Três pés de coqueiros lá longe. Meio caminho andado do horizonte. Um cachorro beirando a estrada, vindo. Um cavalo comendo capim, tão próximo dava pra ouvir a respiração. “-Vô, cavalo é menino ou menina?” “-Este de cá é menino. Aquele é menina.” Um homem de chapéu de palha uma corda na mão. Alto, esguio,de tudo se apossou, da estrada, da história, do cavalo que comia.
No alto do morro um castelo todo branco,abrigava sonhos. A entrada ficava do outro lado. De cá dava somente pra ver as janelinhas, que olhavam. Um caminho velho de terra, antiga chegava chorar de tristeza. Outro homem triste de longa barba e olhos de por medo, vinha. A muito tempo vinha, e ia. Já perdera a conta das vezes que vinha e ia. Uma vida inteira indo e vindo. Uma morte inteira, indo e vindo. Onde estaria Justino?
Também um dia tornara-se dono daquela estrada, sendo parte da história daquele bairro afastado. Ninguém mais entre os viventes sabia disso. Muito tempo se passara. Meu Deus, e Firmino? Onde estaria? Os novos moradores jamais buscaram conhecer o que havia ocorrido, no passado. Sabiam apenas que Firmino era pai de Maria de Lourdes, que tinha vitiligo. E esta, era mãe de André, Andreia e Melissa que não tinham a doença.
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