[ Arquimedes SOUZA: Santana – Garanhuns anos 1960 e Zé Clóvis de Jacaré em Recife anos 1970 ]
Nos tornamos conhecidos em SANTANA com energia ELÉTRICA nas tomadas e torneiras com ÁGUAs trazidas por canos sob a pavimentação em paralelepípedos nos anos 1960. O ESPAÇO social tecíamos entre a Pça da MATRIZ e o Cine ALVORADA, entre a Sorveteria MARINGÁ e a barbearia na esquina do Beco de São Sebastião, entre o Tênis Clube e a Sede dos Artistas, entre o PINGUIM e o senadinho de N S ASSUNÇÃO na Praça do Monumento.
ARQUIMEDES estudava em Garanhuns no Colégio XV de Novembro, estávamos em Santana nas férias de julho e de fim de ano. Havia uma linha de ônibus diário entre Santana e Garanhuns saindo de manhã cedo e retornando à tarde via Poço das Trincheiras e Águas Belas, Iati e Saloá. Depois Arquimedes mudou-se pra Recife com Dona Olívia e Edna, mãe e irmã morando no Jardim São Paulo. Nas idas ao centro sempre visitávamos os irmãos Aleixo Nivaldo e Ageu, bons de prosa e de viola.
Uma de nossas referências era Zé Clóvis de Jacaré dos Homens. Zé Clóvis, concluinte de Administração de Empresas apresentou Arquimedes ao escritório da fábrica de cigarros Sousa Cruz, seu primeiro emprego na capital esbanjando talento e conquistava promoções, ascendendo leve e elegantemente qual as baforadas pós-tragadas do hábito chique à época, inacessível a mim desajeitado nato.
[ ENGENHEIRANDO mais Lira na POLI passou à Koblitz Engenharia em Recife anos 1980 ]
Aprovado no vestibular da Escola POLITÉCNICA de Pernambuco em 1973, ARQUIMEDES foi mui além dos livros enquanto estudante de engenharia. O MENININHO de Dona Olívia, íntimo da mecânica e da elétrica de carros usados comercializados por Seu Arquimedes, o pai.
E assim começou a trabalhar na Rua IMPERIAL com Lira, colega engenheirando e empresário no ramo de quadros elétricos de comando. Formado, passou a trabalhar na conceituada empresa KOBLITZ Engenharia em Recife.
Em Santana e em Garanhuns, Arquimedes sempre superava as broncas dos carros e utilitários anos 1940 e 1950, importados. Nos anos 1960 o Brasil já montava veículos obsoletos na Europa e nos Estados Unidos, carros de passeio e fora de estrada jipes com tração 4 x 4, caminhonetas e chassis para caminhões e ônibus de carrocerias com tecnologia nacional.
[ De férias em Santana nos anos 1990 é indicado por Dr Airles e vai trabalhar em Maceió e na Zona da Mata ]
Com Dona Marlene tem um casal de filhos em Recife, Guilherme é engenheiro como ele, Arquimedes. De férias em Santana, é indicado pelo Dr Airles, engenheiro e empresário no ramo da Engenharia Elétrica de Potência, passa a trabalhar na Zona da Mata de Alagoas e na capital Maceió.
Nos encontramos em Maceió nos anos 1990 com o filho mais novo garotinho à época que hoje e sempre terá bons motivos para orgulhar-se do pai e do avô, Seu Arquimedes.
Ultimamente Arquimedes aparecia poucas vezes a Santana, eu sempre torcendo para que o ACASO conspirasse a favor do Bloco Carnavelesco BACURAU da Rua NOVA, uma tradição icomensurável e portanto inenarrável. Uma tradição da Rua NOVA, de João Neto Chagas e Zé Ormindo, dos irmãos Aleixo e Carvalho, de Lobinho e João Neto Soares. De todos nós!
IMAGEM: montagem com CAPA d’A Coruja e o BACURAU, LP de CLEMILDA disponível em http://forroalagoano.com/clemilda-a-coruja-e-o-bacurau/
por João Tertuliano ABRIL/ 2013