Vereador Marciano dos Santos (Foto: Lucas Malta / Alagoas na Net)
As polêmicas da Câmara de Vereadores de Santana do Ipanema não param. Se você perdeu algum episódio, sugiro rever “Vereadores trocam sessão por inauguração e são criticados por colegas” e “Ex-vereadora alfineta edis de oposição: “Vão para o mutirão de catarata”.
Além dessas troca de farpas, mais um episódio singular ocorreu na sessão da última sexta-feira (26). Quem protagonizou a cena desta vez foi o vereador Marciano do Santos (PPS). Ele usou a tribuna para falar sobre uma ação judicial de danos morais movida pelo prefeito Isnaldo Bulhões (MDB).
O parlamentar leu a frase dita por ele e que é usada como acusação no processo movido pelo gestor. Para Marciano, se o prefeito se sentiu denegrido com essa fala, ele deveria provar que não falsificou o Código Tributário.
“Se o prefeito disse que eu estou denegrindo a imagem dele, que vá ao Ministério Público e diga quem fraudou o Código Tributário. Diga que fui eu quem fraudei. Vá se defender. Agora, perseguindo um vereador que quer trabalhar?”, disse o edil.
Marciano ainda ironizou a situação e alegou que, se está desmoralizando o prefeito é porque tem trabalhado. “Santana do Ipanema toda está sabendo que eu estou fazendo isso. Eu estou desmoralizando o prefeito, mas de outra forma. Com forma de trabalho, com honestidade.”
“Eu estou desmoralizando o prefeito porque ele não vai ter o poder em cima desse vereador matuto. Eu quero dizer ao prefeito que eu pago R$ 15 mil a você [valor da ação judicial], mas não recebo quinze pra ficar calado”, continuou na tribuna.
Parlamentar de primeiro mandato, Marciano dos Santos respondeu ainda que vai concluir seu mandato e que nenhum prefeito vai mandar nele. “O mandato quem me deu foi a população e eu devo satisfação aos santanenses. Não devo satisfação a prefeito”.
“A preocupação dele é que não está podendo me manipular. Ele quer calar a minha boca. Eu repito: Eu pago R$ 15 mil a você, mas não recebo 15 do senhor. Não quero estar nessa casa para dizerem que tenho 20 empregos”, esbravejou.
Por Lucas Malta / Da Redação