Os cerca de 1.300 médicos efetivos do Estado de Alagoas que prestam serviços ao Sistema Único de Saúde (SUS) ameaçam suspender as atividades a partir do dia 11 de dezembro, por tempo indeterminado. Apenas os serviços essenciais serão mantidos, segundo o Sindicato dos Médicos de Alagoas (Sinmed). A categoria pede a implantação do PCC, reajuste salarial e a realização de concurso público.
Na tarde desta segunda-feira (3) uma reunião com representantes do Estado e Sindicato dos Médicos não avançou sobre a pauta da categoria. A informação foi dada ao Primeira Edição pelo médico Wellington Galvão, presidente do Sinmed. “O Plano de Cargos e Carreiras vem se arrastando em poder do Estado e nenhuma definição até agora. Estamos no limite”, pontuou Galvão.
Com o fracasso da reunião desta segunda-feira, que teve a participação do secretário de Estado da Gestão Pública, Alexandre Lages, a categoria decidiu estabelecer prazo até a próxima segunda (10) para uma resposta sobre a implantação do PCC. “Nós teremos outra reunião na segunda-feira com a Gestão Pública e outras secretarias, caso não haja avanço a greve começa na terça. Já estamos em estado de greve’’, informou o sindicalista.
“Será um caos anunciado. Se a assistência já não atende às necessidades da população, com a greve será horrível, mas não temos mais escolha’, explicou o médico Wellington Galvão.
Demissão coletiva
Cinco médicos neonatologistas que prestam serviço a Maternidade Escola Santa Mônica e oito médicos intensivistas do Hospital Hélvio Auto ameaçam pedir demissão coletiva. Eles querem melhor remuneração. Segundo o presidente do Sinmed, os médicos querem receber salários compatíveis com os dos anestesistas do Hospital Geral do Estado (HGE), que ganham R$ 1.500 por plantão de 12 horas. A decisão de deixar os hospitais já foi comunicada à direção das unidades.
Por Primeiraedição