Sobre Diógenes Pereira

Diógenes Rodrigues Pereira é Psicólogo Clínico, Terapeuta Cognitivo Comportamental, Especialista em Avaliação Psicológica, Palestrante, Consultor Pessoal e Organizacional. Formado pelo Centro Universitário Cesmac (Maceió).


A mídia destrói a autoestima

13 fevereiro 2024


Layers / Pixabay

Muitos dos seres humanos não confiam em seu potencial.

Você já se perguntou por que você se compara às outras pessoas e pensa que é inferior a elas? Já percebeu que esse modo de pensar prejudicada suas relações.

Para entender o que causa tudo isso é preciso compreender o que é autoestima. O prefixo "auto", de origem grega, autós, que quer dizer "a si mesmo". A palavra “estima” vem do latim, aestimar, cujo significado é "apreciar, valorizar". Então de forma bem direta entenda que, AUTOESTIMA “é um conjunto de sentimentos e pensamentos do indivíduo sobre seu próprio valor, competência, beleza, características que se reflete em uma atitude positiva ou negativa com relação a si
mesmo”.

A autoestima está conectada com a matriz das suas vivências, ou seja, suas crenças. Na maioria das vezes essas crenças (verdade pessoal) são desenvolvidas pelo que o indivíduo ouve quando criança e adolescente: (você não faz nada direito, você é inútil, você é feia, ninguém vai te querer assim, você não vai chegar a lugar nenhum e etc.). As críticas e ofensas depreciativas sobre suas atitudes, características físicas, de sexualidade, de preferências e etc., vão moldando sua autoestima de forma negativa.

Se ao longo da infância o indivíduo ouve frases de encorajamento, motivação e elogio, é comum que essa pessoa desenvolva uma autoestima positiva.

E como a mídia e as redes sociais prejudicam e fator autoestima? Atualmente quase que 100% dos adultos e adolescentes acessam mídias
tecnológicas e também redes sociais.

Através desse universo tecnológico, existem diversos produtos e serviços, abordando o segmento de beleza e principalmente feminino.

Na rede social é propagado uma ilusão de vida e corpo perfeito e felicidade forçada. Diante do filtro do instagram não existe ninguém desarrumado e nem com dificuldade.

A cultura estética e midiática é muito cruel, principalmente com a mulher. A mulher é criticada quando tem cabelos brancos, rugas, flacidez no bumbum, quando fica fora da moda, quando falha, quando decide deixar a vida profissional para ser mãe e etc. Nesse universo comercial ninguém respeita fisiologia humana, na maioria das vezes o que prevalece é a aparência.

A autoestima é impactada diretamente pela rede social, essa mulher se compara e sente-se feia, defeituosa, incapaz, infeliz, gerando assim prejuízos na vida pessoal, social e profissional.

É comum a pessoa com autoestima baixa ser introspectiva, sem confiança no potencial, acha que não vai agradar, acha que nunca vai fazer o parceiro(a) feliz, desiste fácil, desânimo, carencia afetiva, crises ansiosas, crises depressivas, autolesão e até tentativas de suicídio.

Apesar de nós humanos carregarmos uma necessidade de aprovação e afirmação do outro, é possível equilibrar as emoções para não viver refém do elogio do outro.

Entenda que quanto mais você se guia pela imposição da mídia, mais entra em um mundo ilusório e irreal.

É comum nós humanos buscarmos algumas mudanças físicas, cabelo, unhas, cirurgias, dentes, mas é preciso ter cautela sobre essa insatisfação pessoal, aprenda a se amar, a valorizar sua autenticidade, não se culpe com as mudanças naturais da vida, as características corporais externas mudam com a idade.

Lembre-se! Dentro do contexto humano PERFEIÇÃO só existe no dicionário.

Se sua autoestima é baixa procure um profissional de psicologia para ele te ensinar a mudar a forma de pensar e evoluir nas atitudes.

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