A contagem regressiva já começou. Até o final deste mês de setembro, ou mais precisamente, até o dia 1º de outubro os interessados em ingressar com uma candidatura para a eleição municipal de 2016 estão correndo contra o tempo para ‘se encaixar’ no partido certo. Seja para o cargo de prefeito ou para vereador a legislação eleitoral atual, prevê ao postulante ter que estar regularizado em uma sigla há pelo menos um ano antes do pleito a qual quer disputar.
Na cidade de Santana do Ipanema, região do Sertão de Alagoas, não tem sido pouca as reuniões para debater o assunto, mais especialmente para aqueles que pretendem conquistar uma vaga na Câmara Legislativa. Para exemplificar o que falamos, um grupo de pretensos candidatos ao cargo já deu o ponta pé inicial e decidiu não esperar os candidatos à prefeito decidirem por eles.
Autointitulado de chapa independente, esses pré-candidatos dialogam entre si sobre como integrar uma melhor chapa, para que assim tenham chances reais de concorrer a uma vaga na Casa Tácio Chagas Duarte. O motivo é até plausível, pois segundo argumenta a maioria deles, em eleições passadas muitos acabavam sendo obrigados a participar de uma chapa, na qual serviam apenas para angariar mais votos para outros.
A prática acabou rotulando muitos deles de ‘burcha de canhão’, pois apenas serviriam de somatória para candidatos de maior potencial de votos. “O que estamos fazendo agora é antecipar a conversa, ao invés de esperar qualquer que seja o candidato nos impor ter que ficar aqui ou ali”, comentou um dos integrantes dessa chapa independente, mas que pediu anonimato.
Apesar da movimentação ser legítima, desde que decidiram se mobilizar em torno das causas próprias, estes políticos acabaram por atrair os olhares, não muito amigáveis, dos seus futuros adversários, em especial dos próprios vereadores de mandato. Em conversa com um aliado de um vereador santanense, ele confessou que alguns parlamentares já estão pressionando o prefeito Mário Silva, para tentar desfazer esse ‘movimento independente’. “Eu não sei até onde isso vai durar, mas se o Mário não fizer nada, muitos dos candidatos que dizem o seguir, podem não ser tão fieis como ele pensa”, confidenciou o aliado.
Até onde apurou nossa reportagem, o mandatário da cadeira Executiva de Santana também não está tão feliz com esses independentes. Algumas reuniões já foram marcadas e devem percorrer durante todo o mês para que um acordo seja o caminho certo a resolver esse impasse, tanto para aqueles que querem uma vaga, quanto para os detentores de mandato. Há quem diga que a oferta de benesses e favores pessoais devam cessar essa revolução, mas o certo é que somente o tempo deve mostrar o resultado dessa manifestação e de seus protagonistas.
Por Lucas Malta / Da redação