Alagoas tem pior atuação em 3 áreas avaliadas pelo Pisa

03 dez 2013 - 19:47


Estudantes do estado ficaram em último lugar do Brasil em matemática, com 342 pontos, leitura (355) e ciências (346), alcançando uma média de 347,7637

size_590_Alunos_em_sala_de_aula_de_escola_pública_de_RoraimaEstado com o maior porcentual de analfabetismo do País, com 21,8%, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2012, Alagoas amarga mais um índice negativo, desta vez com o pior desempenho brasileiro nas três áreas avaliadas pelo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês).

De acordo com os dados divulgados nesta terça-feira, 3, os estudantes alagoanos de 15 anos ficaram em último lugar do Brasil em matemática, com 342 pontos, leitura (355) e ciências (346), alcançando uma média de 347,7637. Espírito Santo, que encabeça a lista brasileira, teve 423,248 pontos de média.

Nesta terça-feira, a gerente de Ensino Fundamental da Secretaria de Estado da Educação de Alagoas (SEE), Ana Márcia Cardoso Ferraz, justificou o desempenho negativo dos alunos alagoanos com o que ela chama de “distorção de escolaridade” – formada por estudantes de 15 anos que deveriam estar no 9º ano do ensino fundamental, mas estão, geralmente, no 6º.

Segundo com números do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do Ministério da Educação (MEC), dos 88,2 mil alunos matriculados no ensino fundamental da rede pública, metade está nessa chamada distorção. “São alunos que estão em média com dois anos de atraso”, revela.

Exemplo do que Ana Márcia fala, o estudante S.O.M.S., de 16 anos, já deveria ter concluído o ensino médio, não fosse os seis anos repetindo séries. Atualmente no sexto ano, S.O.M.S. reconhece que por muito tempo não se interessava pelos estudos, o que fez ser expulso do antigo colégio. Arrependido, tenta se esforçar para concluir os estudos e servir às Forças Armadas, sonho dele. Para isso, promete não brigar mais com alunos nem bater na diretora, razão da última expulsão.

Exame.com

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