Apesar dos primeiros levantamentos, mais informações devem ser apuradas pela equipe da Polícia Civil de Olho d’Água das Flores durante o inquérito
Foto: Gutember Lima / Alagoas na Net
Começou nesta quarta-feira (4), a coleta de depoimentos à equipe da 2ª Delegacia de Polícia de Olho d’Água das Flores sobre os motivos que provocaram um acidente ocorrido no último dia 27 de novembro, num trecho da AL 130, onde acabou motivando fatalmente uma criança de quatro meses, além de deixar mais de quatorze pessoas feridas.
Pelo menos quatro pessoas foram ouvidas na manhã de hoje (4), entre elas os dois motoristas dos veículos envolvidos, além de duas pessoas que estavam dentro da caminhonete que transportava outras pessoas.
De acordo com informações da PC, José Carlos Oliveira da Silva, de 38 anos, se identificou como transportador de passageiros, filiado à Associação dos Transportadores de Palestina – motorista da caminhonete Chevrolet D10.
Já Cristiano Nunes Silva, 31, era o condutor do caminhão Mercedes Benz, que é de propriedade de uma empresa de venda de material de construções em Olho d’Água das Flores. Ambos prestaram suas versões sobre o caso e em alguns pontos divergiram sobre a tese do acidente.
O Alagoas na Net esteve em contato com os advogados dos motoristas que reforçaram as versões apresentadas.
O advogado Iran Nunes, representante do condutor da caminhonete D10, disse que seu cliente alega em depoimento que não teve como evitar o acidente. “José Carlos disse que momentos antes do choque estava passando pela entrada da cidade de Olivença e que estaria numa velocidade baixa, quase parando, na espera de pegar algum passageiro”, informou o advogado.
A advogado informou ainda que, “neste momento, o motorista disse que estaria descendo uma ladeira e que somente chegou a ver o caminhão se aproximando, mas que não teve reação e só sentiu o choque na traseira do seu carro, fazendo com que o mesmo perdesse o controle do veículo”.
Uma testemunha, que estava na caminhonete, junto com outros passageiros teria dado a mesma versão e confirmou que o caminhão se chocou na traseira do veículo, motivando assim o acidente.
Entretanto, Cristiano Nunes, o motorista do caminhão afirmou em depoimento que teria tentando uma ultrapassagem sobre a caminhonete, após perceber a diminuição brusca da mesma, mas, devido à rapidez da ação a frente do caminhão acabou se chocando com a parte traseira da caminhonete.
Por telefone, o advogado Oscar Tenório Novais, representante do motorista do caminhão, também alegou que, durante o depoimento o seu cliente confessou que o choque aconteceu por um descuido do motorista da caminhonete, já que a freada repentina o surpreendeu.
“No próprio depoimento meu cliente cita que, após o choque, os dois motoristas teriam se encontrado na rodovia e que o condutor da caminhonete D10 teria reconhecido o erro, cometido na estrada”, revelou o advogado.
Neste último ponto, há uma discordância de ambos, já que o advogado do motorista da D10, nega tal versão, e que ele, no próprio depoimento alega nem ter visto o motorista do caminhão após o acidente.
Conclusão do inquérito
Nossa reportagem esteve em contato com agentes civis de Olho d’Água das Flores, e, segundo informações repassadas, mais alguns depoimentos serão colhidos para a conclusão desta parte do inquérito.
“Mesmo após os depoimentos deveremos confrontar as informações e confirmar todos os dados repassados, a fim de que possamos ter um melhor entendimento do que de fato aconteceu no local”, relatou o escrivão Edilson.
O agente também confirmou que o prazo para o inquérito é de trinta dias, mas acredita que antes do prazo legal a polícia deverá concluir o caso.
Da Redação