A Justiça Federal de Pernambuco começou nesta terça-feira (24) a realizar as audiências sobre o caso do assassinato do promotor de Justiça Thiago Faria Soares, morto em outubro de 2013, numa emboscada na rodovia PE-300, em Itaíba. A maioria delas acontecerá na capital pernambucana, porém, três cidades do interior usarão da ferramenta de videoconferências para ouvir algumas testemunhas. Um desses municípios é Santana do Ipanema, no Sertão de Alagoas.
A medida, segundo a JF é uma garantia permitida pela lei, no qual testemunhas tem o direito de ser ouvidas no local onde moram. Em contato por telefone com a Subsecção da JFAL em Santana do Ipanema, foi confirmado que uma das testemunhas do caso dará o depoimento amanha, quarta-feira (25).
As outras duas cidades que acontecerão videoconferências serão nas subseções de Arcoverde e de Garanhuns, vinculadas à JFPE. De acordo com o cronograma divulgado, as audiências iniciam sempre às 9h. Hoje estão sendo ouvidas as duas vítimas que sobreviveram a atentados e parte das testemunhas de acusação. Na quarta-feira (25), continua a ouvida das testemunhas de acusação; no dia 26, serão ouvidas as testemunhas de defesa e por fim, no dia 27, serão ouvidas as demais testemunhas de defesa e serão feitos os interrogatórios dos réus.
Relembre o caso
Thiago Faria Soares tinha 36 anos quando foi morto com quatro tiros, na manhã do dia 14 de outubro de 2013, no Agreste de Pernambuco. Segundo a investigação da Polícia Civil, o carro do promotor foi seguido por outro veículo, que bloqueou a passagem e seus ocupantes executaram o promotor com vários tiros. A noiva de Thiago, Mysheva Freire Ferrão Martins, e um tio dela também estavam no veículo durante a ação criminosa, mas ambos conseguiram escapar da morte.
A investigação sobre a morte do promotor acabou sendo federalizada após um pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Ministério Publico Federal (MPF). Para o órgão da união, ouve um conflito entre Polícia Civil e Ministério Público de Pernambuco (MPPE), impedindo o prosseguimento.
Em janeiro deste ano, a Justiça Federal aceitou a denúncia do MPF, que apontou cinco pessoas acusadas da morte de Thiago. O fazendeiro José Maria Pedro Rosendo Barbosa, 55, é apontado como o mandante do homicídio doloso, motivado por disputa de terras. Além dele, serão julgados José Maria Domingos Cavalcante, 55, Antônio Cavalcante Filho, 26, Adeíldo Ferreira dos Santos, 26, e José Marisvaldo Vitor da Silva, 42. Outra pessoa também está envolvida no caso. Genessy Carneiro de Andrade, será julgado pelo crime de favorecimento pessoal.
Da Redação