SETEMBRO AMARELO: Você sabe como surgiu?

Foto: Divulgação

No Brasil, foi criada a campanha Setembro Amarelo com o objetivo de intensificar as ações de prevenção ao suicídio, que atualmente é considerado um problema de saúde pública.   

O termo é utilizado porque é celebrado no dia 10 de setembro de cada ano, o dia mundial de conscientização a prevenção ao suicídio. Durante do o mês a campanha ganha destaque midiático, intensificando ações mundiais para evitar que mais pessoas tirem a própria vida, com diversas atividades em todo o mundo desde 2003.

O ministério da Saúde (MS), juntamente com a Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio (AIPS), colaboram com a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Federação Mundial para Saúde Mental (FMSM), em ações articuladas que mobilizam cerca de 40 países e realizam eventos de sensibilização para fortalecer a ocasião. 

Segunda a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que no mundo por ano mais de UM MILHÃO de pessoas morram por suicídio, sendo contabilizado o maior número entre pessoas com idades entre 15 e 29 anos, com isso, se torna a quarta causa de mortes entre homens e a oitava causa entre mulheres.

De acordo com Ministério da Saúde (MS), no Brasil esse número tem crescido nos últimos anos, principalmente entre os jovens, haja vista as estatísticas mostram que pessoas de todas as idades e classes sociais cometem suicídio. O objetivo da campanha é levar informações a toda população, e só assim será possível reverter essa estatística negativa.

O maior número de tentativas está entre as mulheres, muito embora os homens morram em maior número, isso é devido aos indivíduos do sexo masculino utilizarem métodos mais violentos que raramente falham. 

A campanha Setembro Amarelo é projetada para desconstruir o preconceito sobre as causas do suicídio. A falta de conhecimento sobre o assunto é o principal obstáculo que dificulta a prevenção. 

Segundo o Ministério da Saúde (MS) 90% dos casos de suicídio estão relacionados com alguma doença mental, então quanto maior o nível de conhecimento sobre a temática, mais fácil de prevenir o problema.

Quando um indivíduo pensa ou tenta suicídio, mas é acolhido e direcionado pelo profissional capacitado, raramente ele volta a tentar, o índice de desistência é de 90% desde que tratado. Ou seja, quando esse indivíduo não é cuidado ele tem uma grande chance de cometer suicídio a qualquer momento. 

Segue algumas dicas de como agir diante de alguém com ideação suicida:

Mantenha-se calmo e receptivo, disposto a ouvir alguém precisa desabafar;

Não julgue nem critique o que ele disser, pois você não sabe o quanto ele sofre;

Diga que está com ele e vai ajudá-lo.

Estimule o indivíduo a falar sobre como tentou, a quanto tempo se sente assim, quem sabe das tentativas, são perguntas que o farão explicar o nível de perigo que ele se encontra;

Mesmo que ele se negue no momento, tente levá-lo a um serviço de saúde mental; 

Não o abandone, não o deixe desistir da vida;

Falar sobre suicídio com quem pensa em tirar a própria vida é melhor maneira de amenizar o sofrimento mental que ele sente, tudo que precisa nesse momento é ser ouvido e valorizado.

PEDOFILIA: Você sabe o porquê é considerada doença?

Foto: Hans Kretzmann / Pixabay

Quando esse assunto vem à tona, geralmente causa grandes desconfortos na maioria das pessoas, por se tratar de uma ação que gera muitos traumas e consequências negativas na criança que foi vítima de um pedófilo.

Sabemos também que a violência sexual em crianças e adolescentes é crime previsto no ECA-(Estatuto da Criança e do Adolescente). Nem só o ato sexual (contato genital), mas qualquer tipo de carícia, ou a ação de: “adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente”. 

Primeiro é necessário esclarecer a diferença entre o pedófilo e o estuprador

 – O pedófilo é na maioria das vezes do sexo masculino, sente desejo sexual por crianças numa idade em que ainda não desenvolveu fisicamente características sexuais. Esse indivíduo que geralmente tem uma função social que não causa suspeita a ninguém, convive próximo, e tem a confiança da família da criança. Ele quase sempre com o intuito de conquistar a criança, para que depois possa ter intimidades com ela e raramente usa agressividade.

 – O estuprador é na maioria das vezes do sexo masculino, sente atração sexual por pessoas adultas e usa sempre a violência para causar medo na sua vítima, e com isso obriga alguém a manter relações sexuais com ele de maneira forçada.

A pedofilia está entre as doenças classificadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) descrita entre os transtornos da preferência sexual. Ou seja, ela se enquadra entre as disfunções ou alterações da sexualidade.

OBS: O que torna esse comportamento anormal é o fato de uma pessoa adulta, sentir desejo sexual por uma criança (menino/menina), que não desenvolveu nenhuma característica corporal. 

Pedófilos são pessoas adultas (homens e mulheres), que têm preferência sexual por crianças – meninas ou meninos – do mesmo sexo ou de sexo diferente, geralmente pré-púberes (que ainda não atingiram a puberdade) ou no início da puberdade, de acordo com a OMS. 

Trata-se de uma doença, descrito CID-10 (Classificação Internacional de Doenças), na classe dos transtornos da sexualidade, que leva um indivíduo adulto a se sentir sexualmente atraído por crianças e adolescentes de forma compulsiva e obsessiva, podendo levar ao abuso sexual. O pedófilo é, na maioria das vezes, uma pessoa que aparenta normalidade no meio profissional e na sociedade. Ele se torna criminoso quando utiliza o corpo de uma criança ou adolescente para sua satisfação sexual, com ou sem o uso da violência física.

Esse tipo de distúrbio assim como outras alterações psicológicas não tem cura, existe tratamento e o controle, muito embora é algo muito delicado e precisa ser orientado adequadamente por profissionais específicos. 

E para a criança que foi vítima de um pedófilo os traumas são atenuados com acompanhamento psicológico.

Gerenciando as emoções: Administre sua mente e desenvolva habilidade emocionais nos seus filhos

Esse treinamento foi desenvolvido para adolescentes e adultos, é fundamentado nas técnicas e ferramentas da AGE – Academia de Gestão da Emoção do Dr. Augusto Cury, que é a maior referência mundial nesse assunto.

Nessa aula eu compartilho a importância de aprendermos a identificar o que sentimos e porque sentimos. Nossas emoções são reações automáticas do nosso organismo aos estímulos naturais e sociais, e quando não administradas nos transformam em pessoas estressadas, ansiosas, improdutivas, inadequadas, agressivas e doentes. 

Apresento as estratégias necessárias para que cada indivíduo se torne o autor da própria história, a ter autonomia para direcionar suas necessidades e com isso deixar de ser refém da vontade exclusiva do outros, dos medos e preocupações excessivas. 

Esse curso é um mecanismo de transformação pessoal, desenvolvendo suas habilidades sociais respeitando as diferenças entre as pessoas, te treinar a exercer a humildade e o quanto isso fará de você um ser humano cada vez mais equilibrado emocionalmente e mais sábio.

Esse workshop terá duração de 4 horas, com coffee break, terá exemplos de como superar as atividades estressantes do dia a dia, e está projetado em 4 etapas.

1-Passo. 

Aprender a ter uma mente livre e emocionalmente saudável, e assim se sentir um humano único, restaurando sua autoestima e não ser mais escravo das circunstâncias e dos estresses sociais, ainda nessa etapa você tornar-se líder de si mesmo para depois consegui liderar outras pessoas, desenvolver uma emoção jovem e motivada.

2-Passo.

Trabalhar a mente para ser resiliente, e socialmente impactante. Você aprenderá a usar as perdas e frustrações para se construir e não se destruir, aprenderá também a difícil arte de ouvir, a dialogar, e entender que administrar a própria emoção é fundamental para se tornar livre feliz e saudável.

3-Passo

Aprenderá a ser o autor da sua própria história, prepare-se você será treinado para desenvolver sua capacidade de escolha, autonomia, domínio próprio, e nunca mais sofrer com o que os outros pensam ou falam sobre você. 

4-Passo

Você será treinado para proteger a sua emoção, parar de sofrer por antecipação, e assim combater a ansiedade, e também aprenderá como transmitir aos seus filhos essas habilidades emocionais. 

Isso te deixará preparado para corrigir seus pensamentos disfuncionais e suas emoções destrutivas e doentias. Você se tornará um ser humano muito melhor, encontrando o caminho natural para o crescimento pessoal e profissional.

Esse curso acontecerá no próximo sábado dia 17/08/19, no auditório do Hipermercado Nobre. Das 14h às 18h. 

As vagas são limitadas, para se inscrever basta entrar em contato pelo (82) 99965-7254 WhatsApp, ou comparecer na data e horário marcado.

Investimento:

1 pessoa R$ 80,00

2 pessoas R$ 100,00 ou seja 50,00 cada.

QUAL É O MODELO IDEAL DE FAMÍLIA?

Foto: Michal Jarmoluk / Pixabay

A discutir-se a origem e a importância da família, uma pergunta recorrente é se a instituição familiar é universal, e se deve seguir um padrão?

A origem da palavra Família vem do latim fames (“fome”) e que afirmasse que deriva do termo famulus “servente”. Por isso, alguns autores acreditam que, originariamente, o conceito de família era usado para fazer alusão ao conjunto de escravos e criados enquanto propriedade de um só homem.

Historicamente a família constitui o primeiro grupo social, sua existência é fundamental para a formação de um individuo. É a partir dessa raiz de ensinamentos que se mantem as referências culturais de um povo, estabelecendo através das relações e identificações, que a criança se desenvolva estruturando sua matriz da identidade.

Para o antropólogo Francês Levi-Strauss, a família se forma a partir do momento da união do casamento, sendo acrescentados cônjuges e filhos nascidos do casal. Esse grupo mantem laços legais, econômicos e religiosos entre os membros. Com uma série de proibições e privilégios sexuais, e todos vinculados com respeito, afeto e amor em um laço psicológico relacional, que os manterá durante anos. 

Na visão de outros teóricos, a família é a unidade básica da sociedade que é formada por indivíduos com ancestrais em comum ou ligada pelos laços afetivos. Regimento de um grupo de pessoas que representam uma parte da sociedade que influencia e é influenciada por outras pessoas ou instituições. Esses membros geralmente compartilham o mesmo sobrenome. 

Alguns antropólogos defendem que algumas regras de convivência da família, foram se moldando para fortalecer a espécie humana. Como por exemplo, na maioria das culturas é proibido o casamento entre parentes de primeiro grau, (pais X filhos / irmãos), esse requisito garante que os descendentes nasçam resistentes. 

Apesar de cada região do planeta ter seus costumes e consequentemente suas configurações familiares próprias, o modelo (Patriarcal) tendo a figura masculina como principal gestor das famílias é algo em comum que se mantem ao longo de séculos. Atualmente as leis culturais que regem as famílias vão ganhando novas formas, e o conceito de família também vai mudando. 

E qual o impacto para a sociedade com essa desconstrução no modelo da família?
Quais os riscos e vantagens para a próxima geração em que não respeita o mais velho da tribo como autoridade?
O que acontece com a sociedade quando um povo perde suas referências?
São questões que algumas pessoas comemoram pela mudança, e outras lamentam. Na sequência irei citar algumas alterações sociais que já são vistas nos dias de hoje, derivadas dessa transformação.

A função primordial da instituição família é o cuidado e a proteção, não só proteção física, mas também o direcionamento emocional para a resolução de problemas e conflitos, fábrica de valores e crenças, sobre tudo na condição de saúde e doença que são expressas através dos comportamentos de cuidado entre seus membros.

Nos dias de hoje encontramos com frequência crianças carentes desse “cuidado familiar”, às vezes órfão de pais vivos, sem referência cultural e religiosa, e consequentemente sem regras de socialização e paramentos de respeito. Toda essa deficiência gera conflitos emocionais, dificuldade de entendimento sobre direitos e obrigações sociais, essas frustações são causas por falta de espelhamento em um adulto com papel de hierarquia.

O antropólogo norte americano Murdock, defendia que a família é uma organização de importância universal, e afirmava também que em nenhuma cultura ou sociedade é possível substituir adequadamente o modelo nuclear da família (pai, mãe e filhos). Ou seja, na família que falta um dos genitores na criação dos filhos, nada preenche adequadamente o espaço simbólico e sentimental deixado por ele. 

Tomando por base as ideias de Murdock, é possível identificar quatro características elementares nesse modelo de família: a sexual, a reprodutiva, a econômica e a educativa. Essas funções requisitos essenciais para manutenção de qualquer sociedade. Talvez sejam esses alguns dos aspectos de estejam fazendo falta na nossa atual sociedade. 

No século XXI tem aumentado o número de famílias com ausência de um dos cônjuges na criação dos filhos, é grande também a quantidade de filhos sendo criados por eletrônicos, ou indo cada vez mais cedo para creches para que os pais trabalhem. 

Será que o contato humano (relação olho no olho) das famílias de hoje estão sendo suficientes para estruturar essas crianças?

Será que presentes materiais e permissividade a uma criança, recompensam a ausência de um cônjuge na sua criação?

Será que a maneira de socializar e educar essas crianças está sendo suficiente para que elas reconheçam a hierarquia?

POR QUE O NÚMERO DE SUICÍDIO SÓ AUMENTA?

Segundo a OMS, 90% dos casos suicídio são evitados se for ofertado ajuda psicológica ao individuo (Foto: Pixabay)

Esse é um questionamento que muitos me fazem. Para responder essa pergunta, é necessário explicar alguns elementos que fazem esse tipo de morte se tornar tão crescente e com evidência midiática. 

Doença Mental – 90% das pessoas que cometem suicídio foram ou seriam diagnosticadas com alguma DOENÇA METAL, tais como: Transtornos Depressivos, Transtornos de Ansiedade ou Transtornos Psicóticos, e etc.

Atualmente o número de pessoas portadoras de alguma disfunção mental/emocional é gigantesco, e tende a aumentar pelo estilo de vida praticado pela sociedade. Outro aspecto importante que potencializa o numero de suicídio é o preconceito e a falta de informação sobre a Saúde Mental, a Saúde Psicológica e emocional ainda é muito negligenciada e ignorada. Esse é o primeiro fator que faz o suicídio só crescer.

Convívio Familiar – Abandono, indiferença, violência física, psicológica ou sexual, e etc.

A maioria das pessoas que comentem suicídio convive em conflito familiar, famílias vazias de afeto e sem referencia na educação dos membros. Esse é outro agravante para o número de Suicídio, pois na atualidade só aumenta o numero de famílias desintegradas emocionalmente e com ausência de gestão.

Acesso a Internet – o avanço tecnológico acessível a todos. 

Os dois primeiros tópicos crescendo a cada dia na sociedade, e o terceiro facilitando a veiculação das notícias, é natural que as informações sobre o suicídio cheguem rápido pela divulgação em massa. 

O tema morte incomoda muito, principalmente quando se trata do indivíduo provocar intencionalmente a sua própria. 

O suicídio acontece em todas as idades, muito embora a maior incidência esteja entre 15 e 29 anos. Ele também está presente em todas as classes sociais e em várias profissões.

A maioria da sociedade não tem interesse em conhecer o assunto. Muitas pessoas pensam que nunca vai acontecer na sua família, outras passaram e sente vergonha de falar sobre assunto. 

Diante de tantos fatos e ações destrutivos da vida, lhes convido a pensar na lógica da existência humana. 

Saber que somos seres com uma fantástica capacidade cognitiva e adaptativa, e temos a nosso alcance ferramentas tecnológicas sofisticadíssimas. É difícil acreditar que com essas e outros atributos a nosso favor, a maioria das nossas ações é prejudicial a nós mesmos e a quem está a nossa volta. 

Com isso permanece sendo TABU falar sobre suicídio, e a Saúde Mental continua sendo ignorada e negligenciada, o número de pessoas que adoecem e tiram a própria vida só aumenta. 

Segundo a OMS – Organização Mundial de Saúde, 90% dos casos suicídio são evitados se for ofertado ajuda psicológica ao individuo que pensar em tirar a própria vida.

Por que o número de Suicídio só aumenta?

Em outra postagem anterior aqui no mesmo Blog, falo de maneira mais detalhada sobre as estatísticas do Suicídio. RELEMBRE.

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL: o que realmente significa?

Foto: xxolgaxx / Pixabay

Atualmente muito se fala sobre INTELIGÊNCIA EMOCIONAL, a cada dia esse tema vem se tornando mais popular. É bem comum a divulgação de frases prontas, vídeo e arquivos sobre o assunto na internet, muito embora é preciso tomar cuidado com esses conteúdos ofertados, uma vez que, nem todo mundo tem conhecimento para falar com propriedade sobre o conteúdo das emoções.

De acordo com Dr. Augusto Cury, ser emocionalmente inteligente quer dizer, ter habilidade para se desenvolver utilizando as funções mais nobres do ser humano, que são a inteligência e a empatia. Ser inteligente admitindo seus potenciais e limitações, e as necessidades de viver em sociedade. Ser empático reconhecendo e valorizando o outro enquanto ser humano único, criatura dotada de capacidade cognitiva e com potencial intelectual sofisticado, independente da sua cor da pele, condição física e financeira, prática religiosa, profissão ou orientação sexual.

Muitos profissionais têm se dedicado a manejar as emoções. Compreender qual sua importância para o organismo, e como ela se manifesta nos seres humanos nas mais variadas fases da vida, decifrar esse enigma do funcionamento individual do cérebro é uma tarefa difícil. Estudar seu significado envolve todo o contexto de existência e funcionalidade humana, ou seja, não existe receita mágica para controlar as emoções, nem tão pouco se consegue evitá-las.

Uma vez que, se trata de uma reação natural do nosso organismo. O que é possível é aprender administrá-las, para que se tenha posicionamento racional de maneira saudável para se conviver em sociedade. As emoções não são nada inteligentes, elas são ações automáticas e impulsivas do nosso cérebro, que são estimuladas por pensamentos ou acontecimentos a nossa volta, e consequentemente comandam os comportamentos do nosso corpo através do Sistema Nervoso Central, tudo isso em milésimos de segundos.

Por isso, se utiliza o termo inteligência emocional. O que significa desenvolver habilidades para que os comportamentos humanos não sejam direcionados somente pelos impulsos das emoções, o objetivo é aprender estratégias para gerenciar as reações do organismo a partir da racionalidade.

Sabemos que é uma missão difícil, fazer com que andem juntas a razão e a emoção. Nós precisamos ter as duas, e em equilíbrio, caso alguma delas esteja em excesso é provável que tenhamos muitos prejuízos no dia a dia.

Apesar da capacidade emocional ser algo que já nascemos com ela, o que determina se seremos humanos saudáveis e se teremos sucesso na vida, é a forma com que somos ensinados a utilizá-las. É comum pessoas adultas com doenças psicológicas derivadas da falta de habilidades com as próprias emoções.

Recentemente presenciei um profissional se identificando como COACH, divulgando um treinamento de inteligência emocional, e o título do curso era: “Imersão a inteligência emocional, passado resolvido é futuro decidido”. Essas são frases de efeito para impressionar pessoas, mas bastar observar o sentido do título que se percebe o equívoco do autor, não existe futuro decidido, o amanhã é incerto para todos os seres humanos. Então, tomem cuidado com quem vocês buscam informações para gerenciar suas emoções.

No mundo atual, as pessoas estão sendo muitos estimuladas, seus cérebros recebem diariamente uma enorme carga de informações e obrigações. Isso faz com que essas pessoas desenvolvam muitas doenças psicológicas e físicas, vindas como consequências das dificuldades de gerenciar as emoções e as necessidades básicas do corpo.

Para um indivíduo alcançar essa condição de gerenciamento das emoções, é necessária uma sequência de atividades que o preparam em um processo de psicoeducação.

O primeiro passo, é identificar essas emoções nocivas e se tornar livre dos estresses e das circunstâncias sociais, resgatando a autoestima e conhecendo a si mesmo, para depois lidar com os outros. Sofremos muito por não sabermos lidar com as outras pessoas.

O segundo passo, é aprender a elaborar as perdas e frustrações, como situações naturais da vida, buscando se construir e não se destruir, utilizá-las com elemento de experiência, se tornando resiliente e se adequando a difícil arte de ouvir e dialogar. Nós seres humanos nunca aceitamos perder e pouco usamos essa ferramenta fantástica que é o diálogo.  

No terceiro passo, você se torna o gestor da própria história, desenvolvendo capacidade de escolha, autonomia, e deixa de viver em função do que os outros falam sobre você. Uma das coisas que mais atrapalham nosso desenvolvimento é viver focado na vontade do outro.

No quarto passo, você é treinado a proteger e administrar as suas emoções, parar de sofrer por antecipação, e assim combater a ansiedade, e se permitir as novas oportunidades em busca de condições leves e saudáveis para resto da vida em sua mente. Reconstrução de possibilidades reais, eliminando as fantasias.

Utilizando essas estratégias, você se transforma em potencial gestor das emoções, e vive em constante renovação pela prática de se auto educar, com maior nível de satisfação consigo mesmo, e alcançando a plenitude em leveza da mente, evitando o sofrimento psicológico, se tornando menos vulnerável as doenças de ordem emocional que tanto tem crescido no século XXI.

18 Maio

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O que é Saúde Mental?

Foto: ElisaRiva / Pixabay

Na sociedade de modo geral, a maioria das pessoas não sabe o conceito do que é SAÚDE MENTAL. É notável um posicionamento cultural sem informação clara do assunto, pelo senso comum ouvir falar em “Saúde Mental” é pensam em “Doença Mental”.

Devido ao modelo médico existente no mundo e praticado por séculos, e a marginalização dos doentes psiquiátricos, que eram enclausurados e abandonados em hospícios. Então o termo saúde mental é encarado como sinônimo de LOUCURA.

É bem comum esse termo ser motivo de piada e frases preconceituosas. Basta perguntar a alguém como anda sua saúde mental, que prontamente ela irá responder com outra pergunta. Está me achando com cara de DOIDO?

A LOUCURA é conceituada como a mais grave das alterações da saúde mental, psicose e perturbação com a presença de “delírios e alucinações”. Ou seja, o indivíduo perde a noção da realidade e a capacidade de se administrar sozinho.

Mas, a saúde mental envolve muito mais que a ausência de doenças mentais.

A SAÚDE MENTAL é o equilíbrio emocional entre o funcionamento interno e as exigências externas do ser humano.

Enquanto a saúde física é alterada e tratada a partir de qualquer incomodo no funcionamento físico do corpo. A saúde mental é muito mais importante e necessária, pois se a mente perde a sintonia de funcionamento, o corpo fica totalmente comprometido, é a saúde mental que estrutura a capacidade de administrar a própria vida e as suas emoções, dentre os aspectos de valor, integridade, sentido real e vivencia do indivíduo.

Pessoas mentalmente saudáveis compreendem que o ser humano não é perfeito, percebe e aceita as suas limitações e a necessidade de viver em grupo.

Quem cuida da saúde mental elabora diariamente uma série de emoções como alegria, amor, angustia, satisfação, tristeza, raiva e frustração. São capazes de enfrentar os desafios e as mudanças da vida cotidiana com equilíbrio e sabem procurar ajuda quando têm dificuldade em lidar com conflitos, perturbações, traumas, lutos ou transições importantes nas diferentes fases da vida.

Vale lembrar, que todos os seres humanos em algum momento da vida, apresentam sinais de sofrimento psíquico, e se for tratado com rapidez assim como é feito com a saúde física, raramente esse indivíduo vai continuar doente.

Ainda existe um grande preconceito em nossa sociedade, e uma resistência em buscar acompanhamento psicológico e/ou psiquiátrico. É sempre mais barato prevenir do que curar quando a doença já está em situação grave. E se tratando de saúde mental no Brasil, geralmente o indivíduo só busca tratamento no último caso.
Na saúde física quando se tem problema no dente, vai ao dentista. Quando sofre dos olhos vai ao oftalmologista. Quando sofre do coração vai ao cardiologista e etc.

Mas quando se trata de saúde mental. É bem comum encontrar casos de pessoas que sofrem algum desequilíbrio psicológico, como depressão por exemplo, aí busca, livros de autoajuda, conselho de amigos, líderes religiosos, coach, cartomante, influencer digital e etc.

Aí quando de fato procura o Psicólogo ou Psiquiatra já não tem mais cura para sua doença.  

É lindo de se ver um velho aos 90 anos lúcido e organizado mentalmente. Assim como é triste presenciar um jovem de pouca idade desintegrado emocionalmente.

Saúde mental é o bem mais precioso do ser humano. Cuide da sua mente, e assim você estará cuidando do seu corpo.  

“A mente funciona sem várias partes físicas do corpo, mas o corpo inteiro não funciona sem uma parte da mente”.

28 abr

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Por que os artistas se suicidam?

Foto: Лечение Наркомании / Pixabay

O suicídio e suas consequências é um dos temas mais comentados atualidade, principalmente pelo fato ser causa de morte de pessoas comuns, assim como de figuras públicas (famosas), e vem se tornado cada vez mais visível nas mídias sócias e nas paginas jornalísticas.

No cenário mundial, o suicídio está entre as cinco maiores causas de morte na faixa etária entre 15 e 19 anos, com gráficos ainda mais elevados em alguns países. A cada 40 segundos uma pessoa tira sua própria vida em algum lugar do mundo, chegando aproximadamente a 1 milhão de mortes por ano.

Para que esse número de pessoas tenha conseguido se suicidar, estima-se que mais de 10 milhões tenham tentado em todo o planeta.  No Brasil, cerca de 32 pessoas morrem por dia vítimas de suicídio. Segundo pesquisa realizada pela Unicamp, 17% dos Brasileiros em algum momento, pensaram seriamente em pôr um fim em sua própria vida. E desses, cerca de 5% elaboraram um plano para isso.

De cada suicídio, de 6 a 10 outras pessoas são diretamente impactadas, sofrendo sérias sequelas difíceis de serem reparadas. No Brasil é em média de 6 a 7 mortes por 100 mil habitantes, sendo abaixo da média mundial que é de 13 a 14 mortes por 100 mil pessoas.

O que mais preocupa é que, enquanto a média mundial permanece estável, no Brasil esse número tem crescido nos últimos anos, principalmente entre os jovens, aja vista as estatísticas mostram que pessoas de todas as idades e classes sociais comentem suicídio.

O maior número de tentativas está entre as mulheres, muito embora os homens morram mais por suicídio, isso é devido aos homens utilizarem métodos mais eficazes nas estratégias de suicídio.

Ter pensamentos suicidas uma vez ou outra é natural no ser humano. Eles são parte do processo de desenvolvimento normal da passagem da infância para a adolescência, à medida que se lida com problemas existenciais no processo de compreensão da vida, da morte e do significado de existir no convívio social.  

Os pensamentos suicidas se tornam anormais quando a realização desses pensamentos parece ser a única solução dos problemas da criança ou adolescente. A partir daí surge um alto risco de tentativa de suicídio.

O suicídio foi e continua sendo um TABU entre a maioria das pessoas. O assunto é proibido de ser conversado em alguns ambientes por violar várias crenças religiosas. O preconceito também se sustenta por que muitas pessoas culturalmente veem o suicida como uma pessoa fracassada, ou como alguém com falta de “Deus” no coração. Historicamente, nós seres humanos não somos preparados para falar sobre MORTE. Com isso, o assunto é sempre evitado, causando desconforto e mal-estar social sempre que vem à tona.

Assim como acontecia com outros temas nas décadas passadas, por exemplo, com as doenças sexualmente transmissíveis ou câncer, a prevenção passou a surtir efeito quando as pessoas passaram a conhecer os impactos da doença, saber as principais causas, e claro, souberam como prevenir.

Com o suicídio só vai funcionar se houver divulgação e campanhas com instruções de prevenção. Nós seres humanos devemos ser menos egoístas, pois em muitas situações não nos atentamos para o perigo quando o acontecimento é com o vizinho, e achamos que nunca acontecerá em nossa família. Não espere acontecer com sua família para se prevenir, contribua na divulgação, busque conhecer os fatores do suicídio.

Recentemente vários casos de suicídio entre crianças e adolescentes ganharam destaque em todo o mundo, o famoso jogo “Baleia Azul” e outros com a mesma finalidade, promovidos nas mídias sociais vitimaram inúmeros jovens, escancarando a fragilidade e a vulnerabilidade emocional dessa faixa etária.

Os pais precisam ser mais atenciosos e afetuosos com os filhos, para que a relação familiar não se torne vazia, sendo terceirizada pelos equipamentos tecnológicos.  

Segundo a OMS – Organização Mundial de Saúde, 90% dos casos de suicídio podem ser prevenidos, desde que existam condições mínimas para ofertar ajuda seja ela voluntária ou profissional. No Brasil o CVV – Centro de Valorização da Vida – atua nesse sentido a mais de 50 anos. E faz atendimento via ligação telefônica pelo número (188) com atendimento 24h. São pessoas preparadas para ouvir e dá um apoio emocional no momento de conflito psicológico.

Quem está com ideações suicidas apresenta vários sinais de que não está bem. Na atualidade essas pistas ficam visíveis também nas redes sociais com as postagens “indiretas” tipo: Frases de desistência, como se a vida não tivesse mais sentido.

  • Só trago problemas
  • Sou um perdedor
  • Eu preferia morrer
  • Minha vida não tem sentido
  • Quero dormir e não acordar mais
  • Ninguém vai sentir minha falta
  • Não encontro saída para meus problemas

Em muitos casos ocorrem mudança repentina no desempenho das atividades, falta de interesse, isolamento, consumo de álcool e outras drogas, fragilidade emocional. Podendo ter alguns agravantes em pessoas que tenham históricos de tentativas anteriores, casos de suicídio e/ou quadros depressivos na família. São os chamados quatro “DÊS”: Depressão, desespero, desesperança e desamparo.

Tentativas de Suicídio que deram entrada com vida no HGE

Essa tabela mostra quantas pessoas deram entrada no HGE após tentativa de suicídio, vale lembrar que não estão nessa tabela, os que de fato conseguiram tirar a sua própria vida; os que deram entrada em outras unidades de atendimento; os que não procuraram atendimento. Fica claro que o problema suicídio é muito maior do que as estatísticas mostram, muitos casos nunca são divulgados.

O primeiro passo para prevenir é conscientizar a população sobre o suicídio, ao identificar alguém com indícios e comportamentos suicidas, o ideal é estabelecer uma comunicação de confiança com a pessoa que está em sofrimento psíquico, que na maioria das vezes só precisa ser ouvido.

Uma pessoa com pensamento suicida busca por ajuda e na falta de apoio, de atenção, de oportunidade de ser ouvido a tentativa de suicídio acontece. É necessário deixar claro os acessos de apoio que a pessoa tem disponível a ela.

Ao abordar alguém com características suicidas, não se preocupe em dar conselhos e opiniões, não rotule seus atos, não existe palavra mágica para mudar a dor que ele sente. Apenas transmita segurança mostrando que quer ajudar, se a pessoas se sentir confiante com seu apoio, ela vai externalizar o que a incomoda e a você apenas se permita ouvir sem preconceitos.

Os serviços gratuitos de apoio que vão desde números telefônicos como o 188 do CVV – Centro de Valorização da Vida, que as pessoas podem ligar em crises emergenciais, ou mesmo buscar centros de atendimento psicológico presencial, com profissionais especializados que estão à disposição para o acolhimento. Eles precisam saber que não estão sozinhos.

Por que sofremos com o luto?

Foto: Alexas Fotos / Pixabay

Nas mais variadas regiões do planeta, o luto é vivenciado de maneira diferente, em sua etimologia latina significa: dor, mágoa e lástima. Em nosso contexto cultural Brasileiro, o LUTO está diretamente ligado a perda de um ente querido. Muito embora o termo pode ser utilizado por alguém que perdeu o emprego, um animal de estimação, a casa e etc.  

A morte é única certeza absoluta das nossas vidas, muito embora nunca estamos preparados para lidar com ela independentemente da idade ou do estado de saúde da pessoa que venha a falecer. Nossa sociedade não é treinada para que em algum momento da vida saiba como agir com perda de alguém.

Mesmo quando a família enlutada não a nossa, é comum não sabermos como ajudar, pois não é um processo simples. Muitas pessoas até querem e tentam ajudar, mas tem medo de piorar a situação ou se tornar inconveniente.

É possível ajudar? Como abordar alguém de luto? Será que o melhor é se afastar? O que dizer para confortar alguém que está sofrendo?

Responderei todas essas perguntas logo abaixo.

Perder alguém que amamos é um momento doloroso e delicado, difícil até de explicar a experiência vivenciada por esse turbilhão de sentimentos e emoções que tomam conta de toda família. Nessas horas, é fundamental que os componentes dessa família possam contar com o apoio uns dos outros e dos amigos. Também é possível que outras pessoas mesmo desconhecidas ajudem acolhendo nos momentos de grande emoção.

Se você quer ajudar e não sabe o que dizer, diga apenas “ESTOU AQUI PARA O QUE VOCÊ PRECISAR PODE CONTAR COMIGO”, e deixe que a pessoa enlutada exponha sua emoção, chorar e falar sobre a pessoa que morreu ajuda a aliviar a forte emoção.  

A dor e o peso desse acontecimento se tornam mais leve quando existe a união e o amparo a essa família, é como se houve uma divisão desse peso. É importante que a pessoa seja sensível para acolher, mas nunca trate esse enlutado com pena, não desvalorize a dor dele, não o compare com outras pessoas, cada indivíduo sente a perda em intensidade diferente.

Qual a importância de vivenciar o período de luto?

Algumas pessoas enlutadas tentam disfarçar o seu sofrimento ou até se afastam dos amigos e familiares, esse tipo de atitude não significa que elas não estejam tristes. Talvez por um capricho e não admite que precisa de ajuda, o período do luto é importante e deve ser vivenciado diante de uma perda.

Não existe período exato para elaborar o luto, cada indivíduo tem seu tempo, esse momento serve para estruturar a aceitação da perda, é o popular (encarar de frente o problema) e ajuda o enlutado a entender o processo de morte, reorganizar e encontrar novas maneiras de prosseguir a sua vida. Recomenda-se que o enlutado mantenha suas atividades de trabalho e compromissos, isso também ajuda fortalecer sua importância enquanto pessoa na sociedade.

Sempre ofereça companhia e afeto

Em algumas situações, os amigos e familiares ficam com receio de mencionar o nome da pessoa falecida, evitando fazer algo relacionado ou tocar na memória do ente querido. Esse também é um erro. Você pode (e deve) conversar, relembrar histórias e momentos especiais com o enlutado, ajudando-o a ter uma nova perspectiva sobre o falecido, dessa maneira se dá a conscientização de que o ente querido não volta.

É importante frisar que a saudade e as lembranças sempre estarão presentes na família, o que muda é a intensidade da emoção, esse falecido deve ser mencionado e tratado como morto, isso fará com que a realidade seja organizada.

Se mostre disponível para ajudar

A pessoa enlutada precisa de atenção e apoio, o fato de ter alguma companhia para dividir as tarefas, compartilhar suas angustias, é importante para ele não se sentir sozinho. É claro que também dever ser respeitada suas limitações, nunca devemos forçar falar ou fazer algo que o incomoda.   

O luto pode se transformar em doença?

Em casos que o enlutado tem dificuldade para voltar ao trabalho e as rotinas que tinha antes, se nega guardar e se desfazer de algumas coisas do ente falecido, vive isolado da família e amigos por muito tempo, é recomendável procurar um atendimento especializado, mesmo que o enlutado não queira.

O isolamento e a angústia excessiva podem indicar que o enlutado não está superando a dor como deveria, começando a apresentar sintomas de depressão que precisa de ajuda especializada.

Quando esse comportamento dura muito tempo, é possível que esse luto se torne doença, nesses casos um atendimento psicológico é o mais indicado, para evitar que esse indivíduo entre num processo depressivo.

Em alguns casos a família em processo de luto procura esse suporta psicológico e emocional nos primeiros dias seguintes ao acontecimento, o que também é muito bom para um direcionamento assertivo na recuperação.

O impacto do luto não é determinado pelo grau de parentesco. A intensidade da emoção ocasionada pelo luto varia de acordo com laço afetivo entre quem sente e que morreu. Quando maior a proximidade, companheirismo e confiança, maior será a dor da separação.

Se todo ser humano é diferente, por que somos intolerantes a diferença alheia?

Foto: Alexa Fotos / Reprodução / Pixabay

Todo nós seres humanos somos diferentes, tão somente a matéria que somos constituídos é a mesma, é quase que remota a semelhança se comparada a complexidade estrutural, funcional e existencial cada indivíduo. O curioso é que temos esse conceito em nossa consciência, mas no dia a dia vivencial essa prática não funciona.

Portamos uma carga genética única, nem mesmo irmãos gêmeos tem os genes igual. Pensamento não se ler; personalidade não se mede; necessidades e capacidade não se copia; impressão digital não se fabrica; subjetividade não se descreve…

E por que será que comparamos tanto uns aos outros?

O ser humano é treinado para conviver em sociedade de maneira competitiva. As disputas acontecem em todos os aspectos, nas características físicas, na criatividade, na condição intelectual, nos elementos materiais e financeiros e etc. É uma conotação de destaque as categorias sociais e não ao indivíduo enquanto único e subjetivo.

Somos seres humanos, a única espécie com grande capacidade mental e habilidade para adaptação, somos também seres gregários e necessitamos uns dos outros para sobreviver. Muito embora, apresentamos comportamentos desumanos, já que o termo humano traz em seu conceito elementos que significam bondoso ou generoso, compreensivo ou tolerante.

Como pode um ser, humano, maldoso, incompreensivo e intolerante?

As diferenças sempre existiram, mas dá a impressão que a intolerância atualmente está maior. O respeito ao semelhante e o valor da vida diminuíram, aparentemente o instinto animalesco está mais visível e agressivo principalmente nas redes sociais. Talvez pelo fato de existir a possibilidade de expressar opinião, agredir, julgar, criticar, de uma posição distante de todos, estando atrás de um aparelho tecnológico onde as outras pessoas não estão presentes para questionar.

E qual o sentido da vida? O que fazemos aqui na terra? De onde viemos e para onde vamos?

Nascemos sozinhos? Não.

Vivemos sozinhos? Não.

Nos reproduzimos sozinhos? Não.

Até quando morremos, precisamos dos outros para o corpo ser levado ao cemitério.

E por que destruímos nossa própria espécie?

Podemos deduzir que nós enquanto HUMANOS não estamos nos comportando bem em sociedade. Estamos mais preocupados com o outro por ele ter um jeito próprio, e pouco olhamos para nós mesmos. Queremos conhecer mais o outro com suas necessidades individuais e pouco percebemos nosso modo original de ser.

Concluo que é possível viver de maneira mais saudável. Ser tolerante é sofrer menos com estresse, aceitar as diferenças é compartilhar habilidades. Ser ético é valorizar a si sem desvalorizar o outro.

Independe de credo religioso, raça, profissão, orientação sexual, condição financeira e social, é possível viver em harmonia. Não existe receita mágica, mas se cada um ser humano cuidar da sua própria vida, e olhar menos para a do outro, grande parte dos problemas atuais da nossa sociedade deixam de existir.

Um grande número das doenças humanas, sejam elas psicológicas ou fisiológicas são desenvolvidas a partir de comportamentos disfuncionais e desnecessários no dia a dia, por isso nossa geração está cada vez mais doente e fragilizada. As vezes suspeito que estamos nos tornando seres inúteis ao mundo.

Cuide-se.