Ter a pele bronzeada é vontade de grande parte das pessoas, porém a maioria não tem tempo de ir à praia ou à piscina.
Nesse caso, existem algumas técnicas de bronzeamento – a jato, com cremes ou até mesmo maquiagens – que podem trazer resultados satisfatórios sem a necessidade de exposição ao sol, como explicaram a dermatologista Márcia Purceli, a química Sueli Cagliari e o maquiador Marcos Costa no Bem Estar desta quarta-feira (5).
Porém, é importante ressaltar que o resultado desses procedimentos depende muito da cor da pele de cada pessoa, ou seja, o efeito não é o mesmo para todos. Por isso, para evitar decepções, é recomendável fazer um teste em uma área pequena do corpo antes de recorrer a algum deles.
No caso da maquiagem, por exemplo, a dica é comprar produtos que estejam de acordo com o tom de pele, como explicou o maquiador Marcos Costa.
O primeiro produto a ser aplicado é sempre a base bronzeadora, que deve ser, se possível, um ou dois tons acima da cor da pele. Após a base, aplica-se o pó bronzeador, que é o principal para dar o efeito da maquiagem.
Como mostra o infográfico acima, a maquiagem não funciona como o creme ou o bronzeamento a jato porque não reage quimicamente com a pele. O bronzeamento a jato é aplicado geralmente em clínicas estéticas, onde a pessoa entra em uma sala e recebe os jatos do produto, que reagem com a queratina da pele, gerando o tom bronzeado.
Após a aplicação, não se deve tomar banho e usar roupas pesadas por, pelo menos, 8 horas. Essa técnica não causa manchas definitivas – o que acontece é que, quando a pele vai se renovando e se descamando, o bronzeado vai saindo aos poucos, manchando algumas áreas do corpo apenas por um tempo.
Não há contraindicações, porém pessoas muito alérgicas ou que usam produtos com ácido no rosto devem procurar orientação antes de passar por esse procedimento, que custa em média R$ 100 cada sessão.
Para quem não quer recorrer às clínicas de estética, existe a opção do creme bronzeador, que pode ser utilizado em casa e tem o mesmo princípio do bronzeamento a jato. Porém, os efeitos dos cremes aparecem gradualmente, deixando a pele mais natural, enquanto o bronzeamento traz resultados imediatos.
Recomenda-se o uso do creme, pelo menos, uma vez por dia, para que ele tenha efeito. Locais do corpo onde há mais queratina, como o joelho, calcanhar e cotovelo, tendem a absorver mais o produto e, consequentemente, ficar com uma cor mais escura, por isso é preciso cuidado. A esfoliação antes da aplicação ajuda a uniformizar a pele para trazer um resultado melhor.
Após a esfoliação, a dica é aplicar o creme em movimentos circulares começando sempre pelas pernas e depois subindo para as outras regiões do corpo. Depois, precisa lavar apenas a palma da mão e esperar o produto secar até vestir a roupa, para que ela não manche. As especialistas não indicam o uso do creme no rosto já que a pele dessa região é mais delicada e sensível – deve-se utilizar um creme específico facial.
Além disso, é importante alertar que o creme não substitui o protetor solar, que deve se aplicado normalmente. A princípio, ele não tem contraindicações, mas é importante verificar se foi aprovado pela Anvisa. Fora isso, não é recomendado para crianças e, no caso de pessoas muito alérgicas, é essencial buscar orientação antes de aplicá-lo.
A dieta também pode ser uma aliada na hora de deixar a pele bronzeada. Alimentos que têm betacaroteno (vitamina A), como mamão, cenoura, laranja, manga, abóbora, beterraba, espinafre e rúcula podem ajudar a estimular o bronzeamento.
Existem também suplementos com essa substância, mas esses devem ser administrados com atenção, respeitando a dosagem para evitar excessos que podem prejudicar a saúde. Segundo a dermatologista Márcia Purceli, a comida ou a suplementação devem entrar na rotina, pelo menos, um mês antes da exposição ao sol. Após esse período, os hábitos devem continuar os mesmos para manter a pele bronzeada por mais tempo.
Alerta
A utilização das câmaras de bronzeamento artificial está proibida no Brasil desde novembro de 2009, pela Resolução RDC 56 da Anvisa. A norma proíbe, além do uso, a importação, o recebimento em doação, o aluguel e a comercialização desses equipamentos. Caso essas máquinas ainda estejam sendo usadas, esse procedimento está sendo feito de forma ilegal.