Longas filas, hospitais lotados e falta de material para o atendimento foram alguns dos motivos que levaram o alagoano a apontar a saúde pública como o maior problema do estado. De acordo com a pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), 81% dos alagoanos revelaram que já sofreram quando precisaram de atendimento médico nas unidades de saúde.
A pesquisa, que ouviu eleitores sobre a intenção de votos para governador e senador, foi realizada no período de 22 a 25 de março com 812 alagoanos entrevistados, englobando todos os níveis sociais, que responderam perguntas sobre áreas como saúde, segurança pública, drogas, educação, geração de empregos, saneamento, abastecimento, habitação, administração pública e corrupção.
Os índices de violência também foram contabilizados. De acordo com a população, a falta de segurança pública segue como o segundo problema comum que afeta toda a sociedade com 65%. Os dados da Secretaria da Defesa Social apontam um crescimento no número de homicídios nos quatro primeiros meses do ano, com uma média de 6,83% homicídios por dia.
Em janeiro deste ano foram 220 assassinatos em todo o estado; em fevereiro foram registrados 192; em março foram 191; e em abril foram 217. Desse período, os dias de domingo e quarta-feira tiveram o maior número de homicídios.
A qualidade da Educação destacou a área para a terceira colocada, com 58%. Na capital e no interior, é constante a reclamação de alunos e professores da rede estadual de ensino sobre as péssimas estruturas das escolas. Além disso, a valorização dos docentes também é bastante discutida.
A geração de empregos e o uso de drogas foram destacados como o quatro e quinto problema do estado, respectivamente, com 17%. A corrupção apareceu na pesquisa com 12%, seguido do transporte público com 11% e do abastecimento de água com 8%.
A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TER/AL) com o protocolo nº AL-00004/2014 e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o protocolo BR-00135/2014. A margem de erro estimada é 3%.
Por Gilca Cinara / Cada Minuto