Em Santana do Ipanema, Alagoas, a primeira rua da cidade, após a formação do quadro comercial, foi apelidada: Rua do Sebo. A denominação antiga sugeria uma fábrica de sabão, cuja matéria-prima teria sido o sebo de boi que ficava exposto por ali.
Entretanto, uma expressão chula vogava na metade do século passado. Falava-se em “fazer sabão”, no sentido de xumbregar, namorar no escuro, apalpar as partes íntimas. Da mesma maneira, falava-se da “peniqueira”, também nome deseducado, de baixo calão, ao se referir à empregada doméstica. O termo vem desde os tempos de Dom João VI no Brasil. De fato, referia-se às domésticas encarregadas de levar e jogar os penicos cheios, da realeza, nos monturos. Ainda na metade do século passado, essa função amplamente existia, pois, muitas residências, nem fossas possuíam. Tudo era jogado no monturo, no amplo quintal da casa repleto de mato de todos os tipos. A peniqueira também funcionava como uma espécie de prostituta doméstica, conquistada pelos patrões, filhos dos patrões e rapazes da rua. Diferente das prostitutas, dificilmente cobrava pela safadeza.
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