Alerta para os riscos da gravidez na adolescência e orienta sobre métodos contraceptivos Gestação na adolescência é uma condição que pode trazer risco de óbito materno e infantil, além de comprometer o desenvolvimento do bebê

Ruana Padilha / Ascom Sesau

07 fev 2024 - 12:30


Maioria dos casos de gravidez é indesejada ocorre por falta de informação e de apoio. (Foto: Carla Cleto / Ascom Sesau)

Tratar a gravidez na adolescência sob uma perspectiva preventiva e de atenção integral é um dos focos da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). Com isso, a pasta orienta a população dos 102 municípios sobre os riscos da gravidez na adolescência e sobre os métodos contraceptivos disponibilizados no Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a gestação na adolescência é uma condição que eleva as chances de complicações para a mãe, para o feto e para o recém-nascido, além da possibilidade de agravamento de problemas socioeconômicos já existentes. Para a adolescente gestante, por exemplo, existe maior risco de mortalidade materna. Já para o recém-nascido, o risco aumenta para anomalias graves, problemas congênitos ou traumatismos durante o parto.

Segundo a supervisora de Saúde da Mulher, Criança e Adolescente da Sesau, Caroline Leite, a maioria dos casos na gravidez é indesejada, e isso ocorre por falta de informação e falta de apoio das redes familiares e comunitárias. “Independentemente de ser planejada ou não, a gravidez precoce aumenta o risco de óbito materno e infantil, bem como o risco de parto prematuro, anemia, aborto espontâneo, eclampsia e depressão pós-parto”, explica, ao ressaltar que, no caso de gravidez na adolescência, o pré-natal é fundamental.

Carolina Leite ressalta ainda a importância da conscientização dos jovens por meio da educação sexual integral. “É necessário que os serviços estejam preparados para falar sobre o assunto. Por isso, por meio do PSE [Programa Saúde na Escola], sempre com o apoio logístico da Sesau, o Estado promove, nos 102 municípios alagoanos, ações educativas que giram em torno da prevenção da gravidez na adolescência e da discussão sobre o desenvolvimento afetivo enquanto aspecto inerente ao desenvolvimento da sexualidade”, enfatizou.

Métodos Contraceptivos

A camisinha é um dos métodos mais eficazes de impedir uma gestação não programada, além de prevenir as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Em todo o Estado, a população pode retirar os preservativos, de forma gratuita, em qualquer Unidade Básica de Saúde (UBS), gerenciadas pelas Secretarias Municipais de Saúde (SMSs).

Outro método contraceptivo disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é o Dispositivo Intrauterino, conhecido como DIU, que é disponibilizado em alguns municípios e, por meio do Estado, no Ambulatório do Hospital da Mulher (HM), localizado no bairro Poço, em Maceió. Para ter acesso aos serviços, basta o paciente ir até uma UBS, onde o médico verá a necessidade de um serviço especializado para fazer o encaminhamento pelo Sistema Nacional de Regulação (SisReg), justificando a necessidade do atendimento.

Ainda no combate às ISTs, para prevenir o Papilomavírus Humano (HPV), vírus responsável por desencadear cânceres de colo do útero, vagina, ânus, vulva, além de verrugas genitais, a Sesau, por meio das Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos 102 municípios, disponibiliza ainda a vacina contra o HPV. O imunizante é destinado a crianças e adolescentes de ambos os sexos, com idade entre 9 e 14 anos.

O secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, ressalta que o Estado segue firme nas ações de prevenção da gravidez precoce, por meio da garantia do acesso aos métodos contraceptivos. “É nossa obrigação garantir a oferta de métodos contraceptivos para enfrentar a gravidez na adolescência. Contudo, essa ação isolada não se reverte na melhor evidência para prevenção desse agravo em adolescentes”, enfatizou.

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