Sobre Clerisvaldo Chagas

Romancista, historiador, poeta, cronista. Escritor Símbolo do Sertão Alagoano.


TEATROS GREGOS E SANTANENSES

24 outubro 2017


Um dos locais que abrigou um teatro em Santana (Foto: Domínio Público)

“O teatro grego nasceu de uma festa religiosa e cívica em homenagem ao seu deus Dionísio, o mais jovem deles. O ponto alto dessa festa era o concurso de teatro. As peças eram representadas ao ar livre, em um mesmo dia. Eram encenadas várias peças. Os espetáculos começavam pela manhã e reuniam milhares de pessoas. Todos eram incentivados a comparecer aos espetáculos teatrais. Os pobres podiam assistir gratuitamente. Em Atenas, todas as atividades eram interrompidas em dia de espetáculo. Os autores teatrais gregos escreveram peças que continuam sendo montadas hoje no mundo inteiro. Os gregos foram os inventores de dois gêneros teatrais consagrados: a Comédia e a Tragédia. A tragédia grega tinha como tema a mudança drástica do destino das pessoas. Já a comédia recorria aos costumes e aos políticos”.

JÚNIOR, Alfredo Boulos. História, Sociedade e Cidadania. FTD, São Paulo, 2015. Págs. 236-237.

Em Santana do Ipanema, cidade polo do sertão alagoano, tivemos três teatros em sua história. O primeiro foi fundado pelo coletor federal e maestro, Manoel Vieira de Queirós, ainda nos tempos de vila. Recebeu o nome de “Sociedade Musical Dramática Santanense” e funcionou no primeiro andar do “sobrado do meio da rua”.

O segundo teatro de Santana, no início da década de vinte, foi fundado por Valdemar Lima, José Limeira Filho e João Fialho. Funcionava no mesmo local do primeiro. O terceiro teatro da cidade foi fundado em 1952, pelo, então, universitário, Aderval Wanderley Tenório, denominado “Teatro de Amadores de Santana”.

O “quarto teatro e último de Santana do Ipanema foi fundado por Clerisvaldo Braga das Chagas e Albertina Agra com o nome de “Teatro de Amadores Augusto Almeida”. Funcionava no auditório do Ginásio Santana com a cortina vinho do terceiro teatro. O vestígio encontra-se em foto com o nome na fachada (livro: “230 Monumento Iconográfico aos 230 anos de Santana do Ipanema” que será lançado em breve); e também no gradeado – visto por quem passa e presta atenção – nas duas janelas do auditório, feito pelo marceneiro Antônio d’Arca e pintado por Clerisvaldo Braga das Chagas.

Infelizmente todos tiveram vida efêmera. Os detalhes estão no livro “O Boi, a Bota e a Batina, História Completa de Santana do Ipanema” cujo autor procura fontes alternativas para publicação do maior documentário jamais produzido no interior alagoano. (1771-2006).

Clerisvaldo B. Chagas, 24 de outubro de 2017

Crônica 1.765 – Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Comentários