Os servidores do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) realizaram, durante toda a manhã desta sexta-feira (06), uma manifestação em frente à reitoria do instituto, no centro de Maceió, como forma de denunciar a situação de descaso que afirmam enfrentar os servidores, cobrando providências junto ao governo federal.
Com quase dois meses de atividades suspensas no campus em Maceió e em outras 10 unidades espalhadas por Alagoas, cerca de 70 servidores, com faixas, carro de som e panfletos fechavam, pela manhã, trecho da Rua Odilon Vasconcelos, a cada 10 minutos, liberando-a em seguida.
O professor Alexandre Fleming, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Federais da Educação Básica e Profissional no Estado de Alagoas (Sintietfal), informou que várias reuniões e tentativas de negociação foram feitas com o governo, por meio dos ministérios da Edução e do Planejamento, mas, até agora, nenhum acordo foi firmado.
“Representantes do MEC faltaram à última reunião agendada, quando eles apresentariam uma proposta para os servidores. A manifestação de hoje foi uma atividade de mobilização, a fim de que se dê visualização à greve”, completou.
A pauta de reivindicações da categoria envolve questões salariais e melhores condições de trabalho – a exemplo da redução de carga horária, além da isonomia entre ativos e aposentados. Ainda segundo o Sintietfal, as atividades foram retomadas apenas no campus Arapiraca.
A assessoria de comunicação do Ifal, por sua vez, informou à Gazetaweb que as atividades nos campi de Arapiraca, Maragogi e Satuba não foram afetadas, numa prova de que a paralisação não é uma unanimidade, por exemplo, entre os professores, já que um grupo de cerca de 40 profissionais do campus Satuba pretende, inclusive, recorrer à Justiça para seguir trabalhando, como afirmara o professor Paulo Felisberto.
Porém, dados do Ifal apontam, ainda, que mais de sete mil alunos estão sem estudar, em decorrência da greve.
Fonte: Gazeta web