O homem havia participado da Sedição do Juazeiro a favor do padre Cícero Romão Batista. Lá na região da ribeira do Capiá, alto sertão de Alagoas, contava os casos acontecidos no Juazeiro do Norte, com detalhes. Entre eles falou o seguinte:
Quando o padrinho soube que o governo ia atacar o Juazeiro, riscou no chão o lugar para se construir uma trincheira. Quando foi feita a defesa, ele disse que ao sermos atacados era para todos se defenderem sem sair do risco que ele havia feito. Os que estavam dentro do círculo estavam na “terra da mãe de Deus”, portanto, garantidos. Aconselhou a ninguém sair de dentro da sua marca. Ora, a briga começou e nós só se defendendo da tropa que queria tomar o Juazeiro e prender meu padrinho. Naqueles meios, lá vinha um cabra atacando com um chapéu de couro muito bonito, na cabeça. Aquele chapéu brilhava muito e chamou atenção de todos nós da trincheira. Na refrega, o cabra tombou assim pertinho de nós, uns dez ou 15 metros. Um sujeito que brigava do nosso lado cresceu os olhos em cima do chapéu do cabra, foi arrancar e roubar o chapéu do defunto. Esse ficou estirado lá mesmo. Quando os atacantes debandaram, meu padrinho Cicero percorreu o círculo indagando se tinha morrido alguém. Mostraram o defensor morto e contaram o caso. O padrinho Cícero falou: “Eu não avisei que não saíssem da terra da mãe de Deus?”.
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