VIVA SÃO JOSÉ
Clerisvaldo B. Chagas, 29 de abril de 2015
Crônica Nº 1.419
Os foguetes cortaram os ares anunciando a festa de São José. Desmembrado do grande Bairro Camoxinga, a antiga COHAB Velha e sua periferia, em Santana do Ipanema, Alagoas, construíram uma igrejinha dedicada ao santo, como sede dos seus movimentos religiosos. Igreja pequena é bem verdade, mas muito bem organizada pelos seus cuidadosos zeladores.
O Bairro São José é modesto e tem como repartições públicas o corpo de bombeiros, um posto de saúde, uma escola estadual, uma do município, padaria, mercadinhos e, praticamente, só. Limitado ao norte pela BR-316, o Bairro São José parece conformado com a falta de investimentos e o marasmo, designando sempre o Centro da cidade como destino de compras e vendas.
Seu protetor, o pai de Jesus, provavelmente nasceu em Belém e cujo pai se chamava Jacó. Sua figura é passada como um jovem de talento, humilde, manso e devoto. Quando Maria foi dada em casamento a José, teria 14 anos. Entretanto, Maria continuou a morar em casa da família em Nazaré da Galileia ainda por um ano, que era o tempo pedido pelos hebreus entre o período do casamento e a entrada na casa do esposo. É longa e bonita a história do santo padroeiro do bairro.
O pai de Jesus representa um dos santos mais queridos do Brasil, principalmente na região nordestina. Sua veneração surge das mais diferentes formas como novenas, missas, procissões, devoções e nomes de filhos em sua homenagem. Multidões acorrem ao santo sempre que se defrontam com as dificuldades das secas. O seu dia, no mês de março, é aguardado com ansiedade e alegria pelos agricultores, quando iniciam o plantio do milho no sertão. Seu dia é um marco que decide o estio ou as chuvas que tanto abençoam os sertanejos.
O pequeno e humilde Bairro São José, mais uma vez não deixou passar em branco os louvores ao seu grande e milagroso padroeiro. Haja foguete cortando os ares! Ele merece. Viva São José.
29 abr
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