O Núcleo de Educação Permanente (NEP) Central Maceió do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) promoveu a primeira edição do Curso de Emergências Aquáticas. A ação, que ocorreu na Associação dos Deficientes Físicos de Alagoas (Adefal), na capital alagoana, foi voltada para acadêmicos do Projeto Samu nas Escolas, além de fisioterapeutas, educadores escolares, técnicos de enfermagem e enfermeiros que atuam no órgão.
O curso teve o objetivo de instruir os acadêmicos e profissionais sobre a prevenção de afogamento com crianças, adolescentes e adultos. Com isso, a partir de agora, as informações recebidas serão repassadas para os alunos do Projeto Samu nas Escolas.
Durante o treinamento foram repassados informações sobre definição de afogamento, tipos de prevenção e equipamentos seguros. Os profissionais capacitados também aprenderam a como detectar possíveis afogamentos em crianças, adolescentes, adultos e idosos, principalmente, em locais como piscinas de casa e de clubes, em praias, rios e açudes.
“O maior desafio é conscientizar a pessoa do perigo que está correndo num determinado local”, destacou o enfermeiro e instrutor do NEP do Samu Maceió, Heubert Guimarães. De acordo com ele, “em apenas um minuto é possível uma pessoa perder o equilíbrio e se afogar, por isso a importância de se conhecer as formas seguras de se divertir em praias, piscina e rio, com segurança, evitando um possível acidente”, ressaltou.
Ainda segundo Heubert Guimarães, caso alguém esteja se afogando é preciso muito cuidado para não ser uma segunda vítima, por isso, ao detectar um afogamento a pessoa deve oferecer mecanismos em que a situação seja solucionada, como por exemplo, fornecer algum equipamento, que pode ser uma corda, uma boia, um ‘macarrão’ próprio de piscina, uma tampa de caixa de isopor, enfim algo que a pessoa possa segurar e puder flutuar. “Mas, qualquer tipo de afogamento é preciso ligar imediatamente para o Corpo de Bombeiro para receber o socorro mais adequado”, alertou.
O enfermeiro orientou também que alguns equipamentos não são adequados para uso em piscinas e praias. “Boia inflada não é segura, enquanto que o colete, homologado e autorizado pela Marinha é o mais seguro, tanto para crianças, como para adolescentes e também para adultos”, informou.
O profissional destacou que existe um protocolo que é útil na hora de se fazer um atendimento. “Primeiro é adotar medidas de prevenção. Ao reconhecer o afogamento, peça para alguém próximo ligar para o 193 e forneça algum equipamento para flutuação, que evite a submersão da pessoa. Na sequência, remova a pessoa da água, se for seguro, sem riscos de ser uma segunda vítima e por último encaminhar a pessoa para o hospital, se necessário”, destacou.
Prevenir acidentes, qualquer tipo que seja a modalidade, é bem-vindo, por isso a importância do Núcleo de Educação Permanente em disseminar cursos de prevenção de acidentes e com isso ajudar a salvar mais vidas, destacou o coordenador da Central do Samu Maceió, médico Jhonat Silva.
Para a acadêmica de medicina, Ana Klívia Vasconcelos Lacerda, do 8º período, salientou que a capacitação aquática oferecida pelo Samu foi extremamente importante. “O treinamento foi de suma importância para identificarmos e sabermos reconhecer tanto as vítimas como as possíveis vítimas, e, assim, saber o que fazer, como também o que não fazer”, destacou.