MENINOS, EU VI

Clerisvaldo B. Chagas, 13 de junho de 2014

Crônica Nº 1.209

Foto: G1

Foto: G1

Ontem, dia 12 de junho, pela primeira vez o Dia dos Namorados ficou escondido. Cadê condições de sair do esconderijo se as cores do Brasil não permitiam. Os comerciantes e marqueteiros que promoviam Santo Antônio como chefe de compras para movimentar o comércio, deixaram o amigo protetor à parte. Não se falava em outra coisa nos quadrantes brasileiros, cobrindo-se essa nação de verde, amarelo, azul e branco.

Após a criativa festa de abertura, a bola rolou sob inúmeras vozes narradoras do mundo, entre elas a conversa chata de Galvão Bueno. No conforto da poltrona, pouco me importava conversa de homem da cobra, mas procurava perceber claramente como se comportaria a Seleção Brasileira de Futebol. Assisto jogo com meus próprios olhos e não com a opinião alheia, pois chega de “Maria vai com as outras”. Televisão não é rádio onde você somente ouve sem oportunidade de apreciar.

Logicamente no início do jogo Brasil X Croácia, os brasileiros da Seleção estavam visivelmente nervosos, permitindo constantes ataques croatas. Todavia, todos estavam prevenidos sobre o que a Croácia iria fazer no início. Não tem justificativa, portanto, do Brasil em ficar encurralado tomando cascudos o tempo todo.

No geral, contudo, o time de Felipão firmou-se e deu um espetáculo de garra e determinação. Quanto ao brilho, o próprio treinador já dizia que o time não estava 100%, mas na casa dos 80%, o que acabou sendo confirmada as palavras prévias do técnico brasileiro.

Deu para empolgar, o jogo Brasil X Croácia, principalmente porque o Brasil conseguiu sair de uma situação adversa em relação ao placar. Se o pênalti apontado foi verdadeiro ou não, fez parte do jogo, cujo Brasil marcou um de quebra para que as línguas não amarrassem na questão do pênalti.

No que observei pessoalmente, todos jogaram com fibra, mas os destaques ficaram para o meia/atacante Neymar, naturalmente; David Luiz, extraordinariamente e Oscar, inspirado. Apesar dos gols de Neymar, tenho como o zagueiro David o gigante da partida. Venho acompanhando o zagueiro desde a sub-20, impressionado com a elegância do moço em campo, aliada à segurança.

Namorados e namoradas que me perdoem, mas ontem deu somente mesmo para a Seleção Brasileira e aquela onda amarela que tomou conta do estádio. MENINOS, EU VI.

SECA VERDE AMEAÇA O SERTÃO

Clerisvaldo B. Chagas, 12 de junho de 2014

Crônica Nº 1208

Foto: Clerisvaldo

Foto: Clerisvaldo

As chuvas voltaram ao sertão velho de guerra, após uma prolongada estiagem considerada como uma das maiores do Nordeste. Entretanto, a água que veio do céu chegou um pouco mais cedo em relação ao outono/inverno da tradição regional. Tão cedo que o sertanejo ficou sem entender se eram as trovoadas que antecedem o período chuvoso ou se já era inverno mesmo, como se chama por aqui.

O sertão está muito bonito e ornamentado com o verde e seus matizes, canto de pássaros, zumbidos de abelhas e paisagens exuberantes das planuras às serranias.

O ponto de tristeza, entretanto, para o homem do campo, é que até agora os reservatórios d’água continuam praticamente vazios. Não houve chuvas o suficiente para fazer crescer a lavoura e nem armazenar água em barreiros e açudes. Em muitos lugares a lavoura se encontra sem forças para o desenvolvimento.

Quem passa pelas estradas e rodovias do sertão alagoano sente o agradável cheiro do mato e se encanta com o verde que descansa a vista de qualquer viajante.

Por enquanto, contudo, estamos dentro da famigerada seca verde que engana por fora e maltrata por dentro. Não afirmamos que essa situação possa continuar assim. Dependendo do Criador, as chuvas podem retornar com maior intensidade, uma vez que os meses mais chuvosos sempre foram junho, julho e parte de agosto. De qualquer maneira, o agropecuarista está mais desconfiado do que burro da pestana branca. Chuva demais e frio intenso também podem prejudicar a lavoura do feijão e milho, produtos básicos da sobrevivência.

Seca verde não representa a dor insana de uma estiagem de dois anos, mas aperta também o agricultor imprensando-o contra a parede rodeada de mandacarus. Como ainda vamos navegando na metade de junho, dá tempo fazer elevar as preces aos santos do mês contra A SECA VERDE QUE AMEAÇA O SERTÃO.

AGRIPA E POVO QUER RESGATE JÁ

Clerisvaldo B. Chagas, 11 de junho de 2014.

Crônica Nº 1.207

GUARDIÕES EM SERVIÇO. (foto: Arquivo/Agripa)

GUARDIÕES EM SERVIÇO. (foto: Arquivo/Agripa)

Dando continuidade à luta pelo resgate urbano do rio Ipanema e seus afluentes, abandonados pelas autoridades desde os anos 60, a AGRIPA aperta o cerco.

Na sessão da última segunda-feira, a Associação recebeu em ofício da Prefeitura, a Lei Nº 922/20.05.2014, sancionada como homenagem permanente ao principal curso d’água que banha e dá nome ao município de Santana, como “Dia do Rio Ipanema”.

Agora a AGRIPA começa a fazer pressão diante dos órgãos que têm o poder de resgatar o rio. Diante disso, o diretor do meio ambiente Manoel Messias e o presidente da Câmara de Vereadores, José Vaz, estão procurando juntos criar o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente e aplicar as leis já existentes no Código Municipal, criado na gestão Genival Tenório e ainda atualizadas.

Já foi entregue pela AGRIPA ao senhor prefeito, o calendário de limpeza de lixo e entulhos no rio, ficando todas as primeiras terças dos meses de julho a dezembro de 2014.

A Secretaria de Ação Social e da Saúde, com os seus anexos, estão sendo, pela segunda vez, convidadas a prestar esclarecimentos à população através da AGRIPA, sobre a omissão ou não desses órgãos nos problemas apontados pelos guardiões. As titulares não compareceram ao debate do último dia 21 e nem enviaram representantes. A AGRIPA promete mover ações amargas contra órgãos pagos com o dinheiro do povo, que se recusem a esclarecer o que a população tem direito em saber.

Por sua vez, a CASAL também não enviou a AGRIPA o relatório prometido, o que poderá levar os guardiões a tomar outras iniciativas, pois o maior poluidor são os dejetos descidos dos esgotos.

A fossa do hospital Clodolfo Rodrigues, a fossa do antigo hospital dentro do Ipanema, pocilgas, estábulos, lava a jato, construções debaixo de ponte, construções nos leitos de riachos e rio, cercas de arame, extração de areia e pesca predatória, são problemas dos órgãos acima citados.

Em breve os omissos terão novidades.

ESCOLA HELENA BRAGA NO OCO DO MUNDO

Clerisvaldo B. Chagas, 10 de junho de 2014

Crônica Nº 1.206

FOTOS DO HELENA 020

FOTOGRAFIA DO HELENA II 016Ontem, nos turnos matutino e vespertino, os estudantes da Escola Estadual Professora Helena Braga das Chagas caíram no oco do mundo. Usando o projeto didático pedagógico: “Estudando a Cultura dos Países Participantes da Copa do Mundo 2014”, os alunos daquela unidade educacional, disseram bem das ações do Plano de Desenvolvimento da Escola – PDE.

Começou muito cedo a animação escolar, com as diversas turmas mostrando o que cada país representado na copa tem como atrativo em seu território. Culinárias, músicas, danças típicas, aspectos paisagísticos, dados históricos e geográficos, tudo foi esmiuçado pelos estudantes sob os olhos atentos de professores e orientadores.

Com o aproveitamento de países de todos os continentes ─ menos a Antártida ─ no Brasil, os alunos caíram no oco do mundo no sentido de pesquisas que enriqueceram de conhecimento a si e aos companheiros que encheram as salas da Escola Helena.

Após as apresentações e a merenda, os estudantes deixavam a unidade iniciando recesso relativo aos jogos da Seleção Brasileira de Futebol.

FOTOS DO HELENA 016

À medida que os alunos se retiravam, ficava o vazio nas salas de aulas ornadas com motivos da copa. Cartazes das apresentações, traços de tintas, eco de palavras… Deixavam professores, funcionários e direção com o orgulho do dever cumprido nessa fase cultural/festiva.

FOTOGRAFIA DO HELENA II 017O diretor da Escola Estadual Professora Helena Braga das Chagas, professor Marcello André Fausto Souza, dizia se sentir feliz em dirigir a escola do Bairro São José que tanto cooperava com diversas comunidades, até mesmo do Bairro Barragem e fatia da zona rural. “Sinto-me completamente satisfeito dirigindo a escola que leva o nome da minha saudosa e querida professora de infância, Helena Braga”. E ainda complementava o diretor: “Em ver os alunos progredindo, a escola completamente conservada após reforma que aconteceu a mais de um ano, um corpo docente focado e coeso na missão do Ensino… Muitas vezes me emociono e agradeço a Deus a confiança em mim depositada em comandar e elevar esse educandário à sociedade alagoana”.

Com a chegada do recesso, todos os que fazem a Escola Helena Braga das Chagas ficaram com o peito azul, branco, verde e amarelo, após uma excursão pensativa pelo OCO DO MUNDO.

ESCRITOR, PREFEITO E AGRIPA NO MEIO AMBIENTE

Clerisvaldo B. Chagas, 09 de junho de 2014

Crônica Nº 1.205

11 -AGRIPA NO POÇO.

Na tarde da última sexta-feira houve um grande movimento sobre ecologia no município de Poço das Trincheiras, Alagoas. A coordenadora do meio ambiente Maria Aparecida Wanderley de Brito culminou os seus movimentos com uma caminhada de alunos, pelas ruas da cidade, seguida por carro de som e grande animação do alunado. Dirigida a caminhada em direção ao clube de cultura, ali, professores e alunos, encerraram as atividades do dia, em cima da hora do jogo do Brasil. Mesmo assim os alunos não arredaram pé e assistiram à palestra sobre o meio ambiente, com ênfase para o rio Ipanema, ministrada pelo escritor alagoano Clerisvaldo B. Chagas, representando a Associação Guardiões do Rio Ipanema – AGRIPA.

03 - AGRIPA NO POÇO.

Naquele momento, os guardiões Cícero Ferreiro Barbosa e Manoel Messias F. Santos, também cantores e, dando apoio ao escritor guardião Clerisvaldo B. Chagas, ilustraram a palestra cantando o “Xote dos Guardiões”, página musical representativa da entidade, e outras relativas ao tema dos festejos.

05 AGRIPA NO POÇO.

Com o clube completamente lotado, falou também encerrando o evento, o prefeito Gildo Rodrigues, numa tarde inspiradíssima e repleta de jovens. Gildo fez questão de exaltar o rio Ipanema, curso d’água que banha em Alagoas as cidades de Santana do Ipanema, Poço das Trincheiras e Batalha, cujo nome também influiu na segunda. Disse dos tempos em que o rio abastecia a população e os tempos de hoje, esquecido por causa da água do rio São Francisco.

O intercâmbio cultural estabelecido entre AGRIPA e prefeitura do Poço das Trincheiras, trouxe luzes à juventude e, outros eventos poderão acontecer para enriquecer mais culturalmente as cidades sertanejas.

10 - AGRIPA NO POÇO.

Em breve o escritor Clerisvaldo B. Chagas estará lançando seus últimos três livros naquela bela cidade interiorana.

Encerrado o evento no Poço das Trincheiras, os guardiões Ferreirinha e Manoel Messias, comemoraram no salão de festas de Santana, quando esses representantes da AGRIPA comandaram um grande show à Rua Delmiro Gouveia.

* Fotos de Ferreirinha.

ARMAZÉM USINA: AGRIPA EM NOITE DE ÊXTASE

Clerisvaldo B. Chagas, 6 de junho de 2014.

Crônica Nº 1203

Foto: Lucas Malta / Alagoas na Net

Foto: Lucas Malta / Alagoas na Net

Durante a premiação do Instituto do Meio Ambiente – IMA, aos destaques do ano, em relação ao meio ambiente, a Associação Guardiões do Rio Ipane-ma deu um verdadeiro show à parte e que roubou todas as cenas daquela noite festiva. Apenas quatro entidades ou pessoas iriam ser premiadas na noite de ontem – dia do meio ambiente – quando de repente vem à surpresa de que um grupo de pessoas do sertão alagoano com a denominação de AGRIPA – Associação Guardiões do Rio Ipanema, ganha destaque natural.

Naquela noite de gala, no Armazém Usina, Bairro de Jaraguá, em Maceió, com toda a organização dirigida para os prêmios destaques, constavam inúmeras autoridades alagoanas de reconhecido prestígio. Após a abertura dos trabalhos e homenagem especial ao seu dirigente, foi chamada para a entrega do prêmio destaque os representantes da Associação Guardiões do Rio Ipanema. A chamada, à apresentação dos premiados, ficou por cota de Liara Lima, conhecida apresentadora da TV Gazeta de Alagoas. Ali estavam o presidente da AGRIPA, Sérgio Soares de Campos e sua esposa, pedagoga Sueli Malta de Campos; o vice-presidente Clerisvaldo Braga das Chagas e sua esposa, professora Irene Ferreira das Chagas; o orador Ariselmo de Melo e sua esposa….. Birim; o segundo tesoureiro, cantor Cícero Ferreira Barbosa; a guardiã conselheira, professora Edilma Gomes e a guardiã, professora Maria Lúcia Barbosa.

Chamados para o recebimento do prêmio, dirigiram-se ao palco Sérgio Campos, Clerisvaldo Chagas e Ferreirinha. Sérgio agradeceu o reconhecimento alagoano, erguendo bem alto o troféu; Clerisvaldo pincelou algumas curiosidades em linguagem poética ao rio Ipanema e, Ferreirinha recitou o Xote dos Guardiões. A plateia, desacostumada com sertanejos no foco, aplaudiu delirantemente os guardiões.

Após as premiações, os guardiões do rio Ipanema, novamente alegraram o salão em um movimento incomum de fotos com várias personalidades da noite, roubando todas as cenas somente para eles.

Foi solicitado do escritor Clerisvaldo B. Chagas, os livros “Ipanema um rio macho” e “Lampião em Alagoas”, para a Biblioteca do IMA, o que foi concedido na hora. Liara Lima fez elogios aos guardiões e anunciou para breve a reporta-gem da TV Gazeta, sobre o rio Ipanema, no programa Terra e Mar.

A Imprensa virtual santanense, sob a batuta de Lucas Malta, do site “ala-goasnanet”, deu toda a cobertura, assim como outros segmentos da imprensa alagoana presentes, o que deixou os guardiões completamente em casa.

Ainda em êxtase pela retumbante vitória em Alagoas, os guardiões retor-naram a Santana chegando às quatro horas da madrugada.

Logo mais à tardinha, o escritor Clerisvaldo B. Chagas estará ministrando palestra em clube cultural na cidade de Poço das Trincheiras e levando parte dos guardiões para a logística do evento.

NOITE DE GALA: HOMENAGEM À AGRIPA EM MACEIÓ

Clerisvaldo B. Chagas, 5 de junho de 2014

Crônica Nº 1202

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Logo mais à tardinha, membros que fazem a Associação Guardiões do Rio Ipanema, estarão se deslocando à capital. É que às 21 horas o Instituto do Meio Ambiente, de Alagoas, realizará a sua festa destaques do ano, evento que será dirigido no Bairro Jaraguá. A AGRIPA, será uma das homenageadas pelo IMA, tendo em vista o seu trabalho de proteção ao meio ambiente, com ênfase para o município de Santana do Ipanema, capital do sertão alagoano.

Representação da Imprensa virtual santanense seguirá com a comitiva dos guardiões, como a do site “alagoasnanet” que há muito vem acompanhan-do esse movimento de vanguarda.

A Associação Guardiões do Rio Ipanema – AGRIPA, nem completou ainda um ano de sua existência e já está sendo reconhecida pelos relevantes serviços prestados ao meio ambiente, pelo IMA, organização máxima no estado.

Seu nascimento aconteceu no dia 10 de agosto de 2013, e vem funcionando provisoriamente na Escola Estadual Professora Helena Braga das Chagas, no Bairro São José. Sua diretoria é composta por pessoas que trabalham normalmente e resolveram doar um pouco do tempo por uma melhor qualidade de vida do povo santanense. Estão à frente da AGRIPA, o servidor público Sérgio Soares de Campos (presidente); o escritor Clerisvaldo B. Chagas (vice-presidente); a professora Maria Vilma de Lima (secretária); o ambientalista Manoel Messias F. dos Santos (2º secretário); o diretor de escola, Marcello André Fausto Souza (tesoureiro); o cantor e compositor Cícero Ferreira Barbosa (2º tesoureiro) e o diretor de escola Ariselmo de Melo (orador), diretoria provisória.

O Conselho Fiscal é composto pela guardiã: Maria Joana da Conceição (agricultora e presidente de comunidades); e pelos guardiões: Jessé Alexandre Barros (funcionário público); e Maria Edilma Gomes (professora e poetisa).

Os guardiões do rio Ipanema têm como patrono o ecologista padre Cícero Romão Batista e, como símbolo, uma cabocla sertaneja conduzindo água do Ipanema, na cabeça, em pote de barro, com rodilha de pano. O seu símbolo homenageia a bravura da mulher sertaneja pela sobrevivência, tendo sido extraído como inspiração da capa do livro “Ipanema, um rio macho”, do escritor Clerisvaldo B. Chagas com desenho do artista plástico Roberval Ribeiro.

Os guardiões, além de outros benefícios, conquistaram junto aos poderes legislativo e executivo, o “Dia do Rio Ipanema”, que será comemorado anualmente em Santana, no dia 21 de abril.

AGRIPA E CRAS REALIZAM ENCONTRO EDUCATIVO

Clerisvaldo B. Chagas, 4 de junho de 2014

Crônica Nº 1.202

Agripa

Guardião ferreirinha fez apresentação com seu violão (Foto: Agripa)

Precedendo o jogo da Seleção Brasileira, e na Semana do Meio Ambiente, representantes da AGRIPA – Associação Guardiões do Rio Ipanema, estiveram durante a tarde desta terça-feira (3) em uma das unidades do CRAS – Centro de Referência de Assistência Social, no Bairro Camoxinga. Convidados para uma palestra aos jovens orientados para a vida, os guardiões discorreram sobre a Associação de defesa do meio ambiente, especificando sempre o rio Ipanema.

Para uma plateia de adolescentes e orientadores, como Nariely Nobre Nicolau da Silva e Quitéria, falaram os guardiões Sérgio Soares de Campos, Clerisvaldo Braga das Chagas, Marcello André Fausto e Cícero Ferreira da Silva, o Ferreirinha. Após os pronunciamentos formais dos visitantes, o cantor e compositor Ferreirinha, alegrou a tarde cantando o “Xote dos Guardiões”, música representativa da Associação que muito diz sobre o mais importante rio do sertão alagoano. Os juvenis acompanharam a composição batendo palmas à melodia empregada pelo poeta guardião.

Foto: Agripa

O professor e também guardião Marcelo Fausto, passou um pouco da experiência (Foto: Agripa)

A orientadora Nariely, falou sobre o trabalho que é feito naquela unidade, sendo sempre indagada pelos guardiões.

A AGRIPA considerou a tarde abençoada e muito proveitosa com a simbiose acontecida.

Esteve prestigiando a palestra dos guardiões, a professora Sueli Malta F. Campos, coordenadora pedagógica do Município de Santana do Ipanema.

Foto: Agripa

Escritor Clerisvaldo também participou do evento (Foto: Agripa)

A Associação Guardiões do Rio Ipanema, também recebeu convite da Secretaria Municipal de Educação, para fazer parte da Comissão Técnica para elaborar o Plano Municipal de Educação, enviando dois dos seus membros para a citada Comissão.

Guardião Sérgio Campos levou experiências para os alunos (Foto: Agripa)

Guardião Sérgio Campos levou experiências para os alunos (Foto: Agripa)

Sexta-feira próxima, o escritor e guardião Clerisvaldo B. Chagas, estará na cidade de Poço das Trincheiras para ministrar uma palestra sobre meio ambiente e rio Ipanema. Outros representantes da AGRIPA darão apoio em mais essa jornada, como Sérgio Soares de Campos, Ferreirinha, Marcello Fausto e Manoel Messias, além da imprensa, através do site Alagoasnanet.

Foto: Agripa

Foto: Agripa

Os membros da AGRIPA já foram avisados que receberão outro convite para nova palestra em um estabelecimento de Ensino de Santana.

Entretanto, a próxima semana será de muita cobrança às autoridades. Afinal, para frente é que se caminha.

ONDE ESTÁ O AMOR A TERRA

Clerisvaldo B. Chagas, 2 de junho de 2014

Crônica Nº 1.201

CORAÇÃODentro da lógica “só se ama o que se conhece”, focamos às nossas escolas brasileiras lembrando o Projeto Rondon. Um projeto criado para que estudantes de uma região conhecessem outras regiões do país e com elas fizessem intercâmbios culturais. O nosso país é imenso e, são muito grandes as diversificações, embora a língua portuguesa com seus vários sotaques nos mantenha unidos. Se todos os brasileiros tivessem oportunidades de conhecer o seu país, a discriminação, por certo, seria reduzidíssima.

Entretanto, tudo deve começar dentro de cada município. Demonstrando a realidade do território de Santana do Ipanema, como exemplo, deveria haver semanalmente, deslocamento de turmas de alunos de certa escola para conhecer o restante do município. Temos a região serrana onde as crianças nascem crescem e estudam em cima das serras, Estas escolas deveriam passear constantemente para ver novas realidades, tanto em outras serras quanto na baixada. Os estudantes da serra do Poço, Gugi, Caracol, Camonga e outras, iriam conhecer a baixada como Olho d’Água do Amaro, Samambaia, Pedra d’Água dos Alexandres… E vice-versa, orientados por equipe de professores que exigiria depois, trabalhos e discussões do que viram. Como podemos cobrar do aluno o amor ao seu município se ele não o conhece. Não se ensina a história municipal, a geografia com seus acidentes e economia, não se faz uma única incursão… Como essa realidade pode mudar?

Por outro lado, a falta de criatividade, conhecimento e mesmice, faz com que continuemos numa escola do passado. Quando surge alguma boa ideia, logo é atropelada pelo desânimo da “falta de condições das autoridades”. E o mestre que não é mestre de nada, não procura outras alternativas para realizar o que idealizou, desanimado com o enfado de cada dia.

O resultado é que o aluno se torna adulto e até precisa trabalhar em outra região do país, mas nem sequer identifica a história, a geografia e os hábitos do seu município, somente os poucos quilômetros quadrados do bairro ou do sítio em que nasceu.

Um dos grandes resultados da ignorância, também se reflete na política quando a população exige dos seus dirigentes honestidade e amor a terra. Ora se eles nada conhecem, ONDE ESTÁ O AMOR A TERRA?

30 Maio

0 Comments

ACEITA UMA FRECHADA?

Clerisvaldo B. Chagas, 30 de maio de 2014

Crônica Nº 1.200

Foto: Agentes da História e Resistência Verde

Foto: Agentes da História e Resistência Verde

“Uma flecha é um projétil disparado com um arco. Ele antecede a história e é comum a maioria das culturas.

Uma flecha consiste de uma haste longa e fina, com seção circular, feita originalmente de madeira e agora também de alumínio, fibra de vidro ou de carbono.

Ela é afiada na ponta ou armada com uma ponta de flecha em uma extremidade, dispondo na outra de um engaste (nock) para fixação na corda do arco. Pontas de flecha são disponibilizadas em uma variedade de tipos, adequando-se ao uso que será feito da flecha, seja desportivo, caça ou militar. Próximo à extremidade posterior da flecha são colocadas superfícies de estabilização que constituem a empenagem da flecha, a fim de ajudarem na estabilização da trajetória de voo. Geralmente em número de três, as penas são dispostas ao redor da haste formando um ângulo de 120º entre si. Nas flechas modernas as penas são fabricadas em plástico e afixadas com cola especial.

Artesãos que fabricam flechas são conhecidos como “flecheiros”, termo relacionado à palavra francesa para flecha, flèch

Conforme a flecha voa em direção ao alvo, sua haste irá entortar-se e flexionar de um lado para o outro, lembrando um peixe debatendo-se fora da água e caracterizando um fenômeno conhecido como paradoxo do arqueiro.

O equipamento, espécie de coldre ou estojo, usado para carregar as flechas usadas pelos arqueiros desde a mais remota antiguidade é chamado de aljava”.

Mas o povo brasileiro gosta de inventar palavras e associar situações. Conheci um sujeito, humorista por natureza, que bebia cachaça. Quando dava a sua hora de enfrentar o copo, dizia para os amigos: “Vou ali tomar uma frechada”.

Mas flechada de verdade ainda existe no Brasil moderno. Bem que o protesto dos índios em Brasília foi uma coisa inusitada. Devidamente caracterizados e pintados para a guerra, misturaram-se a outros descontentes e não foram ouvidos pelas autoridades. Deu no que deu.

Perambulando entre um prédio público e outro, os indígenas foram atacados pela cavalaria. Índio é bicho disposto, tome flechada num cavaleiro que talvez se julgasse do Apocalipse. Vai para o hospital o infeliz varado na coxa, pensar porque atacava os indefesos. Índios contra a cavalaria numa cena tipicamente urbana, e flechadas das boas repercutiram pelo globo.

Isso faz lembrar o tempo em que certo governador de Alagoas, mandou que a cavalaria massacrasse os professores diante do palácio, educadores que apenas queriam dialogar com ele. Os castigos de Deus não tardaram e ainda hoje o ditador sofre às consequências.

O meu compadre quer ser índio explorado, policial metido à besta, professor insatisfeito ou governador padrão bufa?

A única saída desse quadrado, amigo, é esquecer tudo. Vamos comigo, comemorar 1.200 crônicas escritas para o mundo! ACEITA UMA FRECHADA?