Uma onda de assaltos contra agências dos correios provocou uma mudança no atendimento aos clientes em 98 municípios de Alagoas.
Um homem, que tem medo de mostrar o rosto, é funcionário de uma agência dos Correios que foi assaltada em Alagoas.
“Só pensei que ia morrer naquele momento, principalmente no momento em que ele engatilhou o revólver e falou: vou contar até dez”, contou.
Nos primeiros seis meses deste ano, o número de roubos a agências dos correios no estado já é maior do que as ocorrências ao longo de todo o ano passado.
“Os assaltantes de bancos, quadrilhas que eram especializadas em fazer assaltos a bancos, elas hoje migram, migraram e estão realizando assaltos a agências dos Correios, notadamente em razão da facilidade que existe em roubar aqueles estabelecimentos”, afirmou o delegado da Polícia Federal Gustavo Gatto.
Por causa do número de assaltos e arrombamentos em Alagoas, o mais alto entre os estados do Nordeste, a diretoria dos correios decidiu mudar a forma de atendimento à população. Agora, só entra nas agências um cliente por vez. Os outros têm de esperar do lado de fora.
Apenas as agências da capital, Maceió, e de Arapiraca, no Agreste, continuam com o atendimento normal. Na de Joaquim Gomes, na Zona da Mata, além dos serviços postais, os 22 mil habitantes usam os correios como uma das poucas alternativas para fazer transações bancárias.
“Pra gente é muito difícil e pra eles também, porque já teve muito assalto”, disse uma mulher.
Por Fernando Moreira / Jornal Nacional