Proprietários de terras no Sertão se reuniram com o chefe do Executivo a fim de mobilizar o Departamento Nacional quanto à utilização de água da barragem da Região.
Cerca de cem agricultores e proprietários de terras do município de Maravilha (AL) se reuniram com o prefeito Carlos Luiz Martins, o popular “Luizinho”, na manhã desta terça-feira (10), nas margens do açude do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) com o objetivo de mobilizar os Governos Municipal, Estadual e Federal quanto à utilização da barragem para manutenção do rebanho bovino, ovino, equino, caprino, suíno e de outros animais de produtores e moradores rurais da localidade.
O encontro ocorreu devido ao impasse estabelecido recentemente pela Colônia dos Pescadores da localidade, que diz ter inserido cerca 20.000 alevinos na represa, dificultando o acesso dos animais ao local.
A barragem do DNOCS foi construída pelo Governo Federal a fim de abastecer toda a região de Maravilha, dando também suporte aos proprietários de terras do município para manter seu rebanho. O açude, num raio de cerca de cinco quilômetros, se encontra impossibilitado de ser utilizado para essa finalidade, uma vez que a coordenação do DNOCS, após a inserção dos alevinos na represa, impediu a prática de retirada da água.
Na reunião, o prefeito defendeu a ideia da restrição aos proprietários de Maravilha quanto ao acesso do rebanho à água da represa. “A ideia é que a barragem seja utilizada apenas pelos moradores do município”, destacou Luizinho, referindo-se ao fato de que carros-pipa estariam retirando parte da água do açude para encher outros que não estão ao alcance dos proprietários maravilhenses.

Colônia dos Pescadores da localidade inseriu cerca 20.000 alevinos na represa (Foto: Gustavo Aquino)
O agricultor Isnaldo Aquino, que também integra o grupo de proprietários insatisfeitos com a declaração da coordenação do DNOCS, acredita que as providências cabíveis serão tomadas para a garantia sustentável tanto dos moradores quanto do seu rebanho. “Todos nós aqui presentes almejamos a liberação da água. A estruturação de uma determinação pela Diretoria do DNOCS que determine quem deve usá-la é imprescindível para evitar conflitos”, expôs.
Uma comissão foi organizada para expor diretamente os fatos à diretoria do DNOCS e encontrar uma solução que satisfaça os produtores rurais.
Por Gustavo Aquino – Colaborador