ABRINDO ESPAÇO

Clerisvaldo B. Chagas, 15 de abril de 2015

Crônica Nº 1.409 

Foto: (Reprodução abaixo)

Foto: (Reprodução abaixo)

Não é do cabresto Globo a reportagem abaixo.

Na Cúpula das Américas, Obama elogia Dilma e diz que Brasil é exemplo de combate a corrupção.

Depois de um ano, a presidente Dilma Rousseff ouviu finalmente um pedido de desculpas do presidente dos EUA pela espionagem da agência americana no Brasil. Em discurso, o presidente Barack Obama soltou série de elogios sobre a presidente e disse que o Brasil é um exemplo de combate a corrupção.

Por Redação – com informações do Estadão

A presidente Dilma Rousseff ouviu finalmente do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, um tipo de pedido de desculpas, ainda que não tradicional, pela espionagem levada a cabo pela National Security Agency sobre o governo e empresas brasileiras. Ao responder se a crise estabelecida em 2013 pela descoberta da espionagem estava superada pela marcação da visita aos EUA para junho deste ano, Dilma revelou o que o presidente americano lhe falou durante a reunião bilateral de hoje: ele ligará quando quiser saber algo do Brasil.

‘O governo americano não disse só para o Brasil, mas disse para todos os países do mundo que os países amigos, os países irmãos não seriam espionados. E também tem uma declaração do presidente Obama: ele falou pra mim que quando ele quiser saber qualquer coisa, ele liga pra mim. (Eu) não só atendo, como fico muito feliz’, contou.

O encontro dos dois presidentes durou cerca de meia hora. De acordo com a presidente, os dois trataram dos temas de cooperação que o Brasil quer ver avançar na visita, entre eles cooperação na área de energias alternativas, educação, defesa e o programa Open Skies para a aviação civil.

Em discurso na Cúpula das Américas, a presidente ouviu elogios do presidente Barack Obama: “Vejam só o exemplo do Brasil, em combate a corrupção… Precisou-se que uma mulher chegasse ao poder para se começar a limpar a corrupção” disse ele.

Descontraída, a presidente agradeceu quando foi elogiada pela elegância. E, ao ser perguntada se o presidente americano havia comentado sua nova silhueta – Dilma perdeu 16 quilos -, respondeu: “Olha, ele não elogiou. Mas eu gostaria que tivesse elogiado.”

Confira o artigo original no Portal Metrópole

A REDE E OS DEFUNTOS

Clerisvaldo B. Chagas, 14 de abril de 2015

Crônica Nº 1.408

Ilustração: (candangoweb.blogspot.com).

Ilustração: (candangoweb.blogspot.com).

Conta-nos Rolando Boldrin, músico, ator e apresentador de televisão, anedota interessante. 

Havia um bar defronte um cemitério em certa cidade onde os pinguços faziam ponto. (Bar semelhante ao que havia defronte o cemitério de Santana do Ipanema, a quem botei o apelido de Defuntão e, pegou. Foi fechado há muito após um assassinato ali ocorrido). Pois bem, havia um viciado que todo o dia chegava, pedia uma pinga ao Seu Mané, dono do bar, virava-se em direção ao cemitério, levantava a taça e convidava a “defuntada” para o trago. Seu Mané já estava cansado de aconselhá-lo, alegando que aquilo era falta de respeito aos mortos e poderia até resultar em coisas desagradáveis para o freguês. O conselho entrava num ouvido saía no outro.

Alguns estudantes que estavam ali bebendo, resolveram fazer uma presepada com o sujeito. Combinaram com Seu Mané um castigo para o dia seguinte.

O grupo de estudantes, vestido em lençóis brancos ficou dentro do cemitério aguardando a chegada do pinguço. Armados de cacetes os fantasmas viram por um buraco quando o cliente brindava e Seu Mané fazia o sinal combinado. Pularam o muro, atravessaram a rua e entraram com o beberrão na madeira. Uma surra singular.

Todo moído, o camarada conseguiu se arrastando chegar a casa, mas no outro dia, pontualmente estava de novo no mesmo bar. Queixou-se da pisa ao dono da espelunca. Seu Mané falou: “Eu não lhe disse que não desrespeitasse os mortos?” Olhe no que deu? O Bêbado não contestou e disse: “O senhor estava certo, Seu Mané. Errado mesmo foi quem enterrou os defuntos com cacete na mão”.

Isso nos faz lembrar imediatamente uma rede de televisão que parece comandar e querer embriagar o povo, a incentivar o afastamento da nossa presidente, do Planalto. Não vai conseguir nunca, pois todos já estão sabendo das manobras. Desesperada, como os caras de pau que foram derrotados, a rede golpista procura enterrar defunto com cacete na mão.

IPASEAL SAÚDE E RENAN FILHO

Clerisvaldo B. Chagas, 13 de abril de 2015

Crônica Nº 1.407

Renan Filho

Renan Filho

Passados os cem dias de governo estadual fica a impressão de que o Sr. Renan Filho, está mesmo querendo acabar com a maldição das trevas na Cadeira Executiva Nº 1. O sofrimento do povo alagoano, no geral, vem de um rosário péssimo e sem ruptura pós Guilherme Palmeira até a gestão passada. O dinamismo do novo governador em todas as áreas demonstra, pelo menos até agora, uma vontade em acertar de vez os ponteiros embaralhados do relógio alagoano que perduram por décadas a fio. Como falamos em crônica passada, não existe senhor do bom começo, mas dentro de nós vem a quase certeza de que este início marcante continuará crescente.

Nós, os funcionários públicos, nada temos a comemorar sobre o governo antecessor, a não ser pelo seu tempo vencido. Uma das suas maldades de usineiro foi retirar representações do IPASEAL SAÚDE das sedes do interior como Santana do Ipanema e Arapiraca. Os servidores públicos do interior com esse plano de saúde estadual passaram a sofrer as consequências daquele ato insano, sem um único médico para atendimento. Qualquer problema na saúde teria que ser resolvido em Maceió, como se o usuário do interior não pudesse adoecer. Em Maceió, a burocracia de atendimento desde uma simples consulta e ordem para exames que custavam e custam inúmeras passadas de vai e vem para autorização, hospedagem de semanas, marcação de exames de meses, numa rotina humilhante, degradante e desesperadora de cada funcionário interiorano,o matava de exaustão. Esse foi um saldo funesto do usineiro.

Apelamos para o atual governador, Renan Filho, diante da sua sensibilidade administrativa e humana, a reabertura das centrais do IPASEAL SAÚDE no interior ou o credenciamento de médicos, pelo menos em todas as cidade polos do estado, descentralizando Maceió. É uma vergonha, servidores dos mais longínquos municípios do estado, como Delmiro Gouveia, Água Branca, Santana do Ipanema e outros, em ter que se deslocar à capital por falta de um simples clínico geral do IPASEAL SAÚDE.

Se existiram problemas administrativos ou “sabedorias” médicas, que fossem apurados os fatos e solucionados os problemas sem penalizar a classe trabalhadora sofrida e desamparada.

Portanto fica aqui esse grito sufocado pelos que sofrem a incerteza de um direito retirado à força.

RIO ARAGUAIA

Clerisvaldo B. Chagas, 9 de abril de 2015

Crônica Nº 1.405 

Foto: Reprodução / Ipê TV

Foto: Reprodução / Ipê TV

O rio Araguaia nasce na serra do Caiapó, no município de Mineiros, em Goiás. Banha os estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins e Pará. Suas nascentes estão próximas ao não menos famoso Parque Nacional das Emas. Sua denominação tem muito a ver com a ave maracanã, vindo dearauay ou araguaí.

Falamos desse majestoso rio por causa da reedição da novela televisiva o Rei do Gado que, apesar de tudo, ainda prende o telespectador por seu aspecto paisagístico e tema ecológico.

Uma cena abordada nos capítulos de ontem, é profundamente humana e significativa, quando o personagem, Zé do Araguaia, arrebata o seu filho da avó da criança numa aldeia indígena. A dor sentida por uma avó, cujo neto era a única lembrança viva, reflete bem a dor de todas as avós do mundo ao perder bruscamente o neto, levando sua solidão ao suicídio. Um problema social grave.

Por outro lado, a novela aborda outros temas importantes para reflexão como o envenenamento dos rios por pesticidas usados nas lavouras, o desmatamento das matas ciliares e a ambição humana que degrada à natureza.

O rio Araguaia, possui 2.114 km de extensão, sendo um dos mais piscosos do mundo. Entretanto, como o São Francisco, também vem sofrendo com a pesca predatória e a diminuição de peixes motivada pela construção da Usina Hidrelétrica de Tucuruí.

O próprio homem vai arrasando tudo, sem respeitar rios pequenos ou grandes. O assoreamento no Araguaia e a diminuição na quantidade de água já dificultam a navegação.

Mais de vinte municípios são banhados pelo rio e, um grande esforço está sendo feito para livrá-lo das ações maléficas das inúmeras pessoas que acampam em suas margens durante certa época do ano.

A luta em defesa dos nossos rios, lagos e lagoas, chegou com atraso, isto é, após as desgraças feitas em todos os ambientes. A recuperação da natureza no Brasil é lenta e cara, mas pelo menos a consciência ecológica aumenta, embora as ações não sejam praticadas homogeneamente no País.

Somente o que foi mostrado em O Rei do Gado, não basta, é verdade, entretanto, não deixa de ser um grito de alerta para os dorminhocos.

TIRE SUAS CONCLUSÕES

Clerisvaldo B. Chagas, 8 de abril de 2015

Crônica Nº 1.404 

Foto: reportagem GALILEU

Foto: reportagem GALILEU

“A Índia lançou neste domingo o seu primeiro submarino nuclear, o INS Arihand, tornando-se o sexto país do mundo a integrar este seleto clube.

Pesando cerca de 6 mil toneladas e com capacidade de lançar mísseis contra alvos a uma distância de 700 quilômetros, o submarino foi apresentado pelo primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, em uma cerimônia no porto de Visakhapatnam, no sudeste do país.

A embarcação foi construída inteiramente na Índia, mas com ajuda da Rússia, e passará por testes nos próximos anos antes de ser utilizada em operações militares. Um segundo exemplar deve ser terminado em breve.

O repórter da BBC em Nova Déli Sanjoy Majumder disse que o lançamento do Arihant é um sinal claro da tentativa indiana de equilibrar a poderio militar da China, hoje potencia naval na região.

Para o repórter, o submarino agregará uma ‘terceira dimensão’ à capacidade defensiva indiana. Até agora, o país só era capaz de lançar mísseis balísticos no ar e na terra.

Com o anúncio, a Índia entra para o seleto clube dos países com capacidade de construir submarinos nucleares, formado por Estados Unidos, Rússia, França, Grã-Bretanha e China”.

(Resumo de reportagem BBC/versão).

“O Brasil possui duas amazônias. A primeira todo mundo conhece: 3,2 milhões de km² de floresta e biodiversidade. A outra, apesar de ocupar toda a porção leste do país, ainda é quase secreta. É a Amazônia Azul, como a Marinha convencionou chamar o território submerso na costa brasileira. A área tem 4,4 milhões de km² de água salgada, e importância econômica incrível — dali é retirado 90% de nosso petróleo e por ali passa 95% de nosso comércio exterior. Escondidos sob as ondas, somente 5 submarinos patrulham essa imensidão — é como patrulhar as fronteiras da floresta amazônica e deixar o miolo desprotegido. Com a descoberta do pré-sal, cuidar dessa área se fez mais urgente ainda.

Para isso, a Marinha traçou um plano de longuíssimo prazo: até 2047, o país terá 26 submarinos patrulhando sua costa. O primeiro passo foi no final de 2008, quando o governo brasileiro firmou um convênio com a França para a transferência da tecnologia do submarino Scorpène. O segundo foi em julho de 2011, com o início da fabricação das novas embarcações no estaleiro de Itaguaí, no Rio de Janeiro. A próxima geração de submarinos brasileiros deve chegar aos mares em 2017. Mais importante que isso, no entanto, são as mudanças que os engenheiros brasileiros planejam fazer no projeto francês. A ideia é realizar um transplante: sai o motor a diesel, entra um reator nuclear. Começando agora, a Marinha espera concluir a construção do primeiro submarino movido a propulsão nuclear em 2023.

Com isso, o Brasil entraria para o seleto clube dos países que dominam a tecnologia — China, Estados Unidos, França, Inglaterra e Rússia. Para se ter uma noção da importância estratégica desse veículo, esses 5 são justamente os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU”.

(Resumo de reportagem GALILEU, por Guilherme Rosa).

Tire suas conclusões.

OS APERTOS DOS CÉUS

Clerisvaldo B. Chagas, 7 de abril de 2015

Crônica Nº 1.403

Cúmulos na tarde sufocante (Foto: Clerisvaldo).

Cúmulos na tarde sufocante (Foto: Clerisvaldo).

Quem estava no Médio Sertão, ontem à tarde, sofreu com o vento parado e uma temperatura altíssima, sufocante. Foi reeditada edição quase insuportável de certos dias de fevereiro. Não se via o mover de uma folha de árvore, durante certo tempo. Banhos, ventilação artificial e o solo caseiro para se deitar sem roupa, proporcionaram um socorro ainda deficiente de tantos graus. Formaram-se nuvens negras tangidas para o Sul, deixando a população apreensiva. Uma trovoada naquelas circunstâncias seria do tipo que leva o povo para debaixo da cama com os trovões enfurecidos.

À noite faltou energia por duas vezes. Ao retornar essa energia pela segunda vez, o ornejar de um jegue nas margens do rio Ipanema, o ladrar dos cães na rua, a gritaria da meninada, combinavam com o sorriso largo da lua cheia. Dentro de casa o suor minava nas costas, por um pequeno esforço.

É aí que entram os sinais dos tempos:

Logo cedo: “cúmulos” no céu. Aqueles tipos de nuvens brancas parecendo flocos de algodão. Distribuídas pelo pano azul, indicavam tempo estável e nada de uma chuvazinha, da mãe de Deus.

Os “cirros” são nuvens altas, largas, de cor branca, formadas por finíssimos cristais de gelo. Mas, ontem não havia cirros. E mesmo se houvesse ─ igualmente aos cúmulos ─ também não seriam indicativos de chuvas.

Nada de “Estratos” que são nuvens cinzentas superpostas, formando camadas e que trazem esperança de chuvas.

Após os cúmulos do início da tarde, surgiram os “nimbos”, nuvens de cor cinza-escuro que anunciavam chuvas no Alto Sertão.

Não sabemos se choveu lá para as bandas de Senador Rui Palmeira. No Médio Sertão, nem a rebarba de um sereno para refrescar. E se hoje for do mesmo jeito de ontem, minha comadre, só escaparemos se traçarmos novas estratégias. Não é fácil se livrar dos apertos dos céus.

EDITORIAL DO ALAGOAS NA NET

Clerisvaldo B. Chagas, 06 de abril de 2015

Crônica Nº 1.402

Vista parcial de Santana (Foto: Clerisvaldo)

Vista parcial de Santana (Foto: Clerisvaldo)

O costume de calar diante das mazelas e dos absurdos cometidos em Santana do Ipanema, têm custado muito caro à Rainha do Sertão. Como exemplo temos os milhões da verba enterrada debaixo do calçamento da cidade. O saneamento está parado e sem funcionamento. Acabaram com a pavimentação fruto do esforço de várias gestões. Hoje nem para cavalo presta. Todos estão calados e não querem que o assunto venha à tona, mas o povo pergunta: onde está o dinheiro que estava aqui? Quem ficou com os milhões? Por que a Câmara de Vereadores não berrou e acionou o Ministério Público? Por que o prefeito da época e o posterior calaram-se? Por que a sociedade calou? É preciso que venha a rede Globo para desenterrar o assunto?

Pois bem, diante do Editorial do site Alagoas Na Net, de ontem (5), corajoso, mas ainda muito brando (outros, nem isso) temos a dizer ao ouvir as vozes da rua. Semana passada, diante de uma casa de crédito, havia um vendedor cercado por um grupo de pessoas. Ouvimos muito bem quando ele falou que se chegasse um só indivíduo falando bem do prefeito por ali, sairia pisado por aquelas pessoas que estavam diante do estabelecimento. Duzentos metros mais abaixo, na mesma avenida, outro grupo falava do mesmo assunto, inclusive sugerindo um panelaço a frente da prefeitura pedindo a renúncia do prefeito e outro na Câmara solicitando o seu Impeachment.

Ora, se a própria sociedade organizada cala, por que razão iríamos comentar neste blog? Nada temos com isso. Torcemos para que o governo do senhor Mário Silva dê certo, até porque não podemos querer o pior seja qual governo for, pois quem paga a conta é o atraso da cidade. Estamos há décadas sem progredir. Santana indo para trás a cada ano que passa no que se refere ao poder público. O que vemos de ações é graças ao setor privado. A cidade cresce como vereda de bode, na base do cada um por si. Diz o site que “A conclusão teria vindo após uma suposta pesquisa de consumo interno, no qual revelou que a sua rejeição na cidade estaria na casa de 97%.” Continuamos torcendo para que o prefeito acorde e resolva administrar, mas ainda não saiu na imprensa nem 1% do que o povo comenta nas ruas. Adiei as três crônicas sobre as conversa dos contribuintes, porque achei muito constrangedor publicá-las, mas que a coisa está preta está. Só quem conhece a fúria do povo é quem já viu o estouro da “manada”.

O Editorial do domingo foi muito brando, dissemos. Pensamos em entrevistar o prefeito Mário Silva, mas, se o site Na NET, nada colheu, o que iriamos colher. Continuamos torcendo a favor, mas o formigueiro em torno da Prefeitura, cada vez aumenta mais.

CARTA HISTÓRICA DE NILZA MARQUES

Clerisvaldo B. Chagas, 4 de abril de 2015

Crônica Nº 1.401

(Foto:revista.com.org.br)

(Foto:revista.com.org.br)

Revisando e dando destino aos alfarrábios, faxinando documentos e anotações, encontramos essa correspondência:

“Meu caro Clerisvaldo,

Tive hoje o prazer de ouvir o seu Programa através da Rádio FM Cidade.

Ele veio preencher uma lacuna na história do nosso povo.

É o retrato vivo de nossas raízes, que não podemos deixar morrer.

O referido programa vem para deleite dos mais velhos… E aos mais jovens leva conhecimento da vida de sua gente.

Isso numa época que não se tinha Rádio, transporte e bons colégios.

E hoje? Tem tudo isso e não temos Banda de Música, não temos boa Biblioteca e muito menos museu para retratar e perseverar a história da inteligência desse POVO que tão bem viveu a sua época.

Está de parabéns a Rádio Cidade, está de parabéns a sociedade santanense, e de parabéns você que levantou o nosso passado.

Agradeço a honrosa mensagem a mim dirigida. É mais uma prova do dever cumprido.

Lembro ainda que a Biblioteca foi criada e instalada em uma sala da Prefeitura, tendo como 1ª Bibliotecária Bernadete Queiroz. Ao Hélio coube, a pedido do meu irmão Adeildo o fundador, instalar para acesso ao público, dando condição de acesso ao público, principalmente, o público jovem. Então em fevereiro de 1956, o Prefeito Hélio Cabral, instalou no local por você mencionado e me convidou para dirigir.

Me encontrava no Rio, quando recebi o convite. Fui então ao Instituto Nacional do Livro onde recebi as 1ªs instruções, para solicitar oferta de livros. De volta passei tudo ao Prefeito que me enviou ao Recife, onde fiz um curso intensivo de 6 meses.

Vivemos bons momentos… 3 feiras do Livro e muitas outras promoções.

Com meu abraço,

Nilza

03/08/2001”.

CHOCALHO DE BESTA

Clerisvaldo B. Chagas, 2 de abril de 2015

Crônica Nº 1.400

ilustração (Foto: raulingmann.com.br)

ilustração (Foto: raulingmann.com.br)

“Quando a Revolução Francesa se organizou em Convenção (de 1792 a 1795), a luta política se acirrou. O assento do presidente ficava no meio da sala. Os girondinos (alta burguesia conservadora) sentava-se à direita dele; os jacobinos (pequena burguesia e os profissionais apoiados pela plebe de Paris) sentavam-se à esquerda. Para economizar esforços, o presidente da Convenção passou a chamar os girondinos de direita (antes ele dizia: ‘Os senhores convencionais que estão à minha direita…’) e os jacobinos de esquerda. Acontece que os jacobinos queriam a continuação das medidas revolucionárias; os girondinos, não. As expressões pegaram: esquerda é quem quer revolução ou reformas radicais; direita é quem não quer (no centro ficavam os indefinidos).

Combinando as duas classificações, chegamos às seguintes posições:

· Extrema direita corresponde aosreacionários;

· Centro-direita é a denominação dos conservadores;

· Centro-esquerda refere-se aosreformistas;

· Extrema esquerda abrange os revolucionários, principalmente o que são favoráveis à luta armada.

Na realidade, os limites entre essas categorias não são claramente estabelecidos. Assim, será difícil colocar uma pessoa ou um grupo rigidamente dentro de qualquer uma delas”. (SANTOS, Joel Rufino dos. História do Brasi,p.192).

Esse esclarecimento vem aliviar um pouco a nossa cabeça, quando as expressões são constantemente usadas pela política deste país. O uso constante do palavreado denominativo parece ser uma exclusividade dos parlamentares que usam e abusam dessas expressões como se fosse uma forma de demonstrar conhecimento ou confundir a opinião pública.

Isso é parecido com o “economês” dos homens das pastas afins que eles falam, falam, falam e a pessoa comum não entende, talvez, porque os objetivos sejam iguais aos do primeiro.

É por isso que o meu pai Manoel Celestino das Chagas, (Seu Manezinho) dizia sobre conversa mole: “Não quero escutar chocalho de besta!”.

SANTANA: AINDA OS TRÊS COMÉRCIOS

Clerisvaldo B. Chagas, 1º de abril de 2015

Crônica Nº 1.399

Futura IFAL na Lagoa do Junco (Foto: Clerisvaldo)

Futura IFAL na Lagoa do Junco (Foto: Clerisvaldo)

Mesmo sendo primeiro de abril, não é mentira. E a lua em quarto-crescente vai subindo no céu para se encher no sábado de Aleluia.

Novamente inspeciono a minha cidade que não cabe mais veículos no centro e no centro periférico.

O principal centro comercial vai se alongando pela Avenida Coronel Lucena, demolindo os antigos casarões residenciais de fazendeiros e comerciantes dos tempos de vila. Essa via principal da cidade, estar se transformando em corredor de luxuosas lojas passando pelo complexo financeiro, quase no pé do serrote Pelado (Bancos do Brasil, Caixa e em breve Banco do Nordeste), para desembocar na BR-316, onde várias prestadoras de serviços estão instaladas e outras se instalando. O prolongamento do comércio do centro vai se ligando também ao Complexo da Justiça, em expansão, na saída para Maceió (São Vicente e Lagoa do Junco), ligando-se ao Complexo Educacional que se forma entre os Bairros Lagoa do Junco e Maniçoba.

O segundo comércio teve início no cruzamento Maracanã no Bairro Camoxinga. No início formado principalmente por oficinas, hoje dispõe de posto de gasolina, restaurantes, lanchonetes, padarias e outros estabelecimentos. É um comércio de pequenas coisas, mas intenso e valorizado. Com metade independente, metade vinda da expansão do comércio do centro, a espinha dorsal do Bairro Camoxinga, vai fazendo o mesmo papel da Avenida Coronel Lucena: demolindo as moradias e transformando-se num corredor comercial ligando o Centro ao Maracanã. Deste ponto, já se ensaia um prolongamento subindo pela Rua Santa Sofia em direção ao Bairro Lajeiro Grande. Vemos claramente prédios residenciais sendo transformados em pontos de vendas. Em breve, essa rua que tem um dos melhores padrões de vida (segundo minhas pesquisas há alguns anos) fará parte do segundo comércio.

O terceiro comércio compreende o sopé do Bairro Domingos Acácio. Postos de gasolina, pousadas, restaurantes, bares, mercadões, madeireiras, manufatura têxtil… Tudo com intensa movimentação. Esse comércio só se esticou em direção oeste, até a pequena ponte que liga o Bairro Domingos Acácio ao Bairro Floresta. Entretanto, muito se expandiu pela AL-220 rumo à cidade de Olho d´Água das Flores, com o comércio de alimentos e pequenas prestadoras de serviços. Com o mercadão que está sendo construído na AL (grupo Nobre) e o inicio das atividades no bairro, de oitocentos prédios que serão construídos no loteamento da Serra, muito progresso virá para aquela região de Santana. Observem o futuro: quando a UFAL estiver funcionando ao lado do Hospital Dr. Clodolfo Rodrigues, com toda a certeza, o comércio que parou na ponte falada acima, terá prosseguimento até lá. O novo conjunto residencial no loteamento do pé da serra Aguda ajudará em muito o terceiro comércio que, com todos esse fatores, talvez ultrapasse o hoje segundo comércio.

O que faz pena é que não está havendo um acompanhamento fotográfico detalhista na expansão da cidade, para a História, por parte dos responsáveis. Ninguém mais se lembrará de nada.

Santana será uma cidade sem memória.