Após recesso, vereadores de situação medem força com oposição em Santana

06 ago 2018 - 20:53


Além dos discursos, votações agora devem ser disputadas (Foto: Lucas Malta / Alagoas na Net)

A Câmara de Vereadores de Santana do Ipanema voltou do recesso e na última sexta-feira (6) realizou a primeira sessão ordinária do segundo semestre. Como já era previsto, desde o inicio de 2018 as divergências entre parlamentares de situação e oposição foram o tom principal dos trabalhos.

A bancada de apoio ao prefeito Isnaldo Bulhões (MDB) decidiu reagir diferente “às bordoadas” que vinha levando da oposição. Se no primeiro semestre a palavra de ordem era o silêncio e a ausência, agora a estratégia virou barrar tudo que for iniciativa através das votações, já que a situação tem maioria.

Para isso, o bloco do prefeito rejeitou sete indicações, seis delas propostas pelo vereador Marciano dos Santos (PPS) e uma por Jacson Chagas (PSol). Ambos cobravam da Prefeitura a manutenção de serviços públicos, como limpeza de fossa, recuperação de calçamentos, entre outros.

Normalmente esses documentos passavam sem dificuldades, já que não exigem ação obrigatória do município. Na prática é um mero “pedido de atenção” para os problemas apresentados. Contudo, apesar de não falar abertamente, o clima da maioria é não deixar passar nada que seja do “lado de lá”.

A votação contou com seis votos, pois o vereador Mário Siqueira têm usado sua posição de presidente para não se manifestar. Na tribuna, somente a vereadora Josefa Eliana, a Fofa (PSL) justificou seu o voto. Ela alegou que os pedidos já são problemas antigos e de conhecimento da Prefeitura.

Do lado de lá

A resposta não agradou nenhum pouco os edis que colocaram os pedidos. O vereador Marciano classificou as rejeições das indicações como uma perseguição e disse que os colegas divergentes estão indo contra o próprio bem-estar da população santanense.

“Tenho orgulho de ser minoria nesta casa e fazer o que é meu dever. Contudo, fico triste em ver uma maioria de vereadores que ao invés de servirem a população se tornam empregados de uma gestão que não possui nenhum compromisso com o nosso município”.

O vereador Jacson também se mostrou surpreso com a atitude dos colegas, já que independente das divergências, sempre houve harmonia entre as bancadas. “Ao termino da sessão até pedi uma reunião com os 11 vereadores para debater isso. Acho que temos que separar algumas coisas e priorizar a população”, ressaltou o edil.

Ranço veio dos caixões

O clima entre os vereadores de situação e oposição já vinha instável há vários meses, mas segundo o que circula nos bastidores da Casa Tácio Chagas Duarte, o episódio envolvendo os caixões que foram colocados na Câmara, na época do protesto dos servidores públicos no primeiro semestre, ainda não foi digerido pelos parlamentares da situação, e nem pelo prefeito.

A prova do descontentamento do bloco foi visto na manifestação do vereador Roberto Oliveira (PV), que na ultima sessão do primeiro semestre soltou o verbo e disse que a oposição não teriam “os votos dos mortos”. RELEMBRE AQUI.

Por Lucas Malta / Da Redação

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