Blog do Clerisvaldo: Coronel, prudência e cascavéis

26 jan 2015 - 07:37


Ilustração (Foto: Google Imagens)

Ilustração (Foto: Google Imagens)

Caderno e lápis à mão tínhamos que cumprir o dever. Como entrevistar pessoas na fazenda do famoso coronel do sertão? O que dizer à porteira da fazenda do homem que metia medo até em governadores? Aquele coronel se tivesse contabilidade, já deveria ter eliminado muito mais de quinhentas pessoas. Sua fama corria mundo. Os famosos fazendeiros do gatilho entravam em declínio nos anos 60, mas o dono absoluto do alto sertão ainda espalhava medo desde aos mais frágeis das cabanas aos mais pomposos do palácio.

Baseados na fé, no trabalho decente e numa conduta responsável, todavia, tínhamos que enfrentar a fera na própria toca. Não se deve sofrer muito por antecipação e a boa conduta abre todas às portas. Em primeiro lugar não podíamos demonstrar medo; segundo, não chamar o homem de coronel, ele detestava e, nós sabíamos dessa particularidade. E em terceiro lugar comportar-se normalmente como se estivéssemos diante de pessoas comuns.

Na entrada da fazenda, por tudo que se dizia, esperávamos encontrar, no mínimo três ou quatro capangas. Não havia um sequer. Nada também de correntes e cadeados. Avançamos rumo à casa-grande num extenso império de terras na caatinga.

Confira a crônica completa no Blog do Clerisvaldo B. Chagas

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