A friezinha do mês de agosto não quer me deixar sair da cama. O quentinho do leito faz imaginar que lá fora está caindo gelo. Sertão de Alagoas. Chuva fina sem parar, noite e dia, comadre. O espanta-boiada corta os ares com o seu grito estridente, anunciador. Vai para as baixadas do relevo, às margens encharcadas do rio Ipanema. Uma força segura no lençol, outro impulso chama para o cafezinho quente, para a luz do dia.
É o mês de agosto com suas caracterizadas chuvas constantes e frio de matar lavoura. Nem sei o porquê, vem à cabeça o guerreiro, peça folclórica genuína desse território. Lembro-me de uma empregada da casa de meu pai ─ figura de guerreiro – e reforço o pensamento da moçona Expedita:
O avião
Subiu
Se alevantou
No ar
Se peneirou
Pegou fogo
E levou fim…!
Veja a crônica completa no Blog do Clerisvaldo B. Chagas