Operação Teorema: Servidor do TJ e policiais militares roubavam armas do judiciário

23 dez 2014 - 01:26


O delegado-geral da Polícia Civil de Alagoas, Carlos Reis, divulgou os nomes dos acusados de praticar a venda de armas e munição para criminosos em Alagoas.

Gilberto Pitágoras, servidor do TJ, foi preso em casa, em Maceió (Foto: Reprodução / TV Gazeta)

Gilberto Pitágoras, servidor do TJ, foi preso em casa, em Maceió (Foto: Reprodução / TV Gazeta)

A Polícia Civil de Alagoas anunciou na tarde de ontem, segunda-feira (22), que já deu início aos interrogatórios com os acusados de participar de um esquema de compra e venda de armas de fogo, envolvendo policiais militares e um servidor do Tribunal de Justiça, (TJ), de Alagoas. A ação que prendeu os acusados foi realizada na ultima sexta-feira, (19), por equipes da PC e Polícia Militar do estado.

Durante a ‘Operação Teorema’, 10 pessoas foram presas nas cidades de Penedo, no Baixo São Francisco de Alagoas; Pariconha e Delmiro Gouveia, no Sertão do Estado; Paripueira, no Litoral Norte alagoano e em Maceió. Todas as prisões foram determinadas por juízes da 17ª Vara Criminal, atendendo pedido da PC que investigava a quadrilha há cerca de um ano.

Um dos presos é o servidor do TJ, Gilberto Pitágoras, 37, residente no bairro Murilópolis, na Capital. Ex-chefe da Central de Custódia de Armas e Munições do Tribunal, o servidor é apontado na investigação da PC como um dos principais articuladores do grupo, já que roubava e revendia as armas apreendidas – oriundas de crimes – para comerciantes e os policiais militares.

Além dele, seis policiais militares também foram detidos, sendo identificados como o sargento Valdir Antônio Periera, 51 anos, e os cabos PM Antônio Flávio Santana da Silva, Denison Alves de Miranda, 42, João Lourenço da Silva, 45, Paulo Sales de Barros, 55, e Valdir Luiz dos Santos, de 42 anos.

A polícia prendeu ainda Manoel Periera de Souza, 46 anos, Ubiratan Ferreira, 44, Carlos Alberto da Silva, 49, Francisco Ricardo, 36, Charles Bandeira de Pontes, 43, e Álano Paiva do Amor Divino, 55. Com este último foram encontradas com duas espingardas (calibres 24 e 36), cartuchos e chumbo, sendo autuado na Central de Flagrantes.

Policiais que participaram da operação confirmaram que na casa de Pitágoras foram encontrados um aparelho celular com mensagens de um homem que pedia informações sobre algumas asmas vendidas pelo grupo, além de processos de armas que foram roubadas e um livro do TJ com a relação de armas de fogo. Outro fato destacado pelos policiais é que a quadrilha negociou cerca de 200 armas roubadas do TJ, vendidas por até R$ 2 mil e que eram entregues aos compradores pelo servidor do TJ, que levava as encomendas dirigindo um veículo do próprio Tribunal de Justiça.

As armas roubadas eram vendidas, em sua maioria, a traficantes de drogas que as utilizavam em diversas modalidades de crimes, principalmente em assassinatos.

Da Redação com Primeira Edição

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