Em Alagoas, CNJ mostra que cadeias são caras e não recuperam presos

18 ago 2015 - 10:30


Foto: Epitácio Pessoa / Agência Estado

Foto: Epitácio Pessoa / Agência Estado

Números do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), divulgados nesta segunda-feira (18) em Alagoas, mostram como o sistema carcerário brasileiro não funciona: são 600 mil presos, ao custo médio de R$ 3 mil por mês (cada um), gastando R$ 1,8 bilhão (mês). Presos convivendo em situação desumana ou degradante- e com poucas chances de recuperação.

Na segunda-feira (17), o auxiliar da presidência do CNJ, Luis Geraldo Lanfredi, esteve em Alagoas, na sede do Tribunal de Justiça. Fez o diagnóstico ao presidente, Washington Luiz Damasceno Freitas, e aos magistrados:

– O Brasil é o quarto país no mundo que mais prende pessoas;

– Prende-se mais hoje que na Ditadura Militar;

– Alagoas tem 42% dos seus presos provisórios (mesma média nacional);

– Por dia, são registrados entre 10 e 12 flagrantes em Maceió que terminam em prisão.

A proposta do CNJ é a implantação do projeto Audiência de Custódia. A ideia é decidir em até 24 horas a situação deste preso, com um juiz plantonista.

O TJ pediu a ajuda do governador Renan Filho (PMDB).

Por Odilon Rios / Repórter Alagoas

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