Com a narrativa abaixo adaptada, Mardokeu me contou:
De acordo com a criatividade brasileira, aconteceu na guerra. Depois de acirrado combate, os inimigos bateram em retirada. Havia chegado a hora de livrar-se dos mortos e socorrer os feridos, situados à beira de enorme precipício. Entra em cena o médico de jaleco branco, acompanhado de um nervoso sargento da retaguarda. O médico vai examinando, superficialmente, os estendidos no campo de batalha. Seguindo seus passos inseguros, o sargento é acompanhado por duas praças, executoras fiéis às suas ordens. O doutor vai examinando os caídos e passando o “diagnóstico” para o sargento: “Está morto… Está vivo; está morto… Está vivo”.
Naquele triste momento, cada homem deitado representava apenas uma peça, nada mais. Os classificados como vivos eram separados dos outros. Os indicados como mortos, pelo competente doutor, seriam jogados do alto do abismo pela ordem do sargento e os braços dos soldados acompanhantes.
Veja a crônica completa no Blog do Clerisvaldo B. Chagas