todinho/ E me eletrizou assim quando olhou meu coração. By Ednardo [1979]

Mas preferi relevar tudo isso. Minha crônica morredoura, na pedra e nos músculos, renasceria no Sagrado Coração de Jesus. A Folhinha contendo o calendário civil, religioso, climático e cultural. Editado pela Editora Vozes, chegou na minha sala vespertina. Trazido pelo colega de trabalho José Roseno, “Zezé” para os íntimos. Havia ganhado de uma livraria que lhes doa todos os anos. No entanto ao perceber o quão impressionara-me o impresso, simplesmente deu-nos de presente!”

E lá estava eu, tendo em minhas mãos, um ano inteirinho! Um ano cheio de poesia, de palavras de fé, de orações, de trovas de amor, dicas de saúde, palavras cruzadas, piadas, passatempos, charadas, receitas, culinária, tábua das marés fases da lua… tudo a se desfolhar sobre meus dedos! Bom seria se o ano que estava ali, nas minhas mãos fosse acontecer exatamente daquele jeito, só de coisas boas! Um ano, sem guerras, sem terremotos, sem furacões, sem fome, sem seca, sem miséria, sem dores, sem que um único tiro fosse disparado contra a vida! Onde toda criança concebida pudesse vir ao mundo! Um ano que somente o Sagrado Coração de Jesus, ilustrando aquela gravura, saberia dizer se realmente assim seria: um feliz 2024.

UM POUCO DE HUMOR PRA ENCERRAR

BODE GAIATO

“-TU ACEITA SAIR COMIGO?
-SÓ SE FOR NA PORRADA!”
“ACHO QUE MEU PROBLEMA FINANCEIRO É POR FALTA DE AMOR. TIM MAIA DIZ QUE QUANDO A GENTE AMA NÃO PENSA EM DINHEIRO!”
“ANTIGAMENTE A MÚSICA MADAVA EU TIRAR O PÉ DO CHÃO… AGORA MANDA EU SENTAR NELE!”
“-AMOR! TU SABAI QUE UM DIA A BELEZA SE ACABA?
-COMO VAI ACABAR AQUILO QUE NUNCA COMEÇOU?”
“-AMOR TU ME AMA?
-AMO!
-E SE EU FICAR FEIA?
-EU FICO CEGO!
-E SE EU FICAR TRISTE?
-EU VIRO UM PALHAÇO!
-E SE EU PEDIR PRA TU PARAR DE BEBER?
-EU MANDO TU SE LASCAR!”

Excesso de telas reduz a inteligência

Foto: Célio Júnior / Secom Maceió / Arquivo

Nas últimas duas décadas o avanço tecnológico surpreendeu a todos nós, é notável que nos dias atuais ela esteja presente em quase tudo das nossas vidas. São muitos os benefícios e facilidades disponíveis a todas as gerações e classes sociais. Muito embora, nós sabemos que tudo em excesso gera prejuízos e tende a trazer como consequências o adoecimento.

O celular é companheiro inseparável, nele está concentrado muitas funções que antes usávamos em aparelhos separados, como por exemplo: despertador, relógio, rádio, calculadora, calendário, agenda, câmera fotográfica, dicionário, planilha financeira, o jornal diário e etc.

Além de todas essas funções, através de um único aparelho também pagamos as contas e compramos uma infinidade de coisas e serviços e nos conectamos com centenas de pessoas que na maioria das vezes estão distantes fisicamente.

É meu caro leitor! Quando tudo isso passou a estar disponível em nossas mãos em um só aparelho, pensávamos que iríamos ter mais tempo livre. Mas acredito que assim como acontece comigo, com você também o tempo não sobrou, na verdade, ficou mais difícil gerenciar o tudo a sua volta.

Se para nós adultos é viciante e difícil controlar, como será que sente uma criança sendo bombardeada a todo tempo com coisas desnecessárias para a idade dela?

Pois bem! Talvez você esteja se perguntando. Qual o prejuízo causado nas crianças que usam a tecnologia em excesso?

De acordo com o neurocientista francês Michel Desmurget, diretor de pesquisa do Instituto Nacional de Saúde da França, os dispositivos digitais estão afetando seriamente — e para o mal — o desenvolvimento neural de crianças e jovens. Em seu livro intitulado A Fábrica de Cretinos Digitais. Ele apresenta uma pesquisa feita em tendência que foi documentada na Noruega, Dinamarca, Finlândia, Holanda, França, etc. Nesses países, os “nativos digitais” são os primeiros filhos a ter QI inferior ao dos pais.

Em 2020 o neurocientista percebeu em pesquisa que pela primeira vez na história os filhos, adolescentes e crianças, estão com menor inteligência do seus pais, ou seja, com menos habilidades sociais, menos capacidade cognitiva para resolver problemas do cotidiano.

Então meu caro leitor, perceba que o excesso de telas, entenda como várias horas de uso diário de (celular, computador, tv e vídeo game), causam nas crianças e adolescentes o que nós chamamos de atrofiamento cognitivo, porque nessa rotina de uso desses instrumentos, o indivíduo reduz a capacidade de adequação e resiliência nos relacionamentos e reduz a plasticidade neural de criatividade e aprendizado.

Na minha experiência clínica e escolar na função de Psicólogo, vejo vários malefícios do uso desregrado das telas em crianças.

É como notar isolamento social (fica mais sozinho do que com a família e amigos), desorganização no sono e alimentação (se esquece de comer, beber, ir ao banheiro e passa da hora de dormir), alteração de humor, geralmente a criança fica impaciente, irritadiça, ansiosa. Além de apresentar fragilidade física por não explorar o universo a sua volta.

Para concluir, deixo a você mãe/pai ou responsável por gerenciar crianças, a tecnologia deve ser usada a nosso favor, evite ao máximo o uso de telas em crianças, estimulo-os a serem apenas crianças, e aos adolescente, monitorem para não deixarem de frequentar a rotina social da família a amigos.

Não esqueçam! fiquem atentos e obedeçam a sua fisiologia.

Tudo em excesso faz mal.

COMO SE DIZ RUBACÃO EM INGLÊS?

Foto: Gino Crescoli / Pixabay

Minha filha Fábia Monaly, ainda ontem, no aplicativo wathsapp, no grupo da família, pastou mensagem nestes termos: “Mãe! O Pedro, já está em Alagoas já vai fazer um ano! E ele nunca provou um “Baião de Dois” alagoano, que é muito diferente do cearense. Não conseguimos encontrar esse prato nos restaurantes. Não teria como a senhora proporcionar essa experiência gastronômica pra ele? Neste final de semana, estamos indo praí!”

Então tive que intervir, lembrando pra minha filha, que nós alagoanos temos um prato típico do sertão muito parecido com o “Baião de dois”, e que a mãe de Monaly, minha esposa Mara Rúbia, conhecia perfeitamente, com outro nome:  “ Rubacão,  é o prato típico da culinária paraibana e cearense, enquanto “Baião de dois” é um prato autêntico da culinária cearense. O “Rubacão” lembra, em alguns momentos, o processo do famoso “Baião de dois”. A principal diferença entre eles, além de alguns ingredientes, está no preparo e na característica mais primitiva da receita. O “Rubacão” é feito com feijão verde, arroz, queijo coalho, charque e nata de leite. Já o “Baião de dois” é com feijão verde, arroz, queijo coalho, carne de sol ou charque. Fonte: Google.com.br”

Confesso, que na minha infância e juventude, esse prato da culinária sertaneja, lá na casa dos meus pais, tinha outra denominação, era: ‘Ribacão”. Resolvi aprofundar um pouco mais a pesquisa, e aqui na rede mundial de computadores encontrei a etimologia da palavra: “Rubacão” ou “Ribacão” vem de prato, feito a base de carne de ave de arribação ou caça exótica.

Portanto, ‘Rubacão’ é corruptela, vício de linguagem. É como deixar de dizer vassoura pra dizer “Bassôra”. Ou ao invés de dizer varrer, pronunciar: “barrê”. Então, Arribação, virou “Ribacão” que virou “Rubacão”. Estaria errado, pronunciar desse ou daquele jeito? Não! Claro que não!  São apenas variações de linguagem, de região pra região.

Quero aqui retomar comentários sobre o evento promovido pela prefeitura municipal de Santana do Ipanema: o “V MOTOFEST” ao qual tivemos o prazer de reviver momentos de plena recordação, com a exposição de carros antigos, bem como de shows de Bandas de Covers artístico de Elvis Presley e The Beatles, que tornar-se-iam famosos mundialmente na década de sessenta. Foram momentos muito marcantes para nós vivermos tudo isso.  E que jamais passou pela nossa cabeça estar um dia em evento tão maravilhoso! Quem esteve ali sabe, jamais esquecerá.

Assim como jamais esquecerei eu, de ter assistido a shows gratuitos, em plena praça pública, aqui em Santana do Ipanema. Ao exemplo de: Agnaldo Timóteo ( com quem tive oportunidade de conversar antes do show, na porta da Pousada Asa Branca, do meu amigo Lira da “Casa dos Retalhos”); do show do famosíssimo João do Pife; do show do Trio Nordestino (O Original), com apresentação exclusiva do meu irmão Francisco Soares;  show de Elba Ramalho; também do  saudoso Luiz Gonzaga o “Rei do Baião”. Todos esses últimos, se apresentaram em palcos improvisados, em cima de lastros de caminhão. Lá trás, na década de oitenta.

RIBACÃO OU RUBACÃO, EM INGLÊS? É por pura brincadeira e descontração que aludimos ao questionamento título da crônica. Então, como seria? Considerando que a comida vem de ave de arribação, esse prato exótico em inglês seria chamado pelos gringos de:”Aribation Bird Food”.

Alguém compartilhou no grupo de amigos, um vídeo, onde um vaqueiro aboiava, sobre um prato fumegante de buchada, sendo partida e uma dose de cachaça, convidativa repousava dentro do copo. Então lá resolvi fazer uma Glosa: “ÊÊÊêêêêha! Amigo Mozart Brandão/ Esse vídeo é “manêro”/ Uma buchada bem quente, um copo de aguardente/ Anima qualquer canêro! Ôôôôôô…

Em tempo, enquanto terminava esta crônica, assisti um vídeo enviado-me pelo amigo, jornalista, Fernando Valões, que estaria assistindo ao vivo, show do cantor americano Road Stwart cantando: “Don’t want to Talk About It” [Não quero Falar Sobre Isso] que o tornaria ainda mais famoso ao cantar ao lado da sua filha.

UM POUCO DE HUMOR PRA ENCERRAR

SE OS REMÉDIOS ANTIGAMENTE JÁ TINHAM DONO, POR QUE EU IRIA USAR?

PÍLULAS DE PHILLIPS

SAL DE ANDREWS

ANTI ÁCIDO DE ALK-SET-SER

PILULAS DO DR ROSS

CHAMA A NELSA! NELSADINA!

EITA! ÓIA O MUÇÃO NOS CHAMANDO PRA O FINAL DE SEMANA! É HOJE:

QUE EU TÔ MAIS ERRADO QUE GARANTIA DE CAMELÔ!

QUE É DIA, DE BEBER ÓLEO DE CAIXA DE MACHA DE CARRÊTA!

QUE EU VENDO A MINHA SOGRA, COM 95 % DE DESCONTO NO MERCADO LIVRE!

E CHIFRE: NASCEU PRO HOMEM, E BOI USA DE INXIRIDO!

A Primavera já chegou no Meu Sertão

Craibeiras em Santana do Ipanema (Foto: Sergio Campos / Alagoas na Net / arquivo)

Neste sábado, 23 de setembro, a Primavera se iniciou, após o final do inverno. Com isso, o Sertão alagoano, local onde eu nasci e nunca o abandonei, é para mim um glorioso local onde os frutos da “Mãe Natureza”, oriundo do Pai celestial, sempre nos oferecem muitas bondades e belezas.

Entre tantas plantas úteis e tão belas, a craibeira é uma das que mais se destacam na Primavera, apenas diminuindo o verdão e crescendo na cor amarela.

A Craibeira foi instituída como a árvore símbolo do estado de Alagoas, em 29 de abril de 1985, através do decreto estadual assinando pelo então governador Divaldo Suruagy.

Entre outros tantos destaques da caatinga, podemos citar o mandacaru e o xique-xique, que sempre estão próximos um do outro e que servem para alimentação animal.

Portanto, a Primavera irá se destacar até o dia 22 de dezembro, onde em seguida virá o Verão.

Diante deste grandioso destaque da Mãe Natureza, eu compus a canção “A Primavera Já Chegou no Meu Sertão”, onde o cantor Orlando Nobre, da cidade sertaneja de Carneiros, interpreta. Confira abaixo a letra desta canção e em seguida ouça também:

Primavera no Sertão (Sérgio Campos – 11/2018)

A primavera já chegou no meu sertão.
A craibeira começou a fulorá.
Que coisa linda, muito bela a natureza.
A mão perfeita faz aqui faz acolá.
_Refrão_
Ai que coisa bela, o meu sertão do pé de mandacaru.
Do xiquexique, do imbu e cajueiro,
do juazeiro, do pau ferro e mulungu.
A passarada faz a festa no anjico,
Na aroeira, barrigura, ouricuri.
De manhã cedo até o anoitecer,
O que se ver é muita vida por aqui.
A catingueira tá tão bela amarelinha, a Jitirana começou a azular, a cajarana imponente de se ver tá enfeitada de velame e mussambê.

CANDANGO, LANDAU, DEL REY

(Foto: Site Quatro Rodas)

Finais de semana em cidade interiorana, no passado, não costumavam serem movimentados. Mas esse cenário ultimamente tem mudado muito. A nossa cidade, Santana do Ipanema, viveu no último final de semana o “V Motofest”. O evento cumpriu o que prometeu. Muita badalação, muita gente estilosa, shows de roclk’nroll. Tietagem entre carros antigos, motos turbinadas. Em meio a tudo isso, tivemos Uma nova oportunidade de fazer uma viagem no tempo. Voltar a um passado remoto, onde afloraram fortes emoções, tantas recordações.

Naquela época, final dos anos sessenta, início da década de setenta poucos eram os que possuíam veículos automotores na cidade. Dava pra se contar nos dedos os proprietários de automóveis e motocicletas. Na nossa vizinhança, onde morei na Praça do Monumento, era uma exceção, três dos nossos vizinhos possuíam automóveis: Leopoldo Oliveira, conhecido por Seu Dota possuía uma Rural Willys; seu vizinho doutor Aderval Tenório, promotor de justiça, tinha vários carros, entre estes um Jeep Willys e sua esposa Déa Tenório, professora de Inglês costumava colocar um macacão, botas de borracha e ia pra fazenda guiando o Jeep. Outro nosso vizinho era Seu Zé Francisco Carvalho, o “Véi Zé” que um dia se tornaria vereador, foi caminhoneiro, dono de um caminhão Truck 1113 da Mercedes Benz.

Esta quinta edição do Motofest trouxe excelente novidade: uma exposição de carros antigos. E tivemos com isso, a oportunidade de ver exemplares, bem conservados, de carros daquela época: havia um LANDAU que disseram pertencer a um velho político de nossa região, senhor Elísio Maia, que fora prefeito de Pão de Açúcar; tinha um CANDANGO muito parecido com o que no passado circulava pelas ruas de nossa cidade, guiado pelo empresário do setor algodoeiro senhor Domício Silva, avô da atual prefeita de Santana do Ipanema doutora Cristiane Bulhões; havia também uma belíssima Caminhonete Chevrolet da década de sessenta, com seus possantes pára-lamas que lembrou-me uma que era apelidada de “Floresbella”, que pertencera ao senhor Zezinho do Vemag; o também saudoso Eugênio Teodósio possuíra uma caminhonete semelhante, com a qual meu pai, o comerciante João Soares Campos, fretava para ir fazer compras na cidade de Caruaru – Pernambuco; outro carro antigo que fazia muito sucesso na exposição: um DEL REY da Ford, bastante conservado, lembrou-me inclusive na cor cinza, um, que até pouco tempo vi rodando pela cidade cujo proprietário é Val da loja Cardoso Discos.

Lembrei-me de dois episódios envolvendo acidentes de trânsito, aqui em Santana, no tempo em que o barulho de um único carro passando na rua chamava a atenção: o primeiro foi com a PERUA VEMAG da doutora Nicia esposa de doutor Paulo Onofre, proprietários da Escola Santo Alberto Magno. Numa ensolarada tarde de verão, foi colidir seu veículo na antiga Praça das Coordenadas, onde posteriormente o prefeito Adeildo Nepomuceno Marques instalaria o Monumento ao Jumento. E virou Praça do jumento, que ficava com frente a atual agência da Caixa Econômica Federal.
O outro incidente com carro que lembrei, ocorreu envolvendo a “Fubica” de Antônio “Redondo” e o consultório do odontólogo doutor Antônio, que ficava onde hoje funciona uma farmácia, no inicio da rua Coronel Lucena, na esquina que dá acesso ao banco Bradesco e a Casa da Cultura. O veículo era muito antigo, e devia ter faltado freios. Ao perceber que se descesse a rua até o comércio a bagaceira ia ser feia. O condutor preferiu jogar-se de encontro ao portão do jardim do consultório do dentista.

CANDANGO “É um automóvel brasileiro produzido pela VEMAG, concessionária da fábrica alemã DKW. O nome foi dado em homenagem aos operários que construíram Brasília, a capital do Brasil, inaugurada em 1960.” Fonte: Google.com.br

MOTOQUEIRO OU MOTOCICLISTA?

“A diferença entre as duas palavras, não existe tornando elas em sinônimos. Mas no popular tem variação no real significado: Moqueiro é aquele usuário de moto que trabalha com o veículo, geralmente de baixa cilindrada. Os motociclistas tem um significado ainda mais negativo para os motoqueiros. De acordo com eles, os motoqueiros são os que não respeitam as leis de trânsito e que usam o vão entre os carros para andar nas ruas movimentadas de sua cidade. Motociclistas são os que utilizam a motocicleta por lazer como objetivo principal, seja para passear ou se divertir com o veículo. Normalmente de cilindradas maiores. Alguns amantes de motocicletas se reúnem em grupos, para viajarem e conversar sobre essa paixão que é andar com suas máquinas. Fonte: google.com.br”

UM POUCO DE HUMOR PRA ENCERRAR:

FRASES NA TRASEIRA DE CARROS

“GENTE VELHA é igual a um FUSQUINHA, não importa o ano de Fabricação e sim o ESTADO DE CONSERVAÇÃO!”
“Faça a Coisa CELTA assina: Cebolinha!”
“PIOR É IR A PÉ!”
“FUI SER FELIZ! Só Não Sei se Volto…”
“SE LULA pode dirigir BRASÍLIA por que eu não?”
“Nem Todos de BRASÍLIA são Corruptos!”
“POBRE! SIM! Porém FELIZ!”
“PARATI Enlouquecer!”
“POBRE É igual PNEU: Quanto mais Roda MAIS LISO FICA!

A Carne, a Crista e o Coice

Ecossistema Caatinga (Foto: Ascom IMA)

Bela tarde de sábado, se fazia. A última que passou, [09/09]. Tão plenamente vivida por este que vos fala. Refizemos o caminho do rio, à busca de cura. Cura para os males físicos, da mente, quiçá espiritual. Era uma tarde maravilhosa, de um céu azul, salpicado de nuvens brancas. O barranco coberto de arbustos, a relva fresca acariciava a minha alma. A água salobra tão fria, calada, carregada de lembranças.

De repente, uma voz trouxe-me a realidade, um homem, do nada apareceu. Perguntou-me se ia pescar. Não. Estou procurando uma planta, que serve de remédio. Respondi. Então Seu José, era esse o nome do homem, de meia idade, fala mansa, vestes surradas, chapéu de palha na cabeça. Disse conhecer todo tipo de erva medicinal. E passou a apontar cada vegetal ao nosso redor, dizendo as curas que podiam trazer à saúde humana. A raspa do tronco da Craibeira, bom para problemas de estômago, constipação, corrimento de mulher. Mas tinha que tirar cedinho antes do nascer do sol. A raspa do tronco do Mulungu para problemas nos rins, dor na coluna, porém era preciso tirar a raspa do lado que fica virado pro sol nascente. A Jurema, o Capim limão, a “Berduega” (beldroega). Disse as particularidades de cada uma, e as mazelas da carne que podiam curar.

A minha mente divagou sobre uma frase, encontrada perambulando pelas redes sociais da vida: “Deus quando quis criar as plantas conversou com a terra; quando quis criar os peixes conversou com o mar; quando quis criar o homem, olhou para si mesmo.” E pensei: é, olhou para si mesmo. No entanto usou o barro da terra para nos moldar. Algo bem forte nos une, o que dela brota. Somos na linha de criação “A Crista”, o que veio do Cristo.

Ao ouvir o homem falar em casca, entrecasca, gomo raspas de planta. Pensei em três palavras homônimas: Polpa, poupa, popa.

“Polpa: substantivo feminino; [botânica] tecido vegetal espesso e tenro que constituem a parte comestível de vários tipos de fruto;  Poupa: subst. fem.; Crista [Anatomia zoológica] ornato, tufo de penas ou saliência carnosa no alto da cabeça de algumas aves; Popa ou Ré: subst. Fem.: uma das partes que compõe uma embarcação. Fonte: dicionariooxford by Google.com.br”

“Vitex gardineriana Schauer é uma verbenácea arbórea encontrada no sertão nordestino, conhecida popularmente como “Jaramataia” usada tradicionalmente por suas propriedades anti-inflamatórias e analgésicas. Era a planta que procurávamos na beira do Panema. Indicada para o tratamento dos problemas como a displasia prostática.

O Coice: O eremita “entendido” de plantas medicinal, encontrou, colheu e nos deu uma touceira de “Jaramataia”. Em casa, ao pesquisar via internet descobrimos que infelizmente aquela não era a planta tão procurada.

HÓSTIA. Significado do termo: “A hóstia vem do Latim “hostiam” que significa: “Vítima”. Termo usado para designar o pão consagrado, pelo sacerdote ordenado [ Bispo, Presbítero, Diácono]. Após a consagração a hóstia torna-se verdadeiramente o Corpo de Jesus Cristo. Fonte: wikipedia.org.br” 

UM POUCO DE HUMOR PRA ENCERRAR

“Já está provado por A + B

Que A + B não Prova Nada/

E eu pessoalmente já mostrei

Que é Tudo a mesma Coisa/

Mas ainda tem gente que não sabe

Ou então tá se fingindo/[…]

Para mim uma Coisa é um Padre

Um Menino e um Jegue/

E Outra Coisa é um Pneu de Caminhão. By Falcão “A +B” letras.mus.com.br”

A CÔNGRUA DO PADRE

“Eu quero sair, eu quero falar/ Eu quero ensinar o Vizinho a Cantar, nas Manhãs de Setembro.[Vanusa,1973].“Quando entrar Setembro, e a Boa Nova andar nos Campos/ Quero ver brotar o Perdão juntos outra vez… [Beto Guedes,1979].”
“Wet day in September/ Raindrops fallin’ tender/ As I stare outside my window.” “Dia chuvoso de Setembro/ Pingos de chuva caem tenros/ Enquanto eu olho da minha janela.” Pussycat, 1978.

Realmente, como bem disseram (na verdade cantaram!) Vanusa, Beto Guedes, e a Banda holandesa “Pussycat”, tudo muda, tudo fica diferente quando chega setembro. Naquela época, para um garoto pré-adolescente, era tempo de festas cívicas, a semana da Pátria, tão intensamente vivida, na Praça do Monumento, em Santana do Ipanema. Hoje, o olhar é outro. Velhas e novas feridas se abrindo. No passado, nosso pai João Soares, partia desse mundo às vésperas do 7 de setembro de 1976. Na atualidade partiu para eternidade uma comadre e cunhada, Maria de Fátima Vieira, também em setembro.

Ao final da missa dominical, o padre quis prestar conta do mês de agosto à comunidade paroquial. E falou uma palavra que ele próprio achava estranha: côngrua.

SIGNIFICADO DO TERMO: “Côngruas: refere-se a figures geométricas que têm o mesmo tamanho e a mesma forma. Cujos ângulos e os lados são iguais. Côngrua [singular] substantivo feminino, se refere a uma renda recebida pelos párocos para seu sustento. Fonte: Google.com.br” “Côngruo [adjetivo]1- em que há congruência; 2- Que se adequa a determinado efeito, lugar ou objetivo; Sinônimos: adequado; apropriado; conveniente; próprio; 3- proporcional ao mérito ou valor: condigno; 4- suficiente para a sustentação ou sobrevivência; 5- declarado em termos claros; Fonte: dicionário Priberam da Língua Portuguesa consultado via online.

Fiquei pasmo! Ao ouvir daquele servo de Cristo o valor de quanto recebia para o seu sustento. E sabedor que sou de suas atribuições e responsabilidades. Quero aqui traçar um paradoxo entre a função dele, e a minha de professor. Ambos, ensinamos; ambos temos carga horária de trabalho muito semelhantes. Ambos lidamos com seres humanos, que necessitam de atenção, carinho, amor, compreensão. Temos ambientes de trabalho bem específicos: igreja, escola. Mas também precisamos muitas vezes ir até as casas das pessoas. Correr mundo! E trabalhamos tanto que precisamos levar serviço pra casa. A diferença é que, professores têm seus cônjuges, com quem podem compartilhar suas angústias, inquietações, os percalços do ofício. Os padres têm a Jesus Cristo! E isso, meu amigo é o que sustenta. É o que lhe basta! Quando nossos salários estão achatados fazemos greves. Já os padres, não!

PADRE: VOCAÇÃO OU PROFISSÃO? “A profissão de padre é reconhecida pelo Ministério do Trabalho e integra a Classificação Brasileira de Ocupações [CBO]. O papel social deste profissional é extremamente importante. Além de reproduzir ensinamentos da fé cristã, ele presta suporte emocional e espiritual a comunidade. No site leiaja.com tem matéria bem abrangente sobre o tema. Fonte: Google.com.br e leija.com” “Segundo dados oficiais do CAGED [Cadastro Geral de Empregados e Desempregados], o salário médio de um padre no Brasil é de R$ 2.476,27, para uma jornada de 39 horas semanais de trabalho. Em geral, a faixa salarial de um padre pode variar entre R$ 1.961,00 E 6.450,00 que é o teto salarial. Fonte: Google.com.br”

QUANTO TEMPO, E QUAL O CURSO ALGUÉM QUE QUEIRA SER PADRE DEVE FAZER? “Na prática, em média os Diocesanos estudam oito anos, os Religiosos em torno de dez. Os jovens que trilham o caminho Redentorista, por exemplo, tendo terminado o Ensino Médio passarão 10 anos de estudos até o tempo dos Votos Perpétuos, a partir daí os que desejam ser padres partirão para o caminho da Ordenação Diaconal, depois Presbiteral, os irmãos iniciarão seus trabalhos missionários de forma mais intensa. Fonte: a12.com”

UM POUCO DE HUMOR PARA ENCERRAR

PARA-CHOQUE DE CAMINHÃO: “ANÃO COM CÓLICA RENAL: SINÔNIMO: MICRO COMPUTA DOR.”
CHAPOLIN COLORADO: -Qual o Médico que está sempre sorrindo?
–?
– O Otorrino!
-Qual o parente da parede?
–?
– O Tio jolo!
STAND UP: Lá em Casa, Com meus PAIS funcionava um Código Penal de 4 ARTIGOS:
1-MENINO com Menos de 18 anos, mesmo Estando Certo: TÁ ERRADO!
2- ERROU! Vai apanhar uma VARA com a qual vai Levar UMA SURRA!
3- QUEM COME DO MEU PIRÃO: Apanha do meu CINTURÃO!
4- SE APANHAR NA RUA: Já sabe, quando chegar em CASA APANHA DE NOVO!
O GAGO CANTANDO:
VOCÊ NUM CAGÔ, NUM CAGÔ, NUM CAGÔ, NUNCA GOSTOU DE MIM/
MAS VOCÊ MIM MIJOU, MIM MIJOU, MIM MIJOU… MIM MIM JOGOU FORA!

O MATADOR

Foto: Assessoria / Equatorial

Eis que estive na 10ª Bienal do Livro de Alagoas. Literalmente, um mergulhar no maravilhoso mundo das palavras. Encontramo-las escritas, impressas, falada, cantada, doada, sorrida, gritada, apregoada, versejada. Molhada, acesa, apagada, dormindo, acordada. Também muda, calada… apenas olhando. Bizoiando![como diria minha mãe!] Curiando![como diz minha filha!] Brotando em árvores! Voando em rabo de cometas imaginários! Deitada numa esteira… Navegando no seco, numa canoa de verdade! Palavras de madeira, de espuma! Em gesso [sem estar engessada!], de papelão [sem causar indignação!], de corda [sem ser feijão!], de cordel! [de um menestrel!].

No estande do Instituto SWA, os escritores: Andréia Brandão e Fernando Soares Campos. Este de cá, meu irmão, lançava mais uma obra de sua autoria: “Deus e o Universo Holográfico”. Do nada apareceu Teófilo, que sabia o significado do seu próprio nome: [“do grego: “Filho de Deus”] um maceioense, casado com uma santanense. Disse que amava o sertão, e tudo a ele relacionado. Decidiu comprar 5 exemplares do livro da biografia do nosso ex-prefeito Adeildo Nepomuceno Marques. Pechinchou, ganhou desconto! Um exemplar seria, pra dar de presente ao ex-presidente Fernando Collor de Mello, outro pra o ex-senador Benedito de Lira.

No bate-papo o assunto mais acalorado, a morte trágica do biografado no livro. E outros episódios de crime de mando, do tempo do coronelismo vieram à baila. Zé Gago, Zé Crispim, Valderedo, ficaram famosos aqui no sertão, da década de 60. Zé Tenório “O homem da capa preta” de Palmeira dos índios pra Duque de Caxias-RJ.

O matador a qual pretendemos enaltecer, não é nenhum ser humano, de carne e osso. Ele jamais portou arma alguma. Segundo um padre que teve sua homilia publicada no Instagram, trata-se do aparelho de telefonia móvel, o Celular. De acordo com o cervo de Cristo o Celular é responsável por ter “matado”: A Lanterna, o Relógio de pulso, a Calculadora, o Vídeo Game, o Cronômetro, o Espelho, a Agenda de papel, o Calendário de bolso, a Câmera fotográfica, Rádios AM e FM, Fone Fax, Mapas geográficos, o GPS [Sistema Global de Posicionamento], Estações Meteorológicas, a Enciclopédia, o Dicionário, os Livros de papel, o Cartão de Crédito, Gravadores de Áudio, Ingressos de papel, Documentos pessoais, Rádio Amador, Telégrafo, Jornais de papel, Revistas de Entretenimento: fofocas do mundo artístico, de futebol ou política, Jogos de azar, Palavras cruzadas, MP3, MP4, Microsystem, o Scanner, o Pedômetro [medidor de quantidade de passos que uma pessoa dá por dia], o Monitor de Batimentos Cardíacos, Medidor de glicose, Medidor de Pressão Arterial, os Cartões de Natal e Ano Novo, As Cartas de Amor, o Telegrama, Cartão de Conta Bancária, gerente de banco, os Vendedores de Loja, de Mercadinho, Pizzaria etc etc.

Consideremos que há certo exagero ao se dizer que matou toda essa parafernália de geringonça. Na verdade o Celular apenas concentrou nele todos esses equipamentos e serviços. No entanto, o que não podemos é deixar, o celular “matar”, ou interferir nas nossas atitudes comportamentais, e que cause uma inversão de valores. Ao ponto de trocarmos um “Bom dia!” um “Olá!” uma poesia declamada ao vivo e a cores, por uma insossa mensagem enviada para alguém que tanto precisa do seu olhar sincero, e que talvez esteja apenas a alguns passos de nós, dentro da nossa casa, no nosso ambiente de trabalho, na igreja que freqüentamos, num orfanato, num presídio ou num leito de hospital. Nunca deixemos de admirar um amanhecer autêntico, um pôr-do-sol de verdade, por uma imagem virtual. Jamais substituir uma visita a um parente, a um amigo, em detrimento de uma fria mensagem de celular.

O BUQUÊ DE FLORES NO CASAMENTO. O Buquê de flores das noivas, é tradição antiga, vem da Idade Média na França. O banho como o concebemos em nossa sociedade atual não era comum à época. Só se tomava banho uma vez a cada 4 meses. Imagine, e para disfarçar o mau cheiro, as noivas portavam os buquês de flores. A palavra vem do francês “Bouquet” que significa “Arranjo”. Os famosos leques franceses também tinham função específica de abanar o mau odor exalado das pessoas na corte e nos salões de festas. Afinal estamos falando de um país europeu, onde as temperaturas baixas predominam. As famosas perucas usadas por reis, rainhas e a nobreza eram para disfarçar a calva natural, ou provocada por surto de piolhos. Fonte: Google.com.br

UM POUCO DE HUMOR PRA ENCERRAR

MUÇÃO: HOJE É DIA! De ficar mais difícil que gago cantando Karaokê!
O PROBLEMA! É que quando a Vida fecha uma Porta, meu Dedo Tá Lá!
HOJE É DIA! De pisar na Sala assim que a Mulé passar o pano!
HOJE! Nem Precisa me Levar a Sério! Me levando pra Beber Tu pagando Tá Bom Demais!
BODE GAIATO
Esse Ano Tá Tão Coisado que Agosto Tá Passando Ligêro!
Tô Querendo fazê uma Receita com Tudo que Tem na Geladeira: Água, Sachê de Catchup, Cola SuperBonder e Uma Banda de Limão.

 

Fabio Campos, 26 de Agosto de 2023.