Professores da Ufal de Santana do Ipanema lançam carta aberta para explicar adesão à greve

25 jun 2015 - 04:00


Os professores explicam que três pontos principais foram levados em conta, principalmente para o caso da unidade no Sertão.

Unidade de Santana (Foto: Assessoria)

Unidade de Santana (Foto: Assessoria)

O corpo docente que atua na Universidade Federal de Alagoas (Ufal) – Unidade Santana do Ipanema emitiu uma carta aberta à população, nesta semana, na qual explica sua pauta de reivindicações, bem como os motivos que levaram a adesão à paralisação, que aconteceu desde o dia 28 de maio deste ano. A manifestação deles se alinhou a posição da Greve Nacional, deflagrada por outros servidores federais espalhados pelo país.

Os professores disseram que três pontos principais foram levados em conta, principalmente para o caso da unidade no Sertão: a questão salarial, a reestruturação da carreira, além de melhores condições de trabalho.

Sobre o PCC, os servidores afirmam que em 2013 foi estabelecido um novo programa para cargos e carreiras da profissão e a mudança na previdência social, contudo, isso acabou prejudicando os novos professores que entraram na universidade a partir de então, perfil este da maioria dos docentes de Santana do Ipanema. “Temos menor aumento salarial durante a progressão na carreira, só aumentando significativamente em caso de mudança de titulação. Já a aposentadoria passa a ser limitada pelo teto da previdência”, informa um trecho do documento emitido.

A carta também esclarece sobre as melhores condições de trabalho e lembra que desde a sua implantação na cidade sertaneja, até agora, os servidores atuam de maneira provisória, trabalhando em prédios alugados. “O prédio, cuja obra iniciou apenas no início de 2015, pode estar ameaçado pelos cortes anunciados para a Educação este ano, de R$ 9,4 bilhões”, destaca.

A atuação nos prédios de outras instituições de educação acaba provocando uma certa precarização no serviço ofertado aos alunos. Um exemplo citado é no caso do uso da biblioteca, que não pode funcionar no horário da manhã para atender aos estudantes, isso porque este é o horário de funcionamento da escola privada. “Da mesma forma que os professores não têm salas para reunir os estudantes para orientações de pesquisa ou do Trabalho de Conclusão de Curso”, explica.

A carta termina mostrando a preocupação da classe em informar a comunidade sobre todas as suas reivindicações, e prevê criar em breve “um calendário de atividades que possam explicar a atual situação da educação no Brasil”. CLIQUE AQUI e confira o texto completo da carta dos servidores da Ufal.

Da Redação com Assessoria

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