O trecho da rodovia AL-101 Norte, que estava bloqueado desde o fim da manhã desta quinta-feira (03), foi liberado horas depois pelos taxistas que protestavam contra a rigidez na fiscalização da Agência Reguladora dos Serviços Públicos de Alagoas (Arsal).
Os manifestantes alegam que receberam a garantia do secretário do Gabinete Civil, Álvaro Machado, de que a Arsal mudaria a conduta de fiscalização, não mais obrigando os passageiros a descerem de táxis considerados irregulares quando parados em blitze.
“Decidimos pelo fim do protesto, em virtude do posicionamento positivo do governo, quando entramos em contato com o chefe de gabinete. Reconhecemos o papel fiscalizador da Arsal, mas a rigidiz de suas ações estava ultrapassando os direitos que são atribuídos a ela, conforme determinação do Tribunal de Justiça e, principalmente, criando uma situação constragedora com nossos passageiros”, declarou o presidente.
Entretanto, o presidente da Arsal, Waldo Wanderley, desconhece o acordo citado pelos taxistas e diz que a fiscalização será mantida. “Nós só não podemos apreender os veículos, conforme decisão do Tribunal de Justiça, mas a fiscalização é autorizada por lei. Vamos continuar tirando os passageiros dos veículos irregulares até que todos os motoristas se adequem às normas da Agência”, rebate Wanderley.
Entenda o caso
Na manhã desta quinta-feira (03), cerca de 50 taxistas foram às ruas protestar contra a rigidez da fiscalização empregada pela Agência Reguladora dos Serviços Públicos de Alagoas (Arsal) no combate ao transporte irregular de passageiros.
O grupo ateou fogo a pneus e galhos de árvores para bloquear a via. De acordo com os taxistas, a fiscalização da Arsal é fruto de perseguição contra a categoria. O presidente do Sintaxi, Ubiraci Correia, afirma que a agência criou uma nova modalidade de fiscalização para coibir o trabalho dos taxistas.
Para Correia, os táxis são parados no posto de fiscalização da Policial Rodoviária Estadual em Guaxuma e cobram o talão com a lista contendo nome dos passageiros, caso o motorista não tenha essa documentação, os passageiros são obrigados a deixar o veículo.
Segundo o presidente da Arsal, Waldo Wanderley, a agência não está perseguindo os taxistas. “A fiscalização consiste em saber se o taxista está cadastrado na Arsal para poder ter o direito de transportar os passageiros de um município para o outro. Se ele não estiver cadastrado, o veículo sofre um transbordo, onde os passageiros são retirados e relocados para outro carro, seja uma van, táxis cadastrados ou até mesmo ônibus de linha”, explica o presidente.
Por G1 Alagoas