Dois dias depois de visitar escolas para fiscalizar a entrega regular da merenda, o vereador Jacson Chagas (PSol) foi a tribuna da Casa Tácio Chagas Duarte para falar que percebeu resistência de alguns diretores durante a ação parlamentar.
“Infelizmente Santana não tem cultura a que o vereador tem o direito e a obrigação de fiscalização e por isso percebi uma certa rejeição, de pouquíssimos diretores, na hora de entrar nas escolas”, disse o político santanense.
Chagas afirmou ter explicado seu papel e alegou que os diretores não podem “tapar o sol com a peneira, por mais que batam palmas para essa gestão”. O parlamentar também criticou duramente o prefeito e a secretária de educação.
“Como é que uma secretária de educação deixa faltar merenda escolar e deixar as criancinhas de 4 e 5 anos comer cuscuz seco? Cadê o frango da agricultura familiar? Cadê o leite? Cadê o ovo? É pra o vereador ficar calado?”, declarou.
Quando falava do assunto, Jacson foi aparteado por dois colegas. O vereador Eudes Vieira da Paixão, o Meirica (PSB), lembrou que os gestores escolares podem ser punidos por impedir a ação parlamentar.
“Esses diretores que não deixaram vossa excelência fiscalizar, eles estão errados. Vossa excelência pode fazer uma representação e eles podem perder até o cargo, para que foram eleitos”, disse Meirica.
José Vaz foi outro que usou parte do discurso, relembrando fala do presidente do Conselho da Merenda, Hevson Alécio. “Vou ler aqui o que ele disse: a culpa é dos diretores e merendeiras, que deixam as merendas estragar”, afirmou.
Jacson terminou recordando que os diretores foram eleitos democraticamente para defenderem a escola e não um prefeito ou a secretária. “Eu prefiro 6 mil alunos comendo, do que dois ou três diretores com raiva de mim”, falou.
Por Lucas Malta / Da Redação