Em reunião realizada na manhã desta sexta-feira (13), representantes do SINTIETFAL relataram ao presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/AL fatos vividos no dia 9 de junho em Satuba. O presidente demonstrou preocupação pelo fato dos estudantes envolvidos no episódio serem de extrema-direita e ofensivos aos movimentos sociais.
Ao final, os membros do comando de greve realizaram um convite para a entidade participar de uma mesa sobre a criminalização da greve e dos movimentos sociais no dia 18 de junho. O evento tem caráter de solidariedade aos servidores Hugo, Valdemir, Wilson, Gabriel, Elisabete, entre outros agredidos verbalmente ou fisicamente no IFAL, além de ser contrário a tentativa de criminalização da greve e em defesa da livre manifestação.
Representantes do SINTIETFAL estiveram na quarta-feira, 11, com o presidente da OAB – Alagoas, Thiago Bonfim, para entregar uma solicitação de acompanhamento do movimento grevista no IFAL, bem como da apuração das agressões ocorridas contra docentes no dia 9 de junho, no câmpus Satuba.
A direção do SINTITEFAL e do SINASEFE resolveu buscar a OAB por entender que esta entidade cumpre um papel importante na defesa da constituição, da justiça social e dos direitos humanos. E que o fato ocorrido em Satuba representa um atentado à democracia, ao direito de greve, além de outros crimes – agressões verbais, físicas e morais, ameaças de morte, desacato, denunciação caluniosa, incitação a crime de ódio – que precisam de punição.
“Satuba é tragicamente conhecida por um histórico de crimes violentos, incluindo o bárbaro assassinato do Professor Paulo Bandeira, queimado vivo dentro de seu próprio veículo”, afirmou Alexandre Fleming, presidente do SINTIETFAL e Coordenador Geral do SINASEFE, durante a reunião.
Os dirigentes sindicais destacaram ainda que a Direção do Câmpus não cumpre um papel imparcial na apuração dos fatos, pois incitaram o tumulto ao ligar para os pais – como afirma o depoimento de um dos agressores – e querem usar desse episódio para desacreditar a greve. “Isso até amedronta os servidores. É um absurdo o docente ou o técnico se manifestar em greve e poder ser agredido por um aluno ou pai de aluno dentro do câmpus que trabalha”, completou Fleming.
Thiago Bonfim, de pronto, atendeu a solicitação do SINTIETFAL e garantiu agir para garantir o direito à livre manifestação e a greve. “Nós temos um representante da OAB no conselho de segurança. Vamos pedir para que ele paute isso na próxima reunião. Despachei também para o Daniel Nunes, da Comissão de Direitos Humanos, para que acompanhe todo o caso porque isso é inadmissível”.
No mesmo dia pela manhã, o advogado do SINTIETFAL já tinha entregue um CD à Polícia Federal com imagens do ocorrido e com o perfil dos agressores ligados a ideias skinheads, violentas e intolerantes aos movimentos de esquerda.
“Estamos desde o ocorrido buscando a apuração e a responsabilização dos responsáveis. As imagens que tivemos acesso (https://www.youtube.com/watch?v=1yYFPijFJ_E) não deixam dúvidas que somos – digo enquanto toda a categoria – vítimas da intolerância de agressores”, declarou o representante sindical que acompanhou Hugo Brandão e Wilson Ceciliano na delegacia, no IML e na Polícia Federal, e que também levou o caso à OAB.
Por Assessoria SINTIETFAL