Três homens invadiram o local para roubar as armas dos seguranças.
Almiro Pereira de Melo foi atingido no rosto após entregar o revólver.
(Foto: Fabiana de Muttis/ G1)
A manhã de trabalho dos servidores do 1º Centro de Saúde, no bairro da Levada, foi atípica. Homens armados invadiram, nesta quinta-feira (26), a unidade de saúde para roubar a arma dos dois seguranças que trabalham no local e acabaram matando o vigilante Almiro Pereira de Melo, 27 anos, com um tiro no rosto.
Diante do clima de insegurança, todas as consultas agendadas para o dia foram canceladas e o atendimento só deverá ser retomado no dia 7 de outubro.
Segundo informações de testemunhas, três homens participaram da ação criminosa. Eles entraram na unidade de saúde, abordaram os vigilantes e exigiram as armas. Na ocasião, um dos homens se assustou com o movimento feito por Almiro Pereira, que não havia demonstrado reação, e acabou atirando. A vítima morreu no local antes de receber socorro médico. Os assaltantes fugiram levando duas armas.
Inconformados com a tragédia, familiares e amigos de Almiro Pereira estiveram no local. Túlio Sérgio, que era amigo do vigilante, disse que a vítima trabalhava para uma empresa particular que faz a segurança na unidade de saúde para pagar a faculdade. “Era um emprego provisório até ele terminar a faculdade de Educação Física. Ele era um esportista, estava noivo e tinha muitos planos para o futuro”, conta.
Presente no local em solidariedade à família, o presidente do Sindicato dos Vigilante de Alagoas, José Cícero Ferreira, lamentou o ocorrido e expôs que a categoria está no alvo da criminalidade devido o crescimento da violência em Alagoas e da falta de respeito das empresas de segurança com os trabalhadores. “As empresas de segurança ignoram condições de trabalho dos vigilantes. O exemplo disso é essa unidade de saúde que não possui circuito de câmeras, algo que poderia dar respaldo a quem trabalha no local.”, disse.
Roubo
Só este ano já foram registrados em Alagoas o roubo de 66 armas que estavam de posse de vigilantes. “Só nos últimos 15 dias dez armas foram roubadas em ações semelhantes a essa. Isso não pode continuar ocorrendo. Vamos fazer uma mobilização para chamar a atenção da sociedade e das autoridades para este problema”, acrescenta José Cícero Ferreira.
Do G1 Al