A Universidade Federal de Alagoas (UFAL) completa nesta quarta-feira (05) 5 anos de atividades em Santana do Ipanema, a partir de sua unidade educacional vinculada ao Campus Sertão. Ainda com muito por vir, com um prédio próprio tendo obras em fase inicial, 5 anos é tempo suficiente para pessoas de diferentes origens e histórias se encontrarem no dia a dia, sejam professores, técnicos, estudantes ou trabalhadores terceirizados.
Por conta disso, resolvemos pedir para que algumas pessoas relatassem a sua experiência na UFAL em Santana, a importância da entrada na universidade, os problemas enfrentados e as expectativas de futuro. Entendemos que quem constrói esta história é que deve comentar sobre.
Neste texto, trazemos o relato de André Ribeiro, mais conhecido como “Paraná”, seu Estado de origem. André é estudante de Ciências Contábeis desde o segundo semestre do ano passado. Dos 365 estudantes matriculados na unidade, ele é um dos que mais conhece a história da UFAL na cidade pois a acompanha enquanto segurança, a partir da empresa terceirizada contratada pela universidade, desde o início.
Paraná não é caso único, pois outra servidora terceirizada também é estudante da unidade, convivendo com uma rotina de trabalho e estudo mesclada com o contato com os professores. Ele destaca no relato a seguir a qualidade do corpo técnico e docente, lembrando que os dois cursos, Contábeis e Economia, foram avaliados com nota 4, numa escala de 0 a 5, pelo Ministério da Educação em avaliações realizadas no ano passado.
Relato
“Bom, estou aqui desde o começo e vivi tudo o que a UFAL Santana viveu até hoje. Passamos por muitas dificuldades, falta de apoio por estar aqui no Sertão e não ter um grande destaque como as outras unidades. Sempre tendo certas dificuldades por estar em prédios dos outros, engolindo muitas coisas e não podendo rebater.
Mas as equipes que já foram formadas para coordenar a UFAL Santana desde o começo sempre foram batalhadoras e nunca desistiram do sonho de crescimento de conhecimento aqui em Santana!
As dificuldades nunca serviram de motivo para que desistíssemos dela, pois sempre vejo que todos que passaram por aqui até hoje nunca perdem a fé de dar sempre o melhor. Querendo ou não, está aí o resultado, de sermos avaliados bem, com média 4.
Nesse convívio que fui tendo com os professores e diretores é que fui me interessando pela universidade, até que consegui entrar. Meu interesse foi porque via o que rolava sobre projetos, chances de crescimento de sabedoria. Até que hoje convivo com esses dois lados da UFAL, como aluno e como trabalhador.
Hoje já vejo a UFAL como uma potência nesta região, pois percebo que quem olhava a UFAL como uma faculdade qualquer, agora vê suas qualidades e o tanto que ela melhorou com o passar dos anos. Dentre outras coisas, hoje vemos o nome de nossos professores em jornais e em rádios passando conhecimento para demais pessoas, levando projetos para fora do Estado e até do país, comprovando que são bem qualificados. Não esquecendo que temos uma biblioteca de alto nível.
No começo não imaginava chegar onde estamos chegando. O prédio sendo construído, coisa que cansei de ver servidores dizendo que aqui iria fechar e iríamos para Delmiro, que nunca esse prédio seria construído.
A expectativa de futuro é a melhor possível, mesmo passando por esse momento de turbulência com a greve, pois sei que vai nos atrapalhar nos dias letivos, mas sei também que ela greve para garantir melhores condições de trabalho e estudo. Além de ter a certeza que temos grandes profissionais e que a formação será a melhor possível.
Hoje somos fortes e estamos crescendo cada dia mais. A UFAL está de parabéns pela força que ela vem mostrando aqui em Santana!”.
Por Anderson Santos/UFAL Santana do Ipanema