Bloco de oposição reage a acusação de quebra de decoro na Câmara de Santana Polêmica teve início após vereador da situação não gostar de fala do parlamentar Marciano.

25 Maio 2019 - 02:00


Bloco de oposição deu apoio da vereador Marciano (Fotos: Lucas Malta / Alagoas na Net)

Após ser alvo de insinuações por suposta quebra de decoro parlamentar, o vereador por Santana do Ipanema, Marciano dos Santos (PPS), recebeu apoio de colegas da oposição na Câmara Municipal. O episódio aconteceu nesta sexta-feira (24), durante sessão da Casa Tácio Chagas Duarte, quando o parlamentar Moacir Júnior (MDB) pediu que a Mesa Diretora instalasse uma Comissão Interna. VEJA AQUI.

Logo após o embate na tribuna entre Júnior e Marciano, os vereadores Jacson Chagas (PSol), José Vaz (PP) e Eudes Vieira da Paixão (PSB), o “Meirica”, também usaram os microfones para abordar o assunto e corroborar o ato de Marciano. Chagas foi o primeiro e logo lembrou da Lei Delegada.

“Eu disse ano passado, que quando quiserem fechar essa Casa podem fechar, pois ela não está servindo mais pra nada. A culpa é dos vereadores que votaram numa tal de Lei Delegada, que deu ao prefeito o direito de mandar e desmandar nessa Casa”, falou.

Jacson também afirmou que a Câmara de Santana virou um “Tribunal do Júri”, onde alguns vereadores defendem o que o prefeito não faz e outros defendem o povo. Ele ainda falou da polêmica envolvendo o Código Tributário.

“Antes de abrir algum processo contra qualquer vereador por calúnia, difamação ou outro, é preciso que seja esclarecido o código tributário que foi roubado aqui nessa Casa. Isso ainda hoje está encoberto”.

Já o vereador Zé Vaz alegou que a bancada de situação são os culpados pelos casos que eles mesmos reclamam. “Quando se fala dos colegas, que eu digo que fico constrangido, é porque eles dão motivos para falar. Se aprovassem os requerimentos, nós falaríamos do prefeito, mas quem reprova os documentos são vocês, então tenho que falar de vocês”.

O parlamentar Meirica foi outro que se solidarizou com Marciano e disse que o ataque contra ele, trata-se de uma investida contra todos os vereadores que fazem oposição ao prefeito Isnaldo Bulhões (MDB). Ele aproveitou para explicar sobre a cassação de um mandato.

“Para cassar um vereador desse Legislativo temos que ter oito votos, ou seja, maioria absoluta, segundo manda o regimento. Isso jamais vai acontecer caro vereador Marciano. Mas o que está acontecendo é que querem calar a voz dos vereadores de oposição, isto sim. Vossa excelência já foi duas vezes as barras da justiça. além de outras pessoas que ousaram falar dessa gestão”, afirmou o edil do PSB.

Comissão Interna

Após as declarações polêmicas, o presidente da Câmara de Vereadores, Mário Siqueira (MDB) afirmou que na próxima semana irá marcar uma reunião para a instalação da Comissão Interna.

Por Lucas Malta / Da Redação

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