Proprietários de postos de combustíveis de Arapiraca, município do Agreste de Alagoas, comprometeram-se em estudar suas planilhas de custo para conseguir reduzir o preço da gasolina, do álcool e dos seus derivados.
A medida foi decidida após uma reunião ocorrida nesta segunda-feira (22) entre os empresários, membros do Ministério Público de Alagoas (MP-AL) e o Procon. O encontro, segundo o MP, foi motivado após denúncia de que estaria havendo cartel na cidade.
De acordo com o promotor de justiça Alberto Tenório foi constatado que, existem valores semelhantes bem elevados sendo cobrados pelas empresas, o que pode levar à dedução de que existe cartel sendo praticado.
“Depois, a gente comprovou que, aqui em Arapiraca, os preços são bem maiores que na capital Maceió, por exemplo. E esse aumento, a princípio, não teria uma justa causa”, explicou o promotor.
Tenório continua: “decidimos reunir todas as partes envolvidas e tentar encontrar uma solução para o problema. Por sorte, chegamos ao consenso de que eles vão estudar suas planilhas a fim de conseguirem reduzir o preço final repassado ao cliente”.
De acordo com o MP-AL, a medida não tem o objetivo de impedir a lei da livre concorrência, que rege o mercado privado. Para o órgão, a apuração está ocorrendo para que se explique o porquê de valores tão diferentes sendo cobrados entre capital e interior.
“Apenas para citar um exemplo, há uma rede de postos em Arapiraca que possui um empreendimento do mesmo ramo na Barra de São Miguel. E, enquanto aqui na cidade é cobrado o preço de R$ 4,75 no litro da gasolina, lá, no litoral sul, o valor na bomba é de R$ 4,35. São R$ 0,40 centavos de diferença e, apesar de parecer pouco, isso faz uma grande diferença na conta quando se enche o tanque”, esclareceu Alberto Tenório.
O procurador de justiça Valter Acioly também participou do encontro. “Buscamos um denominador comum, de modo que nenhuma parte fosse prejudicada. Só não poderíamos fechar os olhos para a denúncia. A notícia de fato foi instaurada e estamos adotando as medidas necessárias para esclarecer à população sobre o que está acontecendo em Arapiraca”, disse ele.
Da Redação com Assessoria MP-AL